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Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]

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por Redação 360
| 08/10/2021 | Atualizado em 11/05/2022 5 min
Imagem reproduzida de ABB
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Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]

por Redação 360 | 08/10/2021 | Atualizado em 11/05/2022
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Os robôs já não são só uma fantasia de histórias de ficção científica. Atualmente, já existem todos os tipos de dispositivos operando no mundo. Inclusive, um relatório divulgado agora em 2021 pela IFR - ou Federação Internacional de Robótica - aponta que, em 2019, houve um recorde global de unidades de robôs por trabalhadores, onde a média global passou de cerca de 113 robôs para 10 mil trabalhadores. E é provável vermos, em breve, um crescimento ainda maior desses valores de robotização.

Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]
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A robotização traz inúmeros benefícios. Assim como o surgimento da produção em série aumentou o número de empregos nas fábricas ao redor do mundo, a aplicação de robôs para realização de atividades pesadas permite que os profissionais foquem em outras tarefas. 

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Olhando para essa jornada, levantamos uma pergunta: qual o futuro do mercado de trabalho diante dessa tecnologia? Um relatório do Fórum Econômico Mundial no final de 2020, aponta que, até 2025, serão criados 10 milhões de novos postos de trabalho em todo mundo em razão da nova convivência entre humanos, máquinas e algoritmos. E isso poderá ser percebido em diferentes indústrias, como a automotiva, plástica, química, eletrônica, metalúrgica e de alimentação.

Mas, olhando para o mercado interno brasileiro, como será que ocorreu essa transformação? Será que ela acompanha mesmo a tendência mundial? Ou segue um curso diferente? Leia o texto a seguir e descubra!

Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]
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A robotização no Brasil

A robotização convencional já está presente na indústria desde a década de 1950, mas ganhou mais força na década de 1970. De lá para cá, muita coisa mudou. Nos últimos dez anos, surgiram os chamados robôs colaborativos ou cobots. E foi aí que o mundo finalmente chegou na mais alta revolução dos robôs industriais, com diversas outras tecnologias implantadas em sua estrutura.

Quer saber mais sobre qual a situação da robótica no mundo? Então, assista ao vídeo a seguir!

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E no Brasil? O que se sabe é que, nos últimos anos, o nosso país tem explorado esse mercado também. O setor automotivo, obviamente, é o que mais investe nessa tecnologia e que foi responsável por introduzir os robôs na produção industrial brasileira. Em 2019, foram vendidos 1.818 robôs industriais no mercado interno brasileiro, conforme a IFR. E com um número assim, o país lidera agora a região sul-americana no ranking de unidades de robôs por trabalhadores. Contudo, ainda fica bem distante dos líderes como China, Japão ou Estados Unidos - este último com 33 mil unidades.

Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]
Imagem reproduzida de ABB

Observação: um ponto muito positivo da situação atual do Brasil é o custo para a robotização, cerca de 300% menos com relação aos anos de 1990, quando os primeiros robôs apareceram por aqui. 

A chegada da Pandemia

O uso dos robôs ganhou um novo significado na Pandemia, considerada um catalisador para acelerar o crescimento de investimentos em automação. Só para se ter uma ideia, a instalação dos chamados ‘cobots’ cresceu 11% nesse período. Foi como um grande empurrão para o avanço da robotização no Brasil, passando por setores como eletrônica e alimentos, e chegando na química, medicina e indústria farmacêutica.

Com o aumento da atividade logística, veio o aumento significativo do e-commerce - 75% em 2020, comparado ao ano anterior, segundo o indicador Mastercard SpendingPulse. Isso também exigiu um aumento de soluções eficazes e seguras, onde os robôs possam trabalhar 24 horas ininterruptamente em atividades repetitivas e desgastantes para o ser humano. 

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A ABB, olhando esse cenário - e com a aplicação da Inteligência Artificial - investiu na aquisição da ASTI, uma empresa de AMR (Autonomous Mobile Robots), expandindo o portfólio para atender plenamente seus clientes e os novos segmentos em crescimento.

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Imagem reproduzida de ABB

O futuro e a Indústria 4.0

Claro que o Brasil, em meio a tantas dificuldades, precisa avançar bastante nessa questão da robotização. O país precisa ganhar mais investimentos e passar por mudanças necessárias na sua indústria. Mas não é só isso! Também tem a questão de moldar novos gestores, encontrar os caminhos certos para a lucratividade e, sim, reduzir muito mais os custos de implementação dos sistemas. Para resumir, o “Custo Brasil”, a pouca mão-de-obra especializada e a baixa capacidade do país de absorver a nova demanda ainda afeta demais a capacidade das empresas usarem bem a robótica em seu dia a dia.

Claro que não adianta pensar só negativo; temos que olhar para frente com otimismo também, pois o espaço para crescimento é grande! Apesar dos vários entraves, a tecnologia robótica que já está disponível no Brasil tem muito a oferecer! Por exemplo:

  • Previsão da produção e de custos com monitoramento dos robôs. A ABB, por exemplo, oferece o “ABB ABility Connected Services” como ferramenta.
  • Alta flexibilidade aliada a uniformização de produtos.
  • Maior controle de qualidade, inclusive com sistemas avançados de visão e inspeção padronizados, como o Sistema 3DQI da ABB.
  • Possibilidade de monitoramento de todas as etapas do processo de produção em tempo real. Na ABB é utilizada a plataforma “ABB Ability” que suporta todas as soluções em digitalização da empresa.
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Cobots

Os cobots simbolizam uma importante evolução dos robôs industriais convencionais - não confundir com os AMR ou robôs colaborativos móveis. Isso porque os convencionais precisam de uma grande estrutura para manter o isolamento e segurança entre os humanos. Já os cobots permitem uma implementação em células bem compactas, uma vantagem para o planejamento de layout dos ambientes de trabalho!

Podemos dizer que avançar no mercado dos cobots faria o Brasil dar bons passos em direção a Quarta Revolução ou Indústria 4.0 - realidade já para muitas outras economias, sobretudo da Alemanha, onde esse movimento começou. Na verdade, os pilares dessa revolução seriam:

  • Big Data;
  • Realidade Aumentada;
  • Internet das coisas e integração de sistemas;
  • Cyber Segurança; e
  • Robótica.
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Sabemos bem que, como qualquer outra tecnologia, existe um atraso para chegar com força no Brasil. Mas vamos focar nas coisas boas! Por exemplo, hoje esse atraso já é muito menor do que se tinha há alguns anos. E se conseguirmos reduzir ainda mais o tempo de implementação da tecnologia, reduzir esses valores altos de investimento e tirar da mente dos empresários qualquer receio ainda existente, a Indústria 4.0 poderá ser aplicada igualmente de forma rápida no Brasil.

Chegou a vez da nossa sociedade admitir que a aplicabilidade das novas tecnologias deve ser vista como um investimento e não como um custo. E as indústrias precisam entender que todo esse investimento vai trazer vários benefícios para o nosso futuro!


Fontes: Revista RPA News, Infra FM, Mundo do Marketing, Computer World.

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