A Pira Olímpica dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, tem um design minimalista. Ela é assinada pelo estúdio japonês Nendo, criada pelo designer japonês Oki Sato. Para chegar ao formato desejado, foram feitos muitos rascunhos para representar a inclusão e a igualdade de gênero, com o lema “Todos se reúnem sob o sol, todos são iguais e todos recebem energia”. Enfim, fez-se uma esfera composta por hemisférios superior e inferior, cada um com cinco painéis representando os anéis olímpicos.
O acendimento da Pira Olímpica
A tocha olímpica chegou ao Estádio Olímpico de Tóquio, onde ocorreu a cerimônia de abertura dos jogos, conduzida por um revezamento de ex-atletas e foi entregue a atleta japonesa Naomi Osaka. A estrela do tênis levou a tocha até o “calderão” que se abriu lindamente como uma flor, e, então, a chama foi acesa. A saber, a pira olímpica ficará acesa até o encerramento dos Jogos Olímpicos, que será neste próximo domingo, dia 8 de agosto.
A chama da Pira Olímpica
A chama da Pira Olímpica é alimentada com hidrogênio. A queima do hidrogênio é incolor e transparente, deixando a chama invisível. Para a chama adquirir a característica cor amarelo brilhante foi usado carbonato de sódio. Vários estudos foram realizados para chegar à quantidade exata de solução e o melhor ângulo para instalação da válvula utilizada para pulverizá-la, criando uma chama com a aparência do fogo feito com lenha.
Aliás, o hidrogênio utilizado na Pira foi produzido em uma instalação da Prefeitura de Fukushima. E placas solares foram usadas para produzir a eletricidade necessária para a eletrólise da água no processo de produção de hidrogênio.
O funcionamento da Pira Olímpica
Pesando cerca de 40 kg por folha, o painel externo da Pira Olímpica foi feito com placas de alumínio de 10 mm de espessura, moldadas, polidas e pintadas com tintas resistentes ao calor. A peça finalizada artesanalmente, pesa mais de 2 toneladas e tem um diâmetro aproximado de 3,5 m. E sua parte interna foi revestida por painéis de espelhos poligonais e feita à prova d’água, à prova de fogo e resistente ao calor; o material proporciona um espetáculo incrível através dos reflexos difusos da iluminação das cerimônias e da luz do fogo.
Foram realizados vários testes de resistência ao calor e ao vento, ajustando o aparelho de forma a evitar vibrações e possíveis “acidentes”. O resultado pôde ser visto no dia da abertura das Olimpíadas, quando o “caldeirão” se abriu como uma flor e os painéis passaram uns pelos outros suavemente a uma distância de somente 3 mm.
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Fontes: Casa Vogue, Diálogo Chino, Casa Cor, Exame, R7.
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