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Finlândia cria Proteína Solar comestível feita do ar e da eletricidade

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por Redação 360
| 03/06/2024 4 min
Imagem divulgação Solar Foods via BHB food

Finlândia cria Proteína Solar comestível feita do ar e da eletricidade

por Redação 360 | 03/06/2024
Imagem divulgação Solar Foods via BHB food
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Vivemos hoje um cenário de emergência global, sobretudo diante das consequências do aquecimento global e das mudanças climáticas. Neste contexto, surge o drama da falta de segurança alimentar de muitos países. A Finlândia não quer esperar a situação se agravar e já deu um passo importante em direção a um futuro mais sustentável. O país inaugurou a primeira fazenda capaz de produzir proteína em pó a partir do ar. Saiba mais sobre esta história no texto a seguir, do Engenharia 360!

Revolução no setor de alimentos

A Solar Food, fundada em 2017, é a responsável por desenvolver uma tecnologia inovadora chamada Solein. Seu objetivo é promover um novo modelo de produção de alimentos. Por quê? Para que se possa diminuir a pegada de carbono associada à agricultura tradicional. Isso prova o quanto a empresa, que está na vanguarda da agricultura celular, está engajada em trabalhar para combater (ou pelo menos mitigar) as mudanças climáticas. Seria uma alternativa promissora à pecuária, alternativa ecologicamente correta à criação de gado. Explicamos melhor nos próximos tópicos!

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'Proteína Solar' feita do ar é criada na Finlândia
Imagem VTT Technical Research Centre reprodução via Superinteressante

Tecnologia Solein

Você sabe o que são proteínas? Elas são moléculas encontradas nas células e tecidos do nosso corpo. Inclusive, elas são vitais para o funcionamento do nosso organismo. Como repor ou regular isso? Consumindo certos tipos de alimentos, como carnes, ovos, laticínios, leguminosas, sementes, etc. Agora, se tivermos problemas na produção e escoamento desses produtos? O que fazer? Poderíamos nos alimentar de um complexo de proteína em estoque.

Olha a ideia da Solar Foods: produzir proteínas em pó a partir do ar, mais precisamente a partir de micróbios alimentados com ar e eletricidade. Isso seria possível graças a uma técnica de Engenharia de Biotecnologia. Nesse caso, os micróbios converteriam hidrogênio e minerais em proteínas, de modo semelhante à vinificação (que vemos muito na produção de vinho), onde os micróbios são "alimentados" com gases e nutrientes. Em vez de açúcar, usam dióxido de carbono!

E onde entra a eletricidade? Bem, ela é usada para fornecer energia para o processo, claro - ela pode vir de fontes renováveis, como paineis solares ou turbinas eólicas. Com isso, seria acionado um eletrolisador para "quebrar" a água em oxigênio e hidrogênio. Já o ar forneceria o dióxido de carbono, extraído por tecnologia DAC (Direct Air Capture). Enfim, esse é o ciclo.

'Proteína Solar' feita do ar é criada na Finlândia
Imagem divulgação Solar Foods, Canaltech, via Terra

A proteína Solein

A Solein, o produto final desse trabalho da Solar Foods, é como um pó amarelo, cheio de proteínas, aminoácidos essenciais, ferro e vitamina B. Os pesquisadores estimam que ela pode, por exemplo, substituir ovos e leite nas refeições ou na fabricação de lanches, bebidas, macarrão, massas, pães e mais. Imagine o potencial de impacto dessa novidade na indústria alimentícia global!

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A saber, a composição da proteína Solein é semelhante à da soja seca ou das algas, mas a grande diferença está em como ela é produzida.

'Proteína Solar' feita do ar é criada na Finlândia
Imagem divulgação Solar Foods, Canaltech, via Terra

Impacto ambiental

Olha que impressionante! Estima-se que um quilo de proteína Solein emita 130 vezes menos gases de efeito estufa do que a mesma quantidade de proteína da carne bovina na União Europeia. Uma única unidade de fábrica poderia produzir diariamente a mesma quantidade de proteína que 300 vacas-leiteiras ou 50 mil galinhas poedeiras. Em um ano seria possível chegar a marca de 160 toneladas de proteína. Traduzindo, isso poderia gerar 5 a 8 milhões de refeições.

Infelizmente, a venda da proteína da Solar Foods ainda não autorizada na UE ou nos EUA, estando ainda em fase de classificação como alimento. Já na Singapura, os restaurantes estão liberados a usar, incorporando ao sorvete. Interessante, não é mesmo?

Quanto tempo faz que ouvimos falar sobre produção de nutrientes via tecnologias e fermentação. Agora só agora projetos modernos realmente conseguem demonstrar seu verdadeiro potencial de impactar o mercado de alimentos. Apesar das barreiras regulatórias e financeiras, a Finlândia está um passo à frente. O que acha? Enfim, a Solar Foods está demonstrando que é possível produzir alimentos de maneira sustentável, sem depender de fatores ambientais tradicionais como temperatura, umidade ou solo.

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Fontes: O Globo, G1.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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