A Itália é conhecida por sua arte, cultura, comida e bebida, é claro. Terra dos mais lindos vinhedos, também é sinônimo de inovação. Recentemente, a vinícola Svolta, localizada na região de Puglia, instalou painéis solares nas suas terras para coletar energia limpa. O mais surpreendente é que, com isso, conseguiu além do que o esperado: a melhora da qualidade do vinho produzido, trazendo benefícios ambientais e econômicos.

Nossa equipe de redação trouxe essa história para o Engenharia 360 para exemplificar como a tecnologia agrivoltaica pode contribuir para a agricultura e viticultura. Continue lendo para saber mais!

O que é agrivoltaica

Agrivoltaica é um modelo de engenharia que integra sistemas de energia solar em terras agrícolas. O objetivo é permitir que haja produção de alimentos apesar da produção de energia ocorrendo simultaneamente na mesma propriedade.

Essa prática tem ganhado adeptos em todo o mundo por conta da sua capacidade de otimização do uso da terra e promoção da sustentabilidade. O que não se cogitava é que a sombra dos painéis poderia melhorar a saúde das videiras, a qualidade das uvas e, consequentemente, no vinho produzido.

painéis solares
Imagem reproduzida de LifeGate Daily

Vantagens econômicas e ambientais

A aplicação dessa tecnologia agrivoltaica oferece muitos benefícios para as vinícolas, incluindo:

  • Redução de custos – gera-se energia (de fonte sustentável de eletricidade) no mesmo terreno onde se cultivam as videiras.
  • Operações mais eficientes com menor impacto ambiental.
  • Flexibilidade para cultivo de variedades de uvas, abrindo novas oportunidades para diversificação e inovação na produção vinícola.
  • Redução de estresse, já que o sistema contribui para uma melhora do estresse hídrico das plantas.
  • Redução da dependência de fontes não renováveis de energia, ajudando na conservação do meio ambiente.

Projeto Vigna Agrivoltaica di Comunità

O projeto Vigna Agrivoltaica di Comunità foi responsável pela instalação de mais de sete mil painéis solares de película fina e dupla união em vinícola da Itália. Neste complexo, as placas ficam inclinadas a 28 graus e orientadas para o sul, somando uma potência de saída de 970 kW. Elas foram colocadas sobre estruturas que imitam pérgolas – tradicionais dos vinhedos. Então, abaixo dos painéis ficam as videiras, protegidas contra o vento e as ondas de calor.

Impacto da sombra na qualidade do vinho

Com as mudanças climáticas, o cultivo das uvas está mudado. Quem consegue fazer o controle dessas condições ambientais obtém mais sucesso na produção do vinho. Na vinícola Svolta, percebeu-se que um dos efeitos positivos da agrivoltaica é que a sombra projetada pelos painéis solares ajuda a atrasar a maturação das uvas em três a quatro semanas. E justamente esse atraso é que protege as uvas das altas temperaturas e do vento excessivo.

painéis solares
Imagem reproduzida de RuraltecTV

Com menos exposição ao sol, as uvas amadurecem mais lentamente. Em comparação com os vinhedos vizinhos, a colheita da Svolta ocorre mais tarde. Essa diferença no time da atividade transforma a produção do vinho. Há a desaceleração do acúmulo de açúcares nos bagos, permitindo depois, na fase de fermentação da bebida, um melhor equilíbrio entre teor alcoólico e acidez. O produto final é de extrema qualidade, não exigindo quaisquer intervenções corretivas.

A saber, estudos realizados pela vinícola indicam que, com a instalação dos painéis solares, a redução de estresse hídrico nas videiras (consumo de água por conta do calor) é significante, com economia de água na irrigação na casa dos 20%. Ao mesmo tempo, tem-se um aumento entre 20% e 60% no rendimento da terra.

painéis solares
Imagem reproduzida de RuraltecTV

Novos expetimentos e expansão da agrivoltaica

Neste momento, a Svolta está testando o cultivo de mais de 30 variedades diferentes de videiras junto da tecnologia agrivoltaica. A expectativa é de que, nos próximos anos, apesar das mudanças climáticas, com essa proteção extra da safra, a propriedade consiga ampliar sua carta de vinhos e espumantes – claro que preservando a sua excelência.

O projeto Vigna Agrivoltaica di Comunità deve servir de exemplo de inovação e sustentabilidade no mundo dos vinhos. Esse caso prova como é possível harmonizar a tradição da viticultura com as tecnologias do futuro. A agrivoltaica, além de ser uma solução energética promissora, provou-se uma aliada poderosa na melhoria da qualidade do vinho, que demanda condições específicas de cultivo. É uma resposta eficaz aos desafios climáticos!

painéis solares
Imagem reproduzida de LifeGate Daily

Veja Também: Plataforma 3DEXPERIENCE, na prática: estudo de caso em vinícola espanhola


Fontes: Click Petróleo e Gás, IGN Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nos últimos anos, as tensões globais têm aumentado e, justamente por isso, a tecnologia militar é levada a avançar a passos largos. O mundo acompanha com apreensão o que acontece atualmente na Faixa de Gaza e no Líbano – com a incursão de Israel em resposta aos ataques em outubro de 2022 -, sem contar muitas outras guerras que ocorrem pelo planeta. Neste contexto, as inovações vão mudando cada cenário, sendo usadas como ferramentas de espionagem e ataque entre as tropas.

Na Ucrânia, drones até de papelão são usados contra soldados russos. E como se não bastasse, agora a Força Aérea dos Estados Unidos e empresas de defesa israelenses exploram drones mosquitos para operações militares. Essas pequenas máquinas são projetadas inspiradas nos movimentos de insetos reais, e são capazes de realizar operações de vigilância com extrema descrição. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Como são os drones mosquitos?

Os drones mosquitos são dispositivos pequenos e leves, equipados com sensores térmicos e câmeras para ações de vigilância e reconhecimento. Seu formato se assemelha a moscas ou libélulas.

Drones mosquitos
Imagem reproduzida de Science News
Drones mosquitos
Imagem reproduzida de MDPI

A ideia é que esses drones possam, de modo discreto, quase indetectável a olho nu, acompanhar ambientes urbanos e naturais (florestais). A capacidade de voar, batendo asas, é outra semelhança com os insetos reais, tornando-os perfeitos para missões de espionagem, coletando informações detalhadas sobre áreas hostis sem levantar suspeitas.

Veja Também: China cria drone solar de 4,2 gramas

Como funcionam os drones mosquitos?

Em verdade, a tecnologia por trás dos drones mosquitos é bem fascinante. Os cientistas conseguiram desenvolver dispositivos capazes de replicar o movimento natural dos insetos. Suas asas batem de maneira sincronizada, permitindo um voo de forma ágil e precisa. E por que suas carcaças são tão pequenas? É para poderem voar entre obstáculos diversos e se infiltrar em áreas de difícil acesso para drones convencionais. Portanto, esse é o exemplo perfeito de engenharia aproveitando a miniaturização de componentes e a sofisticação de sistemas de voo!

Tecnologia americana

Nos Estados Unidos, a pesquisa para desenvolvimento de drones mosquitos está sendo liderada pelos pesquisadores da Base Aérea Wright-Patterson. Seus cientistas estão trabalhando para melhorar a eficiência e o controle remoto desses dispositivos via componentes mecânicos e eletrônicos. Eles ainda utilizam materiais cada vez mais leves e resistentes, como fibra de carbono e polímeros. O uso de processos como a micromecanização a laser possibilita a criação de partes funcionais com alta precisão.

O projeto militar americano, pioneiro no setor, começou com a modificação de objetos reais. Contudo, a abordagem logo apresentou limitações, como a curta vida útil dos insights, o que levou os pesquisadores a investir em drones totalmente artificiais. Foi aí que entrou o conhecimento de pesquisadores da Universidade de Harvard, que testaram um modelo em miniatura semelhante a uma mosca. O mesmo tem cerca de 60 miligramas de peso e uma envergadura de asas de apenas 3 centímetros. Você pode conferir mais detalhes no vídeo a seguir:

Drones mosquitos
Imagem reproduzida de YJC

Como Israel planeja usar drones mosquitos?

Israel é um dos países mais avançados em termos de tecnologia militar. Sabe-se que o país está investindo no desenvolvimento de drones mosquitos. Empresas como Elbit Systems e Israel Aerospace Industries (IAI) têm trabalhado para criar modelos ultra modernos, de alta precisão, com sensores para coleta de dados em tempo real, e ainda mais compactos – se é que isso é possível. O objetivo é direcioná-los a áreas densamente povoadas, oferecendo vantagem tática para as frentes de batalha.

Neste momento em que Israel está envolvida em conflitos, os drones mosquitos podem auxiliar no trabalho das tropas, ajudando a monitorar movimentos de inimigos e identificar alvos, sem que as forças armadas precisem se expor seus soldados ao perigo.

Aplicações civil e humanitárias

Pensando além do campo militar, povos como os de Israel podem usar os drones mosquitos para outros fins, incluindo:

  • Vigilância de eventos públicos ou operações policiais: Monitorando multidões e identificando comportamentos suspeitos e aumentando a segurança sem a necessidade de intervenção direta.
  • Operações de resgate e missões humanitários: Se valendo de drones equipados com sensores térmicos que podem ser usados para localizar sobreviventes em escombros, detectando o calor corporal.

Desafios éticos e considerações sobre privacidade

Como é de se esperar, a tecnologia de drones mosquitos levanta questões éticas importantes, especialmente no que diz respeito à privacidade. Sua capacidade de realizar espionagem quase invisível em áreas urbanas pode ser vista como uma invasão de privacidade, e grupos de direitos civis têm preocupações expressas sobre o uso desses dispositivos em ambientes civis.

Drones mosquitos
Imagem reproduzida de Science News

Por outro lado, os defensores da inovação argumentam que, num mundo cada vez mais ameaçado pelo terrorismo e pelo crime organizado, dispositivos como os drones mosquitos são essenciais. Qual a sua opinião sobre o caso? Será que é possível um equilíbrio entre privacidade e segurança pública? Escreva sua resposta na aba de comentários logo abaixo!

Veja Também:


Fontes: TecMundo, TechTudo, Radio Locman, onPost.

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Nos últimos anos, uma nova profissão tem ganhado destaque no mercado de trabalho, se consolidando como uma das mais promissoras do futuro: o piloto de drone. Isso porque o uso desse tipo de veículo aéreo não tripulado tem sido bastante explorado em vários setores da economia, desde agricultura a indústria, segurança e entretenimento, com forte perspectiva de expansão. É que, agora, os drones são vistos como ferramenta essencial para otimizar processos, aumentar a precisão e reduzir custos.

Embarque com o Engenharia 360 numa jornada para explorar os principais fatores que tornam a carreira de piloto de drone tão atrativa, sendo considerada a profissão do futuro!

piloto de drone
Imagem reproduzida de IA em Freepik

A versatilidade dos drones

Em verdade, os drones foram inicialmente projetados para servir a engenharia militar, ficando populares no setor de entretenimento, para a captura de imagens aéreas. Hoje, eles são utilizados em uma ampla gama de aplicações, incluindo:

  • Monitoramento de plantações: com uso de sensores para medir a saúde das plantas e otimizar o uso de recursos.
  • Pulverização de pesticidas: já que os drones conseguem cobrir grandes áreas de cultivo de maneira precisa e eficiente.
  • Inspeção de infraestrutura: para monitoramento de plataformas de petróleo, linhas de transmissão e usinas industriais.
  • Segurança e vigilância: com drones são usados para monitorar áreas de difícil acesso, garantindo a segurança de grandes instalações.

Pode-se dizer que a versatilidade dos drones é o fator que mais torna essa profissão de piloto de drone tão atrativa. Ou seja, não importa o setor em que o profissional esteja atuando, sempre haverá demanda por suas habilidades.

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O crescimento da profissão

Pesquisas recentes, incluindo um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), apontam que, entre 2017 e 2022, a profissão de piloto de drone deu um salto de 130% no mercado de trabalho. Durante esse período, o número total de trabalhadores com carteira assinada como ‘piloto de drone’ aumentou 14%. E é óbvio que esse crescimento foi impulsionado pela evolução tecnológica e diversificação das aplicações dos drones.

A saber, há relatos no mercado de pessoas que se aventuraram a começar uma carreira na área de filmagens para o YouTube, por exemplo, e acabaram como auxiliares de inspeção para a indústria de óleo, gás e mineração.

piloto de drone
Imagem reproduzida de IA em Freepik

Os setores em expansão

Perto do mundo das engenharias, há dois setores da economia que mais se beneficiam do uso de drones, que é agricultura e indústria de óleo e gás.

Na agricultura, pilotos de drone são contratados para realizar pulverização de pesticidas, monitoramento de lavouras, além de medição da umidade e temperatura do solo, garantindo maior precisão na aplicação de fertilizantes e outros insumos. Qual a razão? Bem, com ajuda dessa nova tecnologia, poderia se aumentar a produtividade no campo e reduzir os custos de operação.

Já na indústria de óleo e gás, os pilotos de drone prestam serviços de inspeção e manutenção de plataformas de petróleo ou outras áreas de difícil acesso. Do mesmo modo, visando a melhora de segurança dos trabalhadores, os drones são levados para a realização de lavagens de fachada de grandes edifícios, inspeção de linhas de transmissão de energia, mapeamento estruturais em áreas remotas, etc.

piloto de drone
Imagem reproduzida de IA em Freepik

Mas e o retorno financeiro? Então, de acordo com estudos, o salário médio para um operador com carteira assinada é de R$ 8.300, podendo ultrapassar R$ 12.000 no setor rural. Além disso, muitos pilotos atuam como freelancers, o que pode resultar em diárias que variam entre R$ 500 e R$ 2.500, dependendo da complexidade do serviço.

Demanda por formação e capacitação

É importante destacar que trabalhar como piloto de drone não é brincadeira; e justamente por muitos pensarem assim é que as empresas alegam ter dificuldade para encontrar operadores capacitados. Surgem todo dia cursos prometendo formação adequada. Mas, na verdade, a maioria deles é insuficiente para atender à complexidade das operações a serem executadas. Por isso, é preciso buscar ofertas em instituições de renome.

O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), por exemplo, oferece cursos para técnicas específicas e legislação sobre uso de drone como piloto de drone no Brasil. Também vale a pena citar os cursos do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Já em escolas privadas é possível se aprofundar mais em assuntos como inspeção industrial e segurança, mapeamento topográfico, pesquisa científica e até serviços de delivery por drones.

piloto de drone
Imagem reproduzida de IA em Freepik

Novas habilidades necessárias

No mercado de trabalho, os pilotos de drones vão ouvir que precisam adquirir novas habilidades constantemente. Isso inclui:

  • Conhecimento técnico: Entendimento das especificações dos drones e suas aplicações práticas.
  • Legislação: Ciência das regulamentações que regem o uso de drones no Brasil.
  • Habilidades práticas: Tempo de experiência como piloto será essencial para melhorar seu desempenho em campo.
piloto de drone
Imagem reproduzida de IA em Freepik

O futuro da profissão

Não há dúvidas de que ‘piloto de drone’ é uma profissão em ascensão. Inclusive, especialistas acreditam que ela deve se consolidar como a profissão do futuro!

A previsão é de que a demanda por pilotos de drones continue a crescer nos próximos anos. Com o avanço da tecnologia e a expansão das aplicações dos drones nas indústrias, novos nichos devem surgir. Além disso, com o aumento da regulamentação do uso desses dispositivos, os profissionais serão cada vez mais valorizados.

Veja Também: Drones de Papelão na Guerra da Ucrânia


Fontes: Exame, O Globo.

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A era da Inteligência Artificial e do Machine Learning está transformando radicalmente o trabalho dos engenheiros de software. Com a velocidade em constante aceleração da tecnologia, as habilidades e tarefas tradicionais dos engenheiros estão sendo aprimoradas e redefinidas para atender às demandas atuais.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos analisar como essas novas tecnologias permitem a automação de tarefas repetitivas e rotineiras, liberando tempo para que esses profissionais possam se concentrar em tarefas mais complexas e criativas. Além disso, os benefícios para melhorar a precisão e eficiência do desenvolvimento de softwares.

engenheiros de software

O que é Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina

A Inteligência Artificial e o Machine Learning ou aprendizado de máquina são duas áreas da ciência da computação que têm ganhado destaque nos últimos anos.

A Inteligência Artificial refere-se à capacidade das máquinas de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana, como reconhecimento de voz, processamento de linguagem natural e tomada de decisões. Já aprendizado de máquina é uma técnica específica dentro da Inteligência Artificial que permite que as máquinas aprendam e melhorem a partir de dados, sem serem explicitamente programadas.

Aplicações dessas tecnologias em Engenharia de Software

O uso de Inteligência Artificial e Machine Learning na Engenharia de Software traz uma série de benefícios significativos. Um dos principais, como já citamos antes, é a automação de tarefas repetitivas e rotineiras. Com a IA e o AM, os engenheiros podem delegar tarefas como testes de regressão e análise de código para sistemas automatizados, liberando tempo para se concentrar em atividades mais desafiadoras e criativas.

Além disso, essas tecnologias podem melhorar a precisão e eficiência do desenvolvimento de software. Os algoritmos avançados podem ajudar os engenheiros a identificar problemas antes mesmo de ocorrerem, prevenindo falhas e melhorando a qualidade do software.

Outro benefício importante é a capacidade de lidar com grandes volumes de dados. Com a explosão de dados gerados diariamente, a Inteligência Artificial e o Machine Learning permitem que os engenheiros processem e analisem esses dados de forma eficiente, identificando padrões e tendências úteis para o desenvolvimento de software.

Estatísticas sobre o impacto na indústria de software

O impacto da Inteligência Artificial e Machine Learning na indústria de software é significativo e está em constante crescimento. De acordo com um relatório da empresa de pesquisa Gartner, até 2022, 40% dos projetos de desenvolvimento de aplicativos usarão inteligência artificial como um recurso-chave para melhorar a experiência do usuário ou a eficiência operacional.

Outra pesquisa realizada pela consultoria Accenture mostra que a Inteligência Artificial tem o potencial de aumentar a produtividade dos trabalhadores em até 40%. Além disso, a mesma pesquisa revela que 84% dos executivos acreditam que a Inteligência Artificial será essencial para a competitividade de suas empresas nos próximos anos.

engenheiros de software

Habilidades necessárias para os engenheiros de software

A crescente adoção das novas tecnologias na engenharia de software está mudando as habilidades necessárias pelos engenheiros. Além das habilidades técnicas tradicionais, como programação e resolução de problemas, os engenheiros agora precisam ter conhecimentos em áreas como análise de dados, estatística, Inteligência Artificial e Machine Learning.

Com a automação de tarefas rotineiras, os engenheiros também precisam ter habilidades em gerenciamento de projetos e comunicação efetiva. Eles precisam ser capazes de trabalhar em equipe, colaborar com outros profissionais e comunicar suas ideias de forma clara e concisa.

Além disso, os engenheiros de software devem estar dispostos a aprender continuamente e acompanhar as últimas tendências e avanços científicos. É fundamental que eles estejam atualizados com as novas tecnologias e sejam capazes de aplicá-las de forma eficiente em seus projetos.

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Como se preparar para o futuro da engenharia de software

Para se preparar para o futuro da engenharia de software, os profissionais devem buscar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento nessas áreas. Existem várias maneiras de se preparar para o futuro:

  • Educação e treinamento: Procure cursos e programas de treinamento que ensinem os conceitos fundamentais de Inteligência Artificial e aprendizado de máquina. Existem muitas plataformas online que oferecem cursos gratuitos e pagos nessas áreas.
  • Projetos pessoais: Realize projetos pessoais que envolvam Inteligência Artificial e aprendizado de máquina. Isso ajudará a desenvolver habilidades práticas e a familiarizar-se com as ferramentas e técnicas utilizadas nesses campos.
  • Participação em comunidades: Participe de comunidades online e fóruns de discussão relacionados à Inteligência Artificial e ao aprendizado de máquina. Isso permitirá que você interaja com outros profissionais da área, compartilhe conhecimentos e aprenda com suas experiências.
  • Atualização constante: Esteja sempre atualizado com as últimas tendências e avanços em Inteligência Artificial e aprendizado de máquina. Leia livros, artigos e blogs sobre o assunto e acompanhe as conferências e eventos relacionados a essas áreas.
  • Colaboração: Trabalhe em equipe e colabore com outros profissionais da área. A Inteligência Artificial e o aprendizado de máquina são áreas multidisciplinares, e a colaboração com outros profissionais pode enriquecer sua compreensão e habilidades nessas áreas.
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Ferramentas e recursos para aprender Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina

Existem várias ferramentas e recursos disponíveis para aprender sobre Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina na Engenharia de Software. Aqui estão algumas opções:

  • Plataformas como Coursera, Udemy e edX, que oferecem uma ampla variedade de cursos.
  • Livros como “Machine Learning Yearning” de Andrew Ng, “Deep Learning” de Ian Goodfellow, Yoshua Bengio e Aaron Courville, e “Artificial Intelligence: A Modern Approach” de Stuart Russell e Peter Norvig.
  • Tutoriais online
  • Comunidades online, a exemplo dos grupos no LinkedIn e comunidades no GitHub.
  • Hackathons e competições de ciência de dados, que oferecem a oportunidade de trabalhar em projetos práticos e colaborar com outros profissionais da área.

O papel das empresas na adoção das novas tecnologias

As empresas desempenham um papel fundamental na adoção de Inteligência Artificial e Machine Learning na Engenharia de Software. Elas são responsáveis por identificar as áreas em que essas tecnologias podem ser aplicadas de forma eficiente e por investir em recursos e infraestrutura necessários para implementá-las.

Além disso, as empresas têm a responsabilidade de oferecer treinamento e desenvolvimento para seus engenheiros de software, para que eles possam adquirir as habilidades necessárias para trabalhar com Inteligência Artificial e Machine Learning. Isso pode incluir a oferta de cursos internos, workshops e programas de mentoring.

Por fim, as empresas também desempenham um papel importante na definição de práticas éticas e regulamentações para o uso de Inteligência Artificial e Machine Learning na Engenharia de Software. Elas devem garantir que essas tecnologias sejam usadas de forma responsável e que não haja violações de privacidade ou discriminação.

engenheiros de software

Desafios e considerações éticas na Engenharia de Software

Embora a Inteligência Artificial e Machine Learning ofereçam muitos benefícios à engenharia de software, também apresentam desafios éticos importantes. Entre eles, o viés e a discriminação, causados por dados históricos enviesados, são preocupações centrais. Além disso, a privacidade e a segurança dos dados estão em risco devido à grande quantidade de informações coletadas.

A falta de transparência em alguns algoritmos dificulta a compreensão das decisões, especialmente em áreas sensíveis como saúde e justiça. Por fim, a automação pode impactar o mercado de trabalho, causando desemprego e transformações significativas.

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Engenharia 360

Redação 360

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A biomassa de madeira é um material formado por restos de árvores, como caules, ramos, folhas, cascas e raízes. Geralmente ele é apresentado como uma solução verde e sustentável para a geração de energia, sendo chamada por muitos como “fonte renovável”. Mas será verdade?

Estudos recentes indicam que essa fonte é prejudicial ao meio ambiente – uma realidade muito alarmante, considerando que várias medidas da indústria sempre foram baseadas num entendimento diferente. No artigo a seguir, vamos explorar os perigos ocultos da biomassa da madeira e como sua utilização pode afetar o planeta (incluindo clima e biodiversidade) e a saúde pública. Confira!

biomassa de madeira
Imagem de ArthurOculto em Freepik

1. Emissões de carbono

Sempre se acreditou que a biomassa de madeira emite menos gases de efeito estufa em comparação com combustíveis fósseis, mas não. Ao contrário disso, sua queima pode gerar mais emissões de carbono do que a queima de carvão, por exemplo. Isso ocorre porque a combustão da madeira libera grandes quantidades de CO2 (que foi armazenado durante o crescimento das árvores) na atmosfera. Sem contar que, depois, seria preciso esperar o crescimento de novas árvores para compensar as emissões; uma regeneração do ciclo que levaria décadas!

2. Perda de biodiversidade

As empresas envolvidas na produção de energia a partir da biomassa de madeira precisam usar madeira de baixa qualidade e resíduos florestais. Contudo, evidências indicam que, em várias partes do mundo, isso é ignorado, levando ao incentivo de desmatamento em larga escala e a destruição de habitats naturais. Então as florestas naturais são substituídas por plantações de eucalipto, comprometendo os ecossistemas e colocando em risco inúmeras espécies.

Lembrando que a destruição de florestas só agrava ainda mais as emissões de carbono, já que menos árvores estariam disponíveis para sequestrar CO2 da atmosfera.

biomassa de madeira
Imagem de Ivars em Freepik

Um estudo liderado por pesquisadores do MIT concluiu que o uso da biomassa de madeira para gerar eletricidade pode intensificar as mudanças climáticas até pelo menos 2100.

3. Poluição do ar

A queima da biomassa gera uma fumaça repleta de pequenas partículas tóxicas prejudiciais à saúde humana. A exposição a essas toxinas pode agravar em humanos – especialmente em crianças e idosos – problemas respiratórios pré-existentes, além de aumentar as taxas de infecções respiratórias. Aliás, estima-se que entre três e quatro milhões de mortes anuais estejam relacionadas à exposição a emissões tóxicas provenientes da queima de madeira e biomassa.

Vale destacar que todas essas partículas liberadas no ar podem viajar com os ventos a longas distâncias, se espalhando por grandes áreas, agravando a poluição em regiões urbanas e rurais. E como se não bastasse, isso deve contribuir para a formação de contaminantes secundários, como o ozônio troposférico, importante intensificador do efeito estufa (com um potencial maior que o CO2), o que agrava o aquecimento global.

biomassa de madeira
Imagem de yanalya em Freepik

4. Contaminação da água

O uso de biomassa ainda pode levar à outra contaminação, a dos recursos hídricos. Isso porque, durante o processo de produção do material faz-se o uso excessivo de pesticidas e fertilizantes nas plantações das árvores. Sem contar que, quando a madeira não vem de áreas de reflorestamento e, sim, de desmatamento, o ciclo hídrico local é afetado, resultando em erosão do solo e alterações nos padrões de seleção.

Veja Também: Impactos da chuva preta na Engenharia

Incertezas sobre a sustentabilidade a longo prazo

Sabe-se que existem métodos sustentáveis para a produção de biomassa de madeira – isso, sim, faria do material uma boa alternativa para geração de energia. Mas muitos países ainda sofrem com a exploração irresponsável das florestas, incluindo o Brasil. Por isso, essa sustentabilidade é questionada a longo prazo!

Fato é que as florestas têm mais valor de pé! Mesmo as áreas de reflorestamento, preparadas para a produção de biomassa, precisam ser geridas para que o número de árvores cortadas seja igual ou menor ao número de árvores plantadas, mantendo o equilíbrio ecológico. Porém, será que, com a crescente demanda por energia, essa equação pode ser respeitada? E não podemos nos esquecer de que existe a necessidade urgente do planeta reduzir as emissões de carbono.

biomassa de madeira
Imagem de eu amo você em Freepik

Infelizmente, hoje, os subsídios governamentais incentivam o contrário. A União Europeia, por exemplo, continua a classificar a biomassa de madeira como uma forma de energia renovável, apesar da opinião de cientistas e ambientalistas. Essa classificação ignora acaba por incentivar a exploração de madeira em larga escala, perpetuando o desmatamento e agravando os problemas ambientais. Precisamos considerar que há alternativas bem mais sustentáveis e verdadeiramente renováveis!


Fontes: Olhar Digital.

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Nos próximos dias (entre 29 de setembro e 25 de novembro), nosso planeta terá um visitante especial, o asteroide 2024 PT5. Esse corpo celeste, ao passar por aqui, deve entrar na órbita e ser temporariamente “preso” pela gravidade. Esse acontecimento já está intrigando os amantes da ciência, que se questionam sobre quais os possíveis impactos desse fenômeno para a Terra e seus habitantes. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar as características dessa “mini lua” e mais curiosidades sobre o cosmos. Confira!

asteroide - mini lua - 2024 PT5
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Freepik

Características do asteroide 2024 PT5

A passagem do asteroide 2024 PT5 foi descoberta em 7 de agosto de 2024, pelo sistema ATLAS (Asteroid Terrestrial-Impact Last Alert System) da NASA, projetado para monitorar objetos próximos ao nosso planeta.

Captura gravitacional

Os pesquisadores descobriram que esse pequeno corpo celeste tem um diâmetro entre 8 e 18 metros – algo aproximado ao tamanho de um ônibus. Ademais, que ele parrará a cerca de 9 distâncias lunares de distância, ou seja, fora da esfera gravitacional dominante da Terra. Depois de dois meses e uma volta de única órbita por perto, o asteroide deve seguir seu caminho pelo Sistema Solar.

'Mini lua' que deve orbitar a Terra
Imagem reproduzida de Space Today
'Mini lua' que deve orbitar a Terra
Imagem reproduzida de Space Today

Vale destacar que esse modelo de captura de asteroides pela gravidade da Terra é considerado relativamente raro. O mesmo se estende por cerca de 1,5 milhão de quilômetros.

Outros casos de mini luas

A ciência já registrou outras mini luas orbitando temporariamente a Terra ao longo da história. Por exemplo, nos anos de 1981, 2006 e 2022. Porém, nesses casos, os asteroides capturados pela gravidade do planeta eram menores. Pelo menos isso mostra que, apesar de incomuns, esses eventos não são um caso isolado. Por isso, podemos ficar mais tranquilos quanto aos seus impactos!

Veja Também: “Cofre lunar”: Proposta da ciência em caso de apocalipse

O que esperar da passagem da mini lua

Segundo análises preliminares, essa mini lua, 2024 PT5, não deve ter de representar qualquer risco para a Terra. Contudo, ela pode, sim, emitir certo grau de energia negativa – para quem acredita em astrologia, pode fazer todo o sentido.

asteroide - mini lua - 2024 PT5
Imagem meramente ilustrativa gerada em IA de Freepik

Fato é que, na velocidade que esse corpo celeste viaja, não é suficiente para escapar da atração gravitacional do nosso planeta, mas a gravidade terrestre não exercerá influência suficiente para causar efeitos notáveis durante esse período. Aliás, esse asteroide deve retornar em janeiro de 2025 e depois em 2055. E nesse meio tempo, os cientistas devem continuar monitorando a situação.

Enfim, esse deve ser considerado o início de um período de estudos intensos, uma oportunidade única para entender melhor objetos de pequeno porte próximos à Terra (NEOs) – desde composição, trajetória e interações diversas com o campo gravitacional. Os dados coletados devem proporcionar insights importantes para o desenvolvimento de estratégias de defesa planetária contra possíveis impactos de asteroides maiores no futuro.

Observação do asteroide

Infelizmente, para quem ama ciência, o 2024 PT5 não poderá ser observado a olho nu – ou mesmo com telescópios amadores. Apenas telescópios profissionais, como aqueles encontrados em centros de pesquisa astronômica ao redor do mundo, é que poderão registrar imagens suas durante a passagem pela órbita terrestre. E quem tiver essa oportunidade, poderá rastrear a trajetória orbital do asteroide, ampliando seu conhecimento sobre a diversidade e a origem dos corpos celestes que cruzam o Sistema Solar.


Fontes: G1, O Globo, Space Today.

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Sabemos que todo grande projeto, antes de ser executado, precisa ter um orçamento pré-estabelecido. A construção civil, por exemplo, pode contar com o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas). Esse é um índice que desempenha o papel de definição de custos indiretos das obras, visando as margens de lucro (possíveis) adequadas para crescimento e continuidade no mercado das empresas de engenharia.

Vale destacar que o cálculo desse índice ajuda a esclarecer questões como preço de venda de um empreendimento, com todas as suas despesas asseguradas. Mas isso não é fixo, variando de acordo com o tipo de obra executada, empresa gestora e características de projeto. Saiba mais sobre o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

BDI na construção civil
Imagem de Josue Isai Ramos Figueroa em Unsplash

A importância do BDI no orçamento de obras

O cálculo do BDI é crucial em trabalhos de construção civil. Explicamos: se um orçamento de obras é mal calculado, ele pode deixar o serviço com um preço muito elevado, tornando a empreitada inviável na visão dos clientes – ou pior, ficando baixo e resultando em prejuízos. Por isso, sua definição deve ser precisa, considerando diversas variáveis importantes e específicas do projeto.

A saber, índices como o BDI são fundamentais na etapa de elaboração do orçamento de obras de construção civil, pois fornecem uma metodologia confiável para determinação de custos.

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Os custos abrangidos pelo BDI

Com a definição do BDI, as empresas de engenharia podem ter uma noção de qual será o custo total das obras. Como explicado antes, esse índice permite gerar um percentual dos custos indiretos.

BDI na construção civil
Imagem reproduzida de O Orcamentista

Na verdade, o BDI cobre uma série de custos indiretos que, embora não estejam diretamente ligados à execução das obras, são essenciais para o funcionamento dos projetos, incluindo:

  • Administração central: despesas com a gestão da empresa, como salários, aluguel de escritórios, marketing e departamentos financeiros e jurídicos.
  • Custos financeiros: perdas financeiras pelo capital investido que poderia estar rendendo em aplicações financeiras.
  • Seguro e garantias: custos com seguros obrigatórios e garantias contratuais exigidas no projeto.
  • Margem de incerteza: percentual destinado a cobrir eventuais imprevistos que não estão contemplados no seguro.
  • Tributos: impostos municipais, estaduais e federais, como ISS, ICMS e INSS.

Veja Também: Como fazer um orçamento de obra de maneira eficiente?

O cálculo do BDI para obras de engenharia

Justamente porque os custos indiretos das obras que influenciam o valor de BDI variam de acordo com as necessidades de obras, a fórmula desse índice nem sempre é igual. Porém, os especialistas apontam um modelo base para o direcionamento dos profissionais orçamentistas, essa é a melhor maneira de incluir os custos indiretos e os lucros de cada projeto.

Neste texto, apresentamos a recomendação do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC), que envolve a seguinte fórmula:

Onde:

  • AC é a porcentagem da administração central
  • CF é a porcentagem referente ao custo financeiro
  • S é a porcentagem referente aos seguros
  • MI é a margem de incerteza
  • T é a porcentagem resultante do soma dos tributos
  • L é a porcentagem referente aos lucros previstos
  • G é o custo para cumprir o contrato com as garantias
BDI na construção civil
Imagem de foto grátis em Freepik

Preço de venda

Assim, ao adicionar o BDI (com custos indiretos e margem de lucro) aos custos diretos de uma obra, a construtora responsável pode obter o valor de venda que cobrirá todas as despesas do seu trabalho e garantirá a lucratividade. Tal fórmula pode ser ajustada a depender do cenário de mercado, visando que o valor final fique justo e competitivo. Assim, tendo as informações necessários, essa é a fórmula do preço de venda:

Onde:

  • PV é preço de venda
  • CD é custos diretos
  • BDI é benefícios e despesas indiretas
BDI na construção civil
Imagem de foto grátis em Freepik

Bônus: Dicas de como garantir a precisão do cálculo do BDI

Para garantir a precisão no cálculo do BDI, é fundamental que a empresa tenha uma gestão eficiente de seus custos e utilize metodologias confiáveis para a orçamentação.

Ferramentas como o TCPO (Tabela de Composições de Preços para Obras) e o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) podem ser úteis. Mas vale lembrar que o SINAPI não inclui o BDI em suas tabelas, sendo necessário calcular esse percentual separadamente. Outro ponto importante é realizar uma análise detalhada de todos os custos indiretos envolvidos, garantindo que nenhum gasto seja deixado de fora do orçamento.


Fontes: Sienge, Mobuss Construção.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Eventualmente, podemos observar no horizonte, em indústrias químicas, petroquímicas e de refino, além de plataformas de exploração offshore, plantas de processamento de gás natural e aterros sanitários, muita chama e fumaça de vapor saindo de torres. Essas torres são chamadas de ‘flare’. Trata-se de estruturas altas e finas, projetadas para funcionar como dispositivos de combustão de gás em queima controlada de resíduos. Mais informações no texto a seguir, do Engenharia 360!

Quando os flares são usados?

Os flares são acionados quando é realizada na indústria queimaduras controladas de gases residuais, como metano, que não podem ser processados ou capturados. Sua principal função na indústria petroquímica é garantir a segurança de operações ao liberar pressão excessiva, evitando explosões ou incêndios.

Vale destacar que, durante essas operações, a pressão interna dos sistemas deve ser mantida dentro dos limites ideais indicados. Então, assim, é feito de modo seguro o gerenciamento de gases residuais gerados durante a extração e processamento de elementos petroquímicos.

Qual a razão para se fazer queima controlada?

Em princípio, aos olhos dos leigos, essa queima para combustão ou gás residual não tem lógica; porém, há uma razão científica para isso. Entenda, quando o gás é queimado dentro da indústria, ele se transforma em dióxido de carbono (CO2) e vapor d’água. E embora o CO2 seja um gás de efeito estufa, sua queima, nesse cenário, reduz significativamente a liberação de metano na atmosfera. E o metano, para quem não sabe, é muito mais prejudicial à natureza, favorecendo o aquecimento global.

Resumindo, diferente do que parece, a prática do flaring (acendimento dos flares) tem um propósito positivo, que é minimizar os impactos ambientais associados à emissão de gases. E, quando a queima é eficiente, resulta em uma chama brilhante e alta, com redução de combustão completa e menor liberação de emissões. Mas isso, é claro, pode assustar aqueles mais desavisados!

Como os especialistas em meio ambiente veem o uso de flare?

Apesar das vantagens operacionais dos flares, sua utilização levanta muita preocupação em ambientalistas. A pergunta mais frequente está relacionada às emissões geradas durante a queima. Isso porque, embora a liberação de CO2 seja menos agravante do que a de metano, ela ainda é danosa à natureza, agravando o efeito estufa no planeta. Logo, faz-se necessário a apresentação de alternativas ao flaring.

flare - flaring
Imagem reproduzida de Blogue Engenharia Química

A saber, segundo dados da NASA, as temperaturas globais estão aumentando em média 0,2°C por década devido à concentração crescente de gases de efeito estufa. A poluição atmosférica afeta a saúde de milhões de pessoas, levando ao agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares. E, por fim, as mudanças climáticas estão contribuindo para a extinção de espécies e mudanças de ecossistemas.

São possíveis alternativas ao flaring:

  • Reinjeção do gás natural: Em vez de queimá-lo, o gás pode ser reinjetado nos poços para aumentar a produção de petróleo.
  • Captura e armazenamento de carbono (CAC): Tecnologias avançadas estão sendo pesquisadas para capturar CO2 antes que ele seja liberado na atmosfera.
  • Uso de tecnologias limpa: Investimentos em energias renováveis ​​e tecnologias mais limpas podem reduzir a dependência do petróleo e minimizar as emissões associadas.

Veja Também: Os melhores locais para engenheiros químicos encontrar emprego no Brasil

Qual a perspectiva para o futuro da indústria petroquímica?

A indústria petroquímica deve continuar a desempenhar um papel fundamental na economia global. Porém, diante da crise climática, ela provavelmente cederá às pressões e buscará formas de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Neste cenário, empresas e governos precisam adotar uma postura mais proativa, integrando práticas sustentáveis em suas operações, investindo em novas tecnologias de captura e armazenamento de carbono, e implementando políticas de gestão mais rigorosas.

flare - flaring
Imagem reproduzida de World Bank

Para concluir este texto, queremos falar do plano da Petrobras para sua descarbonização. O projeto prevê a separação de contaminantes em FPSOs (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) e rejeitos em reservatórios. Em paralelo, estão sendo realizados estudos de como utilizar o CO2 em estado supercrítico (quando apresenta propriedades físicas entre os estados líquido e gasoso) para gerar energia elétrica em combinação com turbinas a gás, tanto no onshore quanto no offshore. Esse é um pequeno passo para uma grande transformação na indústria!


Fontes: Química Jr, oeco.

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Nesta semana, durante o evento Meta Connect 2024, a empresa Meta – a mesma empresa controladora do Facebook – deu um passo adiante no mundo dos dispositivos de realidade virtual (RV). Ela lançou o Meta Quest 3S, prometendo revolucionar o mercado, sobretudo porque esse dispositivo – uma alternativa ao Meta Quest 3 – chega num preço mais acessível. No artigo a seguir, do Engenharia 360, exploramos quais são suas principais características e vantagens, dando destaque para as funcionalidades que devem enriquecer a experiência do usuário. Confira!

Meta Quest 3S
Imagem divulgação Meta via Olhar Digital

O que é Meta Quest 3S?

Meta Quest 3S é, portanto, o mais novo modelo de óculos de realidade mista da Meta. O mesmo combina elementos do mundo real com experiências virtuais.

Vale destacar que a proposta da Meta para esse produto é tentar democratizar o acesso à realidade virtual, tornando-a mais acessível ou mais viável a um público mais amplo; isso é especialmente relevante em um mercado onde muitos dispositivos semelhantes custam significativamente mais caro. Sendo assim, é uma das maiores vantagens apontadas para o Meta Quest 3S seu preço competitivo:

  • US$ 299,99, para a versão de 128 GB
  • US$ 399,99 para a versão de 256 GB
Meta Quest 3S
Imagem divulgação Meta via Olhar Digital

Infelizmente, por hora, a Meta ainda não tem planos de lançar esses óculos no Brasil. Contudo, a expectativa é que, quando isso acontecer, o preço siga a conversão direta para real, ficando em torno de R$ 1.640 para o modelo mais simples, sem incluir impostos. Então, será que valeria a pena?

Qualidade de exibição e design

O Meta Quest 3S oferece uma resolução de imagem 4,5 vezes maior que o dispositivo antecessor, o Quest 2, e com cores mais vibrantes – uma melhoria que permite uma experiência visual mais rica. Quanto ao design, vale enfatizar que sua visão de campo é mais estreita. A interface facial foi modificada para ser mais ‘respirável’, favorecendo quem faz exercícios físicos intensos. E, por fim, o sistema de áudio espacial foi atualizado, tornando a imersão mais realista e envolvente.

Meta Quest 3S

Dentre as melhorias significativas propostas pela Meta está o suporte a aplicativos em 2D. Sem contar que o Quest 3S se vale de um processador Snapdragon XR2 Gen 2, permitindo um desempenho fluido e rápido. Isso permite que ps usuários possam desfrutar de jogos e aplicativos sem atrasos.

Usos para entretenimento

É interessante que uma das promessas da Meta para o Meta Quest 3S é a capacidade de exibição tipo tela de cinema, transformando qualquer ambiente em um espaço cinematográfico pessoal e permitindo que os usuários assistam a filmes e séries com qualidade impressionante.

O plano é que o Quest 3S possa funcionar bem em diferentes contextos. Por exemplo, para assistir televisão em uma tela mais ampla, manter contato com um personal trainer virtual durante exercícios ou até ser utilizado em viagens com o Modo Viagem – já explicamos, calma. E ainda para melhorar essa experiência, pode-se contar com o suporte de áudio do Xbox Cloud Gaming e Dolby Atmos. Ou seja, uma experiência de entretenimento completa!

Meta Quest 3S
Imagem divulgação Meta via G1

Modo Viagem

O Modo Viagem é um recurso funcional do Meta Quest 3S que permite que os usuários aproveitem suas experiências virtuais nos óculos mesmo em voos ou viagens mais longas. Essa funcionalidade é ideal para quem deseja se divertir enquanto está longe de casa.

Compatibilidade com aplicativos populares

Pelo Quest 3S, as pessoas podem acessar diversos aplicativos populares, incluindo Facebook, Instagram, Twitch e YouTube, além de serviços de streaming como Prime Video e Netflix. O novo dispositivo tem a capacidade de rodar os mesmos jogos compatíveis com o seu antecessor; porém, com o acesso a uma biblioteca mais ampla. Essa compatibilidade faz dele um tipo de console de jogos e plataforma versátil de entretenimento e comunicação.

Considerações finais sobre o Meta Quest 3S

Para quem está se perguntando qual a diferença entre Meta Quest 3S e Quest 3S, aqui vai a nossa resposta. Primeiro, a duração de bateria ligeiramente superior (2,5 horas contra 2,2 horas). No lugar de sensores triangulares, temos agora sensores em forma de pílula – aliás, o novo modelo vem com sensor de profundidade, afetando a precisão em certos aplicativos de RV. E em vez de botão de toque duplo, “Botão de Ação”, que facilita a alternância entre modos de visualização imersiva e de passagem.

Onde o Quest 2 se destaca mais? Bem, é claro que estes óculos não ficam para trás! Seu campo de visão é mais amplo. E sua capacidade de armazenamento é maior, 512 GB, enquanto o novo modelo é até 256 GB). Todavia, podemos concluir que ambos os dispositivos valem a pena, pois compartilham a maioria dos recursos, como a utilização do chip Snapdragon XR2 Gen 2 e os controladores Touch Plus.

Outros lançamentos no Meta Connect 2024

A Meta também usou o evento Meta Connect 2024 para apresentar outras inovações. Foram exibidas tecnologias com uso de IA Llama 3.2 e novas opções de cores para o Ray-Ban Meta. Por fim, a empresa anunciou o Orion, um óculos de Realidade Aumentada que promete revolucionar o mercado de wearables. Mas esse é mais um produto que não tem previsão de lançamento ao público, apenas funcionários da Meta e pessoas selecionadas pelos desenvolvedores podem experimentá-lo.

Meta
Imagem divulgação Meta via TechTudo

Veja Também:


Fontes: G1, TechTudo.

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As tecnologias de modelagem 3D e realidade aumentada (RA) têm avançado e estão transformando a maneira como são realizados os trabalhos de engenharia na atualidade. Pensando nisso, o Engenharia 360 resolveu trazer esse tutorial, compartilhando dicas de como explorar o aplicativo AR Code para transformar objetos físicos em blocos (modelos digitais) para SketchUp, integrando-os aos projetos com precisão e detalhes impressionantes. Confira a seguir!

bloco para SketchUp
Imagem reproduzida de Medium

O que é SketchUp e como ele é utilizado pela engenharia?

SketchUp é um software de modelagem 3D amplamente utilizado no setor de engenharia, além da arquitetura e design de interiores. Sua interface é bastante intuitiva, permitindo a criação de modelos detalhados de edifícios, ambientes, móveis e mais de forma rápida e eficaz. E a versão mais recente, que conta com várias melhorias, incluindo a integração com RA, permite aos usuários importar modelos em três dimensões criados em aplicativos como o AR Code.

Vale destacar que o SketchUp, desde sua concepção, sempre contou com sua própria plataforma de compartilhamento de modelos em 3D, que é a 3D Warehouse. Por lá, é possível criar códigos QR que, ao serem escaneados, oferecem a visualização do modelo em realidade aumentada. Dessa forma, os designers podem compartilhar suas criações e visualizá-las no ambiente físico, numa experiência super imersiva e realista – inclusive se valendo de smartphones ou headsets AR/VR, como o Apple Vision Pro.

O que é AR Code e quais suas funcionalidades?

Agora vamos falar sobre o AR-Code. Este é um aplicativo de realidade aumentada que permite escanear qualquer objeto físico e transformá-lo em um modelo 3D, criando as mais diferentes experiências interativas. Graças às suas capacidades, os objetores escaneados podem ser capturados em todos os seus detalhes. Basta girar o visor da câmera em torno de um ponto fixo, criando uma digitalização precisa e completa.

O mais legal é que os blocos gerados pelo AR Code podem ser exportados para o SketchUp. Antes disso, os modelos digitais podem ser visualizados em um ambiente de realidade virtual. O aplicativo não requer outro aplicativo específico para isso, sendo acessível em uma ampla gama de dispositivos móveis.

Confira outros vídeos ilustrativos da capacidade do aplicativo AR Code no link a seguir: https://www.youtube.com/@arcodecom/shorts

Como transformar qualquer objeto em bloco para SketchUp via AR Code?

Passo 1

Baixar o aplicativo AR Code (AR Code Object Capture) via loja de aplicativos, como Apple Store. A saber, a tecnologia está disponível para iOS e iPadOS. Certifique-se de ter um dispositivo compatível para garantir a melhor experiência.

bloco para SketchUp
Imagem divulgação AR Code

Passo 2

Preparar o objeto a ser escaneado. O mesmo deve ser colocado em uma superfície plana, onde você possa circular ao redor dele facilmente (360 graus) para gravar todos os detalhes. É importante garantir que haja boa iluminação e que não haja objetos ao redor que possam interferir na captura.

Passo 3

Iniciar a digitalização, abrindo o AR Code e seguindo as instruções que o aplicativo apresenta na tela. Será preciso fazer uso da câmera do celular para escanear os objetos. Deve-se fazer um percurso ao redor deles, captando suas imagens de todos os ângulos – inclusive da parte inferior. Logo, a ferramenta deve processar os modelos digitais automaticamente, um processo que é rápido e eficaz.

bloco para SketchUp
Imagem reproduzida de AR Code

Passo 4

A etapa final é compartilhar o modelo gerado via função de compartilhamento do AR Code. Você pode, por exemplo, jogar o arquivo na nuvem e baixá-lo para o seu computador. Ao abrir o SketchUp, busque por ‘Arquivo’ e ‘Importar’. Navegue até o arquivo formato .sk que foi salvo, selecione-o e clique em importar. Enfim, você já pode usar o bloco em seus projetos de engenharia. Será possível editar, redimensionar ou combinar com outros elementos.

O vídeo a seguir ilustra melhor esse passo a passo. Confira!

Essa união AR Code e SketchUp promete! É impressionante como as tecnologias evoluíram. Quem diria que em poucos anos de evolução dos smartphones já seria possível usar celular para transformar objetos físicos em modelos digitais – e ainda mais os exportar para softwares de engenharia e integrá-los aos projetos. Sem dúvidas, ganha-se em agilidade no processo de criação de blocos 3D, como também garante a precisão e riqueza de detalhes que os profissionais tanto buscavam para suas maquetes 3D.

Veja Também: SketchUp: saiba tudo sobre o uso do software na Engenharia


Fontes: Agência Fabesp.

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