A água é um elemento natural limitado no planeta Terra. Essencial à vida e à organização social humana. E, assim sendo, esse recurso também é considerado um bem econômico, que precisa de proteção, conservação e distribuição rigorosamente controlada. Aqui no Brasil, somente entre os séculos XIX e XX houve qualquer planejamento e integração de políticas e ações voltadas à questão da infraestrutura para saneamento básico, como o abastecimento de água e a construção de torres de água.
O abastecimento de água nas comunidades
No início dos tempos, as primeiras aldeias foram organizadas em torno dos pontos de água. Quando o número de pessoas reunidas num mesmo local passou a aumentar, algumas residências precisaram ser construídas em áreas mais distantes. Isso tornou muito mais difícil a tarefa de distribuir a água para todos. Por isso, com o passar dos anos, consideraram-se as caixas d’águas ou torres de água como uma importante solução para evolução do sistema.
Hoje, os usuários abrem as torneiras de suas casas e têm a água disponível durante todo o dia. A maioria nem imagina quanta coisa está envolvida para o controle hidráulico e abastecimento de uma comunidade. Até a década de 1980, as caixas ou torres ajudavam a guardar a água e distribuí-la na pressão necessária, por gravidade, para as edificações mais próximas. Atualmente, já existem sistemas de tanques subterrâneos e outros bem mais eficientes.
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A importância das torres de água
As caixas d’água ou torres de água são elementos de engenharia muito importantes. Em muitas cidades, elas ainda representam um marco icônico, orientando a paisagem urbana e regulando o fluxo de água dos seus habitantes. Geralmente, são estruturas simples, puramente funcionais. Mas, podem ser também imponentes e exuberantes, possuindo características estéticas surpreendentes, refletindo a importância daquilo que é guardado em seu interior, o segredo da vida.
A questão estética das torres de água
Nenhuma caixa d'água ou torre de água precisa seguir, necessariamente, uma forma tão rígida. O padrão cilíndrico ou retilíneo não é uma regra. As engenharias civil e hidráulica não são sempre restritas assim. A fragilidade do incomum pode, às vezes, surpreender. E é nos grandes desafios que o projetista encontra suas maiores oportunidades.
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Claro que, se tratando das estruturas para abastecimento de água, é comum se ver construções mais pesadas, sem muito valor arquitetônico. Mas há exceções. Nenhuma torre de água é igual. Todas as propostas apresentam sua singularidade. E, mesmo que não tenha sido a intenção do projetista, se tornarão um marco visual.
Pensando assim, é mais fácil compreender quantas possibilidades, desafiadoras e maravilhosas, existem para que os projetistas possam enriquecer suas ideias, lançando propostas mais dinâmicas e atraentes, dentro desse contexto específico. Contribuições assim podem ser vistas, mais frequentemente, em obras internacionais. Mesmo as estruturas que foram reformadas ou recicladas, como é o caso das torres que ganham novas funções de uso, pode-se ver que a fusão entre elementos velhos e novos não afeta, em nada, a beleza e a integridade dessas construções.
Então, se você é um projetista, abra os olhos para essas possibilidades! Pense o quanto seu projeto impactará na evolução urbana de sua cidade. Avalie bem se ele foi bem concebido. Se ele proporcionará um efeito positivo ou negativo à paisagem. E, sim, acredite que todo o elemento construído pode ser arquitetonicamente belo!
Fonte: Marillys Mace, I Love Belgium.
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Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.