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Equidade Salarial na Engenharia: Explorando os Impactos da Nova Lei de Igualdade

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Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 7 meses atrás | 1 min de leitura

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No cenário atual, marcado por mudanças sociais e lutas por direitos igualitários, uma nova legislação surge como um marco significativo para a equidade de gênero no ambiente de trabalho, também para o setor da Engenharia. A Lei de Igualdade Salarial, sancionada em 3 de julho de 2023, reforça a busca pela equiparação salarial entre homens e mulheres e, em especial, terá um impacto transformador na Engenharia. Mais informações a seguir, neste texto do Engenharia 360!

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Uma Nova Abordagem da Lei de Igualdade Salarial

A desigualdade salarial de gênero tem sido uma preocupação persistente em diversos setores, incluindo a Engenharia, onde a representação feminina tem historicamente sido menor. A nova Lei de Igualdade surge como um poderoso instrumento para promover a igualdade salarial e combater as disparidades persistentes nesse campo. Ao estabelecer a obrigatoriedade de transparência nas remunerações, a legislação exige que as empresas, principalmente as que possuem 100 ou mais empregados, publiquem relatórios semestrais que permitam a comparação das remunerações entre homens e mulheres que desempenham funções equivalentes.

Um aspecto notável da nova legislação é a inclusão de penalidades para as empresas que não cumpram as determinações. A imposição de multas, com valores expressivos, serve como incentivo para que as empresas adotem medidas concretas para eliminar as disparidades salariais decorrentes do gênero. Além disso, a Lei de Igualdade também abrange outras fontes de discriminação, como raça, etnia, nacionalidade e idade, ampliando seu escopo de atuação.

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Inclusão e Equidade de Gênero na Engenharia

A equidade de gênero no campo da Engenharia vai além da igualdade salarial e envolve também a promoção de condições que permitam que as mulheres possam avançar em suas carreiras de maneira igualitária. A implementação de programas de diversidade e inclusão é um ponto central da nova legislação. Esses programas não apenas favorecem a entrada de mais mulheres em setores como da Engenharia, mas também criam um ambiente propício para que elas possam crescer profissionalmente e ocupar posições de liderança.

A Lei da Igualdade se alinha com metas globais de desenvolvimento sustentável estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e reflete a necessidade de garantir a igualdade de gênero em todos os níveis da sociedade. Também está em consonância com convenções internacionais de trabalho que buscam eliminar a discriminação e garantir a igualdade de remuneração por trabalho de igual valor.

No contexto da Engenharia, a Lei de Igualdade Salarial deve desencadear, provavelmente, uma transformação importante. Além de impulsionar a transparência nas remunerações e o combate à discriminação salarial, ela enviará uma mensagem clara de que a equidade de gênero é uma prioridade, incentivando mais mulheres a ingressar e prosperar nesse campo.

A implementação eficaz da Lei de Igualdade exigirá o engajamento das empresas, profissionais da Engenharia e da sociedade como um todo para criar um ambiente inclusivo, diversificado e justo.

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Relatos de Especialistas na Indústria da Engenharia

A promulgação da Lei de Igualdade Salarial marca um avanço crucial para a Engenharia. Ao exigir transparência salarial e equiparação de remuneração, a lei não apenas aborda disparidades históricas, mas também sinaliza uma transformação cultural necessária. Isso posiciona a Engenharia como um setor inclusivo e progressista, reconhecendo o potencial de todas as profissionais. Enfim, a implementação efetiva da lei, com a colaboração das empresas e da sociedade, impulsiona um futuro mais justo no campo da Engenharia.

Nossa equipe interna do Engenharia 360 discutiu a questão da equidade nas empresas. Daniel dos Santos Silva, um colega da equipe, destacou que a legislação do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) não faz distinção salarial entre engenheiros e engenheiras. No entanto, ampliando a análise além das questões de gênero, ele enfatizou que muitos engenheiros e profissionais, como tecnólogos, enfrentam dificuldades para encontrar empregos compatíveis com suas qualificações devido à crise de mercado. Muitas vezes, são contratados para cargos como analistas e projetistas, o que resulta em remunerações inferiores às dos engenheiros.

Quanto à disparidade salarial entre homens e mulheres, Daniel observou que não percebe essa diferença entre profissionais da Engenharia. No entanto, ele destacou a discrepância na representação de homens e mulheres em cargos de Engenharia. Ele atribuiu essa disparidade à cultura, que frequentemente começa em casa, onde as mulheres não são incentivadas, e até mesmo são desencorajadas a seguir carreiras de Engenharia. Além disso, mencionou o preconceito, às vezes presente nos departamentos de Recursos Humanos, que pode impedir que os currículos de engenheiras cheguem aos gestores. No entanto, ele notou um aumento no número de alunas nos cursos superiores de Engenharia, o que pode indicar perspectivas positivas.

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Cristiano Oliveira compartilhou que em sua empresa a remuneração é estruturada com base em níveis que consideram a experiência e a responsabilidade do profissional, sem levar em conta o "gênero" como um fator de peso salarial. Isso é uma notícia positiva.

Para concluir, Lucas Souza Venciguerra sugeriu o podcast "O Mercado de Trabalho no GAC" do Spotify, do programa Áreas Contaminadas, como uma fonte para entender melhor a situação do mercado de trabalho. O podcast aborda a situação na área de geologia, na qual ele atua, e que também é representada pelo CREA.

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Fontes: G1, Transparência e Mercados.

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