Quem poderia imaginar que um lago poderia ser considerado a maior bateria do mundo? Bem, explicando melhor, a centenas de metros acima do Lago Michigan, foi construída a Usina de Armazenamento Bombeado de Ludington. Essa maravilha da engenharia moderna, inaugurada em 1973, é peça fundamental da infraestrutura energética dos Estados Unidos, símbolo de inovação e sustentabilidade, fornecendo eletricidade para milhões de residências. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

maior bateria do mundo
Imagem de Governo dos EUA em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Ludington_Pumped_Storage_Power_Plant#/
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Funcionamento da “bateria” de Ludington

A Usina de Armazenamento Bombeado de Ludington se assemelha a um lago artificial. Essa estrutura é colossal, medindo aproximadamente 4 quilômetros de comprimento e 1,6 quilômetros de largura. Seu funcionamento é inovador, com base em um processo físico simples que não só proporciona uma fonte confiável de eletricidade, mas também ajuda a estabilizar a rede elétrica em momentos de alta demanda.

A ideia, em tese, é o armazenamento reversível de energia hidrelétrica. Durante o período de baixa demanda, a usina utiliza energia excedente para bombear água para um reservatório superior, que está a 110 metros de altura. E, durante o dia, assim que necessário, quando a demanda por eletricidade aumenta, a água é liberada de volta para o lago, passando por seis turbinas que geram energia hidrelétrica.

maior bateria do mundo
Imagem reproduzida de MinnPost
maior bateria do mundo
Imagem reproduzida de METEORED

Segundo a concessionária responsável pela administração da usina, cada unidade é capaz de mover a superfície do reservatório cerca de 30 centímetros por hora (em condições normais). Quando em plena capacidade, o complexo pode fornecer eletricidade para aproximadamente 1,7 milhão de unidades habitacionais – só para entender a relevância dessa infraestrutura.

Flexibilidade e integração com energias renováveis

Já conhecemos a funcionalidade dessa usina, que é considerada a maior bateria do mundo, agora é vez de falar sobre a flexibilidade do seu sistema. Bem, vale relembrar que ela não “apenas” armazena energia como também permite disponibilizar essa energia quando for mais necessário.

Essa é uma característica ainda mais relevante à medida que as fontes renováveis (como solar e eólica) se tornam prevalentes na matriz energética. E por que dissemos tudo isso? O objetivo é vislumbrar as possibilidades presentes e futuras!

Por exemplo, a matriz de Michigan é predominantemente composta por usinas movidas a combustíveis fósseis e nucleares, que, sendo fontes constantes, permitem que a Ludington bombeie água à noite e gere energia durante o dia. E se, além disso, forem incluídas nessa equação fontes como solar e eólica, a operação da usina pode ser ajustada para atender essas novas demandas.

Podemos pensar numa situação em que a Usina de Armazenamento Bombeado de Ludington seja carregada ao meio-dia com energia solar e descarregada à noite, quando a demanda é maior. Sem dúvidas, essa flexibilidade ajudaria a reduzir a dependência do consumo de combustíveis fósseis. Esse esforço de transformação, de modernização, de adaptação das operações aumentaria a eficiência do serviço prestado e reduziria sua pegada de carbono, contribuindo para o meio ambiente.

Impacto ambiental e sustentabilidade

Agora uma curiosidade sobre a Usina de Ludington! Durante os meses de verão americano, uma barreira de proteção é instalada para proteger a fauna aquática local, evitando que os peixes entrem no canal de entrada e saída de água da usina. Essa medida é essencial para preservar o ecossistema do Lago Michigan – o mínimo que se espera de práticas ambientais responsáveis na engenharia.

Futuro do armazenamento de energia

‘Equilíbrio’; esse deve ser o futuro do armazenamento de energia! Quer dizer, que o sistema elétrico de nenhuma cidade, estado ou país deve ser sustentado apenas por fontes ‘A’, ‘B’ ou ‘C’ – até porque todas elas são impactadas pelas condições climáticas. O melhor modelo é como o Brasil diz seguir hoje, tendo hidrelétricas, termelétricas, usinas solares e eólicas. Só assim é possível garantir a continuidade do fornecimento de energia!

Outra coisa, o armazenamento de energia em grande escala é um componente vital para a transição para uma matriz energética mais limpa.

Usinas como a de Ludington precisam ser expandidas e modernizadas. Especialmente, essas usinas reversíveis (construídas quase todas entre 1960 e 1990) são o modelo mais importante. Embora novas instalações tipo bateria tenham surgido nos últimos anos, elas ainda continuam a desempenhar um papel fundamental na oferta de energia confiável, tendo alta capacidade de armazenamento em escala comercial.

maior bateria do mundo
Imagem reproduzida de Jornal Dia Dia

Aqui, no Brasil, algo que tem preocupado os especialistas é a falta de avanço no setor com relação à precificação das externalidades de cada fonte de energia. A ausência de diretrizes claras por parte do Ministério de Minas e Energia (MME) poderia levar a riscos de judicialização, impactando negativamente o futuro do setor energético no país.

Veja Também: Conheça Chicago: sua história, arquitetura e urbanismo


Fontes: Click Petróleo e Gás.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Big Data é um conjunto de dados de grande volume, velocidade e variedade, que são coletados, armazenados, organizados, analisados e interpretados. Nos últimos anos, esse modelo tecnológico tem impactado demais diversos setores, como varejo, transporte e agronegócio. Mas curiosamente, no Brasil, essa revolução tem se destacado na área da saúde.

A saber, o Sistema Único de Saúde possui a maior base de dados de saúde do planeta. Mas, até por conta disso, enfrenta muitos desafios significativos, sobretudo na utilização estratégica das informações. Pensando nisso, um jovem empreendedor brasileiro, chamado João Abreu, junto da equipe do ImpulsoGov, tem buscado transformar o SUS em um modelo eficiência e qualidade através do Big Data. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O que é ImpulsoGov

ImpulsoGov é uma healthtech sem fins lucrativos idealizada por João Abreu e Isabel Opice com foco em auxiliar no combate das desigualdades sociais no Brasil.

Big Data
Imagem reproduzida de ImpulsoGov em LinkedIn

Vale destacar que, enquanto fez uma visita em escolas em bairros nobres e áreas periféricas, Abreu percebeu diferenças radicais entre estruturas, o que o levou a refletir sobre como essas disparidades impactam nossa sociedade. Já durante seus estudos em Harvard, aprendeu que nosso país, apesar de contar com a maior base de dados de saúde do mundo, não utiliza essas informações de forma estratégica. Essa necessidade urgente de mudança o motivou a agir – se valendo do Big Data!

O papel do Big Data no SUS

Neste momento, o SUS – mesmo com seu imenso potencial – possui algumas falhas em seu sistema. Resumindo, ele basicamente recebe muitos dados, mas entrega menos informação do que deveria. É neste contexto que o Big Data faria toda a diferença, organizando essa enorme quantidade de dados gerados. O objetivo não é apenas armazenar, mas transformar as informações em conhecimento prático que possa guiar decisões governamentais e melhorar a saúde da população.

A chegada da pandemia foi o momento de alerta de que o sistema do SUS precisava de uma mudança na gestão de informações. Isso porque as equipes precisavam acessar mais rapidamente os dados e se tornou necessário utilizar ferramentas digitais para monitorar a crise com precisão. Isso foi essencial para prever números de leitos hospitalares, traçar a epidemiológica e tomar decisões críticas em momentos de alta mortalidade.

A estratégia da ImpulsoGov

A estratégia proposta pela ImpulsoGov é trabalhar com Big Data diretamente com mais de 150 governos municipais e estaduais para organizar e analisar os dados disponíveis no SUS de forma inteligente. Depois, transformá-los em informações práticas que possam ajudar autoridades a tomarem decisões embasadas e eficazes. Uma das metas é aumentar a capacidade de prevenção do Sistema Único.

Explicando melhor, ao invés de se focar apenas no tratamento de doenças avançadas, a organização busca identificar grupos vulneráveis e implementar estratégias preventivas.

Por exemplo, ao identificar mulheres com exames ginecológicos atrasados, a ImpulsoGov desenvolveu um sistema de comunicação que informa essas pacientes sobre a necessidade de agendar seus exames. Essa abordagem simples resultou em um aumento significativo na realização desses exames nas cidades onde foi implementada.

Reconhecimento internacional

Recentemente, a healthtech de João Abreu e Isabel Opice foi selecionada para o programa ‘100x Impact Accelerator’, realizado pela London School of Economics. Esse programa busca identificar empresas com grande potencial de impacto social e as auxilia a expandirem suas operações. A ImpulsoGov recebeu um subsídio de 150 mil libras (cerca de R$ 1,1 milhão) para continuar seu trabalho.

O futuro do SUS com a tecnologia Big Data

Sem dúvidas, a tecnologia Big Data tem um potencial imenso de transformar dados em ações práticas que beneficiem a população. Um dos desafios é que esse impacto seja sustentável a longo prazo. Abreu enfatizou em entrevistas que é importante capacitar governos locais para que possam continuar implementando continuamente melhorias em seus sistemas mesmo após o término das colaborações diretas.

Com o uso inteligente de dados, o futuro do SUS parece ser promissor, dando exemplo de excelência em saúde pública para o mundo, com ações concretas melhorando a vida das pessoas. A ImpulsoGov busca hoje resolver os problemas imediatos e criar um modelo de sistema que permita fortalecer a capacidade do SUS de prevenção e resposta a crises de saúde.

Veja Também: O que é a MÚTUA e qual sua função?


Fontes: Época Neócios.

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Projetos de engenharia devem levar em conta todas as cargas incidentes sobre as estruturas, como as dos ventos. Isso pode representar um desafio significativo, especialmente quando tem que se lidar com modelos de edificações altas, esbeltas ou em design mais arrojado. Por graças, temos hoje vários softwares para testes de modelos 3D em simulações virtuais. Mas também é possível esclarecer dúvidas simples com maquetes físicas em túnel de vento.

Enfim, túnel de vento é uma ferramenta utilizada por engenheiros civis e arquitetos para validar projetos. Este artigo do Engenharia 360 explora como funciona esse dispositivo, sua aplicação em ensaios e a relevância dos dados coletados para a construção civil. Confira!

O que é túnel de vento?

Túnel de vento é uma instalação especial (geralmente colocada em grandes empresas ou instituições de ensino superior) para simular o fluxo de ar ao redor de modelos de estruturas (pontes, edifícios e mais) em menor escala. Sua função é replicar as características do vento natural e suas diversas possibilidades de incidência, ajudando a prever reações em situações reais. O objetivo é, portanto, a coleta de dados sobre a ocorrência de uma engenharia aos ventos. Tais informações vão embasar o desenvolvimento de projetos, determinando dimensionamentos (como de caixilharias), design de elementos e mais.

Túnel de Vento
Imagem divulgação Instituto de Pesquisas Tecnológicas reproduzida de AEC Web

A saber, em normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é possível encontrar diretrizes para prever o comportamento de construções, mas elas não abrangem situações complexas. No caso, se estamos trabalhando com geometrias não convencionais ou alturas excepcionais, torna-se necessária a realização de ensaios em túnel de vento.

Conforme a NBR 6123, existem cinco tipos principais de terrenos que influenciam o comportamento do vento:

  • Tipo I: Superfícies lisas e extensas.
  • Tipo II: Terrenos abertos com poucos obstáculos.
  • Tipo III: Terrenos planos ou ondulados com alguns obstáculos.
  • Tipo IV: Terrenos cobertos por muitos obstáculos.
  • Tipo V: Terrenos densamente cobertos por grandes obstáculos.

Essas classificações ajudam a definir as condições do teste e a simular com precisão o comportamento do vento.

Como é feito um ensaio em túnel de vento?

Um ensaio em túnel de vento começa com a criação de uma maquete física em escala reduzida do modelo de engenharia ou arquitetura que se deseja testar – pode ser uma estrutura isolada ou com seu entorno imediato e topografia local, já que o comportamento do vento varia de acordo com o tipo de terreno. Os pesquisadores colocam sensores de pressão nessa maquete para medir a força do vento sobre as superfícies em diferentes ângulos.

Para garantir a confiabilidade dos resultados, os ensaios são sempre realizados com os modelos girando ou sendo girados dentro do túnel de vento – ideal que seja a intervalos de 15° -, para se obter uma visão completa do comportamento do vento sobre a estrutura. O túnel deve simular as condições reais, variando a velocidade e direção dos jatos de ar. Os dados coletados são processados por computadores, resultando em indicadores precisos sobre pressão, tensão e outras variáveis ​​relevantes.

Benefícios dos ensaios

Os ensaios realizados em túnel de vento trazem uma série de vantagens para os projetos de engenharia e arquitetura, incluindo:

  • Previsão de cargas estáticas agindo sobre estruturas e resposta dinâmica, resultando em projetos mais seguros e eficientes, sem superdimensionamento de estruturas, o que pode reduzir custos consideráveis na versão final da proposta.
  • Análise do impacto do vento, para garantir que os edifícios sejam confortáveis ​​para os usuários, minimizando vibrações e desconforto sonoro.
  • Por fim, identificação de possíveis problemas antes da construção, proporcionando uma base para que engenheiros tomem medidas preventivas contra falhas estruturais.
Túnel de Vento
Imagem reproduzida de Blog Fenômenos da Engenharia

Quando é necessária a utilização do Túnel de Vento?

É claro que nem todos os projetos de engenharia e arquitetura vão precisar ser testados em túnel de vento antes da sua construção. Projetos simples, como de casas e prédios baixos, com plantas quadradas ou retangulares, são fáceis de serem entendidos e calculados – as normas vigentes já preveem a segurança do impacto do vento. Por outro lado, construções como de edifícios altos e esbeltos, pontes e estádios, já exigem estudo mais aprofundado sobre os riscos estruturais.

Vale lembrar que uma obra cuja altura é pelo menos dez vezes maior que sua largura deve ser mais suscetível aos efeitos do vento, sofrendo deslocamento ou torção. Isso pode resultar em desconforto dinâmico para os ocupantes, problemas de revestimento e, em casos extremos, até o colapso da estrutura.

Qual a demanda atual por ensaios em túnel de vento?

Com o avanço da construção civil, há uma tendência de construções cada vez mais altas nas grandes cidades. Ao mesmo tempo, com o aumento das mudanças climáticas, existe uma necessidade maior de se avaliar o impacto ambiental das construções. Isso tudo demanda mais ensaios em túnel de vento.

No Brasil, uma das principais instituições que realizam esse tipo de teste é o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). E os engenheiros ainda podem contar com os softwares e plataformas com funcionalidades que simulam ensaios em túnel de vento.

Novos empreendimentos, ultrapassando 100 ou até 200 metros, têm levado a um aumento na procura por esse tipo de serviço. Esse movimento deve se intensificar ainda mais nos próximos anos, à medida que mais cidades revisam seus planos diretores, permitindo construções mais altas.

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Modelagem e Simulação 3D na Engenharia

O que é a ferramenta Fusion 360 e para o que ela serve?


Fontes: AEC Web.

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O mundo enfrenta hoje uma grave crise climática; corremos contra o tempo para reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas. Por conta disso, a busca por fontes de energia renovável se intensificou. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, desenvolveram célula de perovskita, solar e ultrafina, capaz de transformar qualquer superfície em fonte de energia solar, eliminando a dependência dos painéis solares tradicionais.

Imagine um futuro onde as paredes dos edifícios, tetos de carros e até capas de celulares podem gerar eletricidade a partir da luz do sol. Pois esse cenário está mais próximo de se tornar realidade. Confira mais sobre essa história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

célula de perovskita
Imagem gerada em IA de Freepik

O que é célula de perovskita?

Célula de perovskita é um tipo de tecnologia fotovoltaica que se vale de um material chamado de perovskita – por isso o nome – para converter luz solar em eletricidade. Sua estrutura é cristalina, fina e flexível, apresentando propriedades eletrônicas excepcionais, o que garante sua eficiência.

A saber, células de perovskita pode ser utilizadas como revestimento em diversos tipos de superfícies. E, aliás, foi isso que chamou a atenção dos cientistas de Oxford, a capacidade do material de integrar energia solar a objetos comuns, eliminando a necessidade de uso de grandes painéis solares. Isso levaria à democratização do acesso à energia renovável!

Qual a proposta dos cientistas de Oxford?

A equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford conseguiu, durante experimentos, desenvolver uma célula de perovskita com apenas 1 mícron de espessura – o que é 150 vezes mais fino do que os tradicionais wafers de silício usados ​​em painéis solares. Ela seria composta de múltiplas camadas empilhadas de material absorvente de luz, permitindo uma captura mais ampla do espectro solar. Além disso, nesse caso, pode-se obter uma eficiência energética maior e novas possibilidades de aplicação do material em superfícies.

célula de perovskita
Imagem reproduzida de Oxford University e Martin Small Oxford via IGN Brasil

A saber, os cientistas ingleses conseguiram alcançar com sua amostra de célula de perovskita uma eficiência certificada de 27%, o que coloca a descoberta no mesmo nível dos melhores painéis solares convencionais feitos de silício – que geralmente apresentam eficiência de cerca de 22%. Essa conquista foi validada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão (AIST).

Quais as aplicações práticas da célula de perovskita?

Se a célula de perovskita podem ser aplicadas em qualquer superfície, podemos imaginar edifícios inteiros revestidos dela, melhorando suas fachadas, transformando-as em fonte de energia limpa. Grandes parques solares e painéis instalados em telhados residenciais acabariam obsoletos. Celulares e laptops, carros e motos elétricas, poderiam ser constantemente recarregados por meio de suas capas ou latarias revestidas com o material.

célula de perovskita
Imagem gerada em IA de Freepik
Cientistas criam célula de perovskita que transformam qualquer objeto em painel solar
Imagem gerada em IA de Freepik

A perspectiva é que, em breve, a eficiência dessas células possa ser elevada para 45% ou mais, representando um salto significativo para os padrões atuais da indústria de energia solar. Poderíamos vislumbrar um futuro em que indivíduos e empresas gerem a própria energia que consomem em suas atividades de forma simples e econômica.

O problema é a comercialização das células solares de perovskita. Neste momento, a durabilidade e o custo ainda são preocupações centrais para os fabricantes. A Oxford PV, empresa derivada da Universidade de Oxford, está trabalhando para superar esses obstáculos e já iniciou a produção em larga escala na Alemanha.

célula de perovskita
Imagem gerada em IA de Freepik

A energia solar já é um terço mais barata que a energia gerada a partir de combustíveis fósseis. Se tudo der certo, a descoberta dos cientistas do Reino Unido deve ajudar a reduzir ainda mais os custos dessa produção, acelerando a transição do mundo para uma matriz energética verdadeiramente sustentável.

Veja Também: Geração de energia solar com células de silício e perovskita


Fontes: IGN Brasil.

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Engenharia 360

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O Engenharia 360 tem uma pergunta para lhe fazer: você é fã de videogames? Olha que interessante, no próximo dia 2 de outubro de 2024, será inaugurado o Museu da Nintendo na cidade de Kyoto, no Japão. Esse é um importante marco cultural para os fãs da marca! O novo espaço será não apenas uma vitrine de produtos, mas um tributo à história da própria Nintendo, proporcionando uma viagem nostálgica e interativa por décadas de inovações e entretenimento – agora digital. Confira mais detalhes no texto a seguir!

Nintendo
Imagem reproduzida de Designboom
Nintendo
Imagem reproduzida de Rolling Stone

A história por trás do museu

A Nintendo, fundada em 1889 por Fusajiro Yamauchi, hoje sinônimo de consoles de videogame, é uma empresa com uma longa e fascinante história. O local escolhido para a implantação do seu museu, em Uji Ogura Plant, não é por acaso, até porque foi lá que foi construída a sua primeira fábrica de jogos, em 1969. No começo, seu foco de produção eram as cartas Hanafuda. Mas o auge foi mesmo com o lançamento dos lendários Mario e Zelda, e o Entertainment System (NES), consolidando a marca de vez.

Evolução dos produtos Nintendo

  • Hanafuda (1889): As cartas de jogo que deram início à trajetória da Nintendo.
  • Arcade (1970): O sucesso com jogos de arcade como “Donkey Kong”.
  • Consoles (1983): O NES revolucionou o mercado de videogames.
  • Game Boy (1989): O primeiro console portátil que se tornou um fenômeno global.
  • Nintendo Switch (2017): A fusão entre console portátil e de mesa que redefiniu a experiência de jogo.
Nintendo
Imagem reproduzida de Rolling Stone

O Museu da Nintendo em Kyoto

O Museu da Nintendo é mais do que uma celebração de seus sucessos comerciais; é uma homenagem à criatividade e à inovação contínuas que permitiram à empresa se reinventar ao longo das décadas.

Primeiro andar

A estrutura do edifício do museu apresenta uma arquitetura moderna e minimalista. Há muitos espaços de exposições interativas que convidam os visitantes a voltarem no tempo para conhecer toda a história da Nintendo. No primeiro andar, os fãs da marca podem participar de jogos icônicos com consoles vintage. Também dá para participar das atividades “Craft & Play”, com cartas Hanafuda. E, por fim, explorar tecnologias modernas, ainda mais imersivas.

Nintendo
Imagem reproduzida de Designboom
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Imagem reproduzida de Rolling Stone

Um dos destaques é a ala Shigureden, onde é oferecida a oportunidade de aprender poemas da antologia japonesa em jogo com dispositivos inteligentes; um telão instalado no chão exibe as cartas. Outra atração imperdível é Zapper & Scope, onde os visitantes entram no mundo de Mario para eliminar os inimigos Goombas e Koopa Troopas.

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Imagem reproduzida de Designboom
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Imagem reproduzida de Designboom
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Imagem reproduzida de Rolling Stone

Veja Também: Mini PCs: o que são, para que servem e como escolher o melhor?

Segundo andar

No segundo andar no Museu da Nintendo, os visitantes podem explorar toda a linha completa dos produtos de consoles lançados pela marca ao longo dos anos. A intenção é que, nesse espaço, as pessoas compartilhem suas próprias experiências e interações com as exposições. Tudo foi muito bem preparado para atrair a atenção e estimular a criatividade tanto de crianças quanto de adultos.

Nintendo
Imagem reproduzida de Nintendo
Nintendo
Imagem reproduzida de Nintendo

Como Shigeru Miyamoto, criador do Mario, mencionou em uma entrevista, esse museu é para “três gerações de famílias possam visitar” e que cada pessoa possa encontrar algo significativo.

Conectando-se com o passado

Para concluir este texto, gostaríamos de destacar que o Museu do Nintendo nos oferece a oportunidade de conhecer uma parte da história da evolução tecnológica e ainda nos conectar emocionalmente com memórias especiais de nossas vidas. Aliás, pelo que parece, é essa relação (jogos-tecnologia-interação-emoção ou nostalgia-interatividade-inovação) que torna o museu verdadeiramente único.

Para garantir que todos os fãs tenham uma experiência tranquila e organizada, o acesso às exposições será feito por meio de um sistema agendamento, no qual os visitantes poderão escolher a data e o horário de sua visita. Localizado a uma curta viagem de trem da estação de Kyoto, o museu é de fácil acesso e pode ser incluído em qualquer roteiro de viagem pela cidade.

Nintendo
Imagem reproduzida de Nintendo

Veja Também:


Fontes: Designboom, Nintendo.

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Muitos filmes de ficção científica fantasiaram sobre a possibilidade do ser humano viver embaixo d’água, em habitats subaquáticos, nas profundezas do oceano. Com o aumento das expedições científicas até áreas como do naufrágio do Titanic, essa história voltou à tona. Mas será que isso seria possível, seria seguro? Infelizmente, já sabemos como essa história pode terminar por conta do incidente com o submarino Titan, da OceanGate Expeditions, em julho de 2023.

No entanto, ignorando qualquer realidade ou fantasia, a empresa DEEP, com sede no Reino Unido, resolveu desenvolver um sistema chamado Sentinel para habitat subaquático que permitiria, em tese, que humanos vivam e trabalhem a 200 metros de profundidade (por até um mês). Então, teria coragem? Confira mais detalhes sobre essa história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Projeto Sentinel para habitats subaquáticos

Neste momento, a visão da DEEP foi traduzida em um modelo arquitetônico batizado de sistema Sentinel, de habitats subaquáticos. Os primeiros traços desse projeto foram gerados em 2023, quando a empresa anunciou sua missão de “tornar os humanos aquáticos”. Ela chegou a adquirir um centro de mergulho em uma pedreira inundada dentro do Reino Unido para servir de campus e centro de pesquisa.

habitats subaquáticos
Imagem simulação Deep reproduzida de CNN Brasil

Basicamente, o Sentinel seria uma estrutura de engenharia escalonável, com alta resistência, permitindo a vida em ambientes subaquáticos por períodos prolongados. Essa estrutura seria composta de uma série de módulos interconectados, montados no fundo do mar. Os mesmos poderiam abrigar entre seis a cinquenta pessoas cada, dependendo da sua configuração interna (a depender das necessidades da missão).

habitats subaquáticos
Imagem simulação Deep reproduzida de CNN Brasil
habitats subaquáticos
Imagem simulação Deep reproduzida de CNN Brasil

Explicando melhor, assim como temos hoje a ISS (Estação Espacial Internacional) fora da Terra, teríamos um abrigo temporário para cientistas e exploradores sob um oceano aqui mesmo no planeta e com potencial para operações permanentes. No fim das contas, o sistema Sentinel poderia ser utilizado para pesquisas científicas, explorações de naufrágios, monitoramento ambiental e até turismo subaquático.

A saber, atualmente, existe apenas um laboratório operacional de pesquisa submarina no mundo, o Aquarius, localizado no Santuário Marinho Nacional de Florida Keys.

Modelo Vanguard de habitat piloto

Antes de lançar o Sentinel, a DEEP já apresentou um modelo de habitat subaquático mais compacto, o Vanguard (com espaço para 3 pessoas apenas). O mesmo está sendo aprimorado para poder testar tecnologias e métodos que serão usados mais tarde justamente no projeto Sentinel. Em princípio, ele permitiria uma permanência curta de uma semana embaixo d’água. Seu teste está previsto para acontecer até 2025 no campo da empresa no Reino Unido.

habitats subaquáticos
Imagem simulação Deep reproduzida de CNN Brasil

A saber, esse modelo de habitat poderia ser adaptado para ser utilizado em situações emergenciais. Vamos dar um exemplo! Durante uma missão recente de resgate na Sicília, onde um iate afundou a 50 metros de profundidade, os mergulhadores só puderam ficar submersos por poucos minutos devido aos limites de segurança. Mas com um Vanguard próximo ao local, os profissionais teriam uma base segura para prolongar sua estadia.

habitats subaquáticos
Imagem simulação Deep reproduzida de CNN Brasil

Interesse público nas novas tecnologias

As pessoas, de um modo geral, tem um enorme interesse nesse tipo de projeto, de habitats subaquáticos e mais, sobretudo depois das missões do oceanógrafo Jacques Cousteau na década de 1960. Mas esse interesse é mais pela curiosidade; em verdade, poucos possuem a coragem e o desejo de investir em exploração oceânica – o que é uma pena, pois deveríamos aprender muito mais sobre os nossos oceanos, ecossistemas marinhos e seus recursos. Além disso, habitats subaquáticos também poderiam gerar novas oportunidades econômicas.

Esse plano de engenharia é bastante audacioso e complexo! É claro que a missão de construir habitats subaquáticos está só começando e deve enfrentar muitos desafios. A DEEP planeja usar impressão 3D com robôs para fabricar os módulos do Sentinel, utilizando materiais como Inconel, uma liga metálica resistente a condições extremas (mesmo de ônibus espaciais e foguetes da Space X).

Já para garantir a segurança dos ocupantes do Vanguard e Sentinel, a DEEP prevê que seu acesso seja feito por submarinos ou através de uma “piscina base de preparo”, com entrada controlada. Além disso, esses habitats serão alimentados por fontes renováveis, aumentando a autonomia dos módulos.

Se tudo der certo, o projeto Sentinel, de habitats subaquáticos, poderá se tornar um marco da história da exploração marinha, aumentando o vínculo, conscientização e respeito da humanidade com os oceanos, inspirando estudos e ações de preservação. Essa iniciativa deve abrir novas fronteiras para a ciência, inclusive gerando novas oportunidades de pesquisa e investimentos em tecnologia subaquática.

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A importância do transporte tubular de gás natural


Fontes: CNN Brasil.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O SOLIDWORKS é um dos softwares mais utilizados no mundo das engenharias, especialmente em design e modelagem 3D. Desde sua criação, ele se destacou por suas funcionalidades robustas e por sua capacidade de atender às necessidades de diversas áreas. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar as principais novidades que a versão 2025 traz para os usuários. Confira!

O que é o SOLIDWORKS?

SOLIDWORKS é um software de CAD (Computer-Aided Design) amplamente utilizado por engenheiros e designers para criar modelos 3D e simulações. Com uma interface intuitiva e poderosa, ele permite a criação de produtos complexos, facilitando desde o design inicial até a validação e simulação do desempenho do produto. Desenvolvido pela Dassault Systèmes, se tornou uma ferramenta essencial para Engenharia Mecânica, Elétrica e Civil, entre outros. Suas principais características incluem:

  • Modelagem 3D: Criação de peças e montagens em um ambiente tridimensional.
  • Simulação: Testes virtuais que ajudam a prever o desempenho do produto antes da fabricação.
  • Validação de Design: Ferramentas que garantem que o design atenda aos requisitos técnicos e funcionais.
SOLIDWORKS
Imagem de SOLIDWORKS

A saber, a interface intuitiva do SOLIDWORKS facilita a curva de aprendizado para novos usuários, tornando-o acessível tanto para iniciantes quanto para profissionais experientes.

A Relação do SOLIDWORKS com as Engenharias

Na Engenharia, o SOLIDWORKS desempenha um papel crucial na otimização de processos de design e desenvolvimento. Através de suas ferramentas de modelagem 3D, os engenheiros podem:

  • Visualizar projetos: Criação de modelos 3D detalhados que permitem visualizar o produto antes da fabricação.
  • Simular desempenho: Testar virtualmente o desempenho dos produtos sob diversas condições, economizando tempo e recursos.
  • Colaborar em tempo real: Facilitar a comunicação entre equipes através de funcionalidades de colaboração, permitindo que alterações sejam feitas em tempo real e acessadas por todos os membros.

O que há de novo no SOLIDWORKS 2025?

A versão de 2025 trouxe uma série de inovações que prometem aprimorar ainda mais a experiência do usuário e a eficiência no processo de design. Vamos explorar algumas das principais novidades apresentadas.

SOLIDWORKS
Imagem de SOLIDWORKS

1. Consultor de design

Uma das adições mais emocionantes é o ‘Design Advisor‘, que fornece feedback em tempo real sobre o design. Essa ferramenta ajuda os usuários a identificar problemas e sugestões para melhorar o desempenho e a viabilidade do produto.

2. Melhorias na simulação

As capacidades de simulação foram aprimoradas, permitindo análises mais rápidas e precisas. Isso inclui melhorias no modelagem de contato, facilitando a análise de interações complexas entre componentes.

3. Validação do design de montagem

A validação do design de montagem foi atualizada, oferecendo novas capacidades para detectar problemas potenciais durante o processo de design. Isso ajuda a evitar erros dispendiosos que poderiam ocorrer mais tarde na produção.

4. Experiência do usuário aprimorada

As melhorias na experiência do usuário incluem atualizações na modelagem, esboço e ferramentas de chapas metálicas. A nova ferramenta Visualize também promete oferecer janelas de pré-visualização mais fáceis de usar, aumentando a produtividade.

5. Command Predictor Tab

O novo Command Predictor Tab utiliza tecnologia de IA para prever quais ferramentas o usuário pode precisar, com base em suas seleções e fluxos de trabalho. Isso ajuda a acelerar o processo de design e aumenta a eficiência.

6. Melhorias em Fluxos de Trabalho de Montagem

O Speed Pack é uma nova funcionalidade que melhora o desempenho em fluxos de trabalho de montagem. Os usuários podem representar graficamente uma montagem ou submontagem, escolhendo quais componentes incluir como geometria CAD, resultando em um desempenho mais ágil.

7. SOLIDWORKS PDM

A gestão de dados de design continua a ser uma prioridade, e o SOLIDWORKS PDM (Product Data Management) recebeu melhorias, incluindo a capacidade de adicionar uma aba específica ao gerenciador de comandos. Isso facilita o acesso às funções mais utilizadas pelos usuários.

8. Colaboração e Comunicação

Com a ênfase em colaboração, o SOLIDWORKS 2025 introduziu recursos que melhoram a comunicação em equipe. Agora é possível compartilhar designs e receber notificações em tempo real sobre alterações, garantindo que todos estejam sempre atualizados.

9. Avanços em ECAD e PCB

Outra área que recebeu melhorias é a integração entre engenharia mecânica e design elétrico (ECAD). O SOLIDWORKS 2025 suporta agora um formato de arquivo mais avançado, permitindo que designers mecânicos integrem facilmente dados de PCB em seus modelos.

10. Interface e usabilidade

Por fim, o layout da interface foi otimizado para uma navegação mais intuitiva, e novas funcionalidades como a tabela de estados de exibição facilitam a gestão de componentes em grandes montagens, economizando tempo e aumentando a eficiência no trabalho.

Enfim, o SOLIDWORKS deve continuar sendo uma referência no campo da engenharia, oferecendo ferramentas poderosas que atendem às necessidades dos profissionais modernos. Com as inovações trazidas até 2025, ele não apenas melhorou a eficiência dos processos de design, mas também fortalece a versão entre equipes. À medida que as tecnologias evoluem, o software é adaptado para garantir que os engenheiros possam criar produtos cada vez mais inovadores com maior facilidade e precisão.

Veja Também: SOLIDWORKS: O que é, para que serve e como funciona?


Fontes: Dassault Systèmes.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A cada ano, surgem novas tecnologias que desafiam os limites da inovação. Um dos campos mais fascinantes nessa evolução é o da realidade aumentada. Em setembro de 2024, durante o Meta Connect 2024, a empresa Meta revelou o seu mais novo avanço, um óculos de RA equipado com Inteligência Artificial (IA) e que pode revolucionar a forma como interagimos com o mundo digital e físico. Neste artigo, do Engenharia 360, exploramos a história por trás do desenvolvimento do Orion, suas características e possíveis impactos no nosso cortidiano. Confira!

A história do Meta Orion

O projeto Orion começou em 2019, como parte de um projeto maior chamado Nazaré. Naquele ano, a Meta afirmava que desejava trabalhar para que, no futuro, não precisássemos mais escolher entre o mundo físico e o digital. O objetivo era criar um produto que pudesse fazer essa união de forma prática e funcional – além de viável para o consumidor, claro. Agora, cinco anos depois, ele já está próximo de ser lançado no mercado, mesmo que de modo restrito, apenas para um público selecionado, com objetivo coletar feedbacks antes dos ajustes finais.

Os óculos Orion continuam em fase de testes. Mas, na apresentação do Meta Connect, a empresa Meta já revelou alguns de seus mais incríveis detalhes. Bem, ficou claro que esses óculos se diferenciam de outros dispositivos de RA disponíveis no mercado, com inúmeras funcionalidades inovadoras, como veremos ainda neste texto.

Lentes holográficas, experiências 3D e multitarefas

Em termos de design, os óculos Orion parecem até que comuns, sendo leves, de estrutura confortável, mas com uma armação robusta. Eles realmente foram projetados para serem discretos, contudo muito funcionais. E o mais interessante é que seu sistema não realiza todo o processamento internamente; ao invés disso, num dispositivo externo, semelhante a um controle remoto, que cuida das “tarefas pesadas”, transmitindo imagens para as lentes sem a necessidade de fios.

realidade aumentada - Meta Orion
Imagem reproduzida de Meta via Olhar Digital
realidade aumentada - Meta Orion
Imagem reproduzida de Meta via TecMundo

Vale destacar que esses óculos possuem alta usabilidade; eles são adequados tanto para ambientes internos quanto externos. Chama atenção suas lentes holográficas, que permitem a visualização de objetos 3D em tempo real, além da criação de ambientes interativos. Seria possível assistir vídeos ou assistir chamadas de vídeo enquanto se visualiza pelo display holográfico outras janelas com informações relevantes, sem precisar de um computador ou smartphone adicional.

Integração de realidade aumentada com Inteligência Artificial

O maior diferencial do Orion está na sua integração com a Inteligência Artificial. Através da plataforma Meta AI, os usuários podem acessar uma assistente virtual que responde a perguntas em tempo real, fornecendo informações ao alcance dos olhos. Por exemplo, identificação de objetos no ambiente até a lista de ingredientes de uma receita. Tal integração torna a experiência mais intuitiva e personalizada. Por isso, esse dispositivo é considerado uma possível ferramenta de alta utilidade para o dia a dia!

E como se não bastasse tudo isso, a Meta apresentou no mesmo evento uma pulseira eletromiográfica (EMG) desenvolvida e equipada com sensores especiais para interagir com o Orion. A mesma é capaz de interpretar os impulsos elétricos do sistema nervoso e realizar movimentos precisos com as mãos. Assim, através de gestos discretos, os usuários podem controlar seus óculos de maneira fluida e precisa, com navegação ainda mais natural.

realidade aumentada - Meta Orion
Imagem reproduzida de Meta via TecMundo

Funcionalidades extras e aplicativos integrados

Como explicamos antes, a tela holográfica do Orion permite aos usuários projetarem conteúdos digitais no mundo físico. Nesse caso, as limitações das telas tradicionais são superadas; pode-se interagir com modelos 2D e 3D em qualquer lugar; compartilhar cenas de jogos de realidade aumentada com amigos ou familiares à distância. Além disso, com os óculos, é possível acessar chats no WhatsApp e Messenger ou acessar serviços de outras plataformas populares, como Spotify. Imagina poder ouvir música sem precisar tirar o celular do bolso, não seria legar?

O impacto dos novos produtos Meta na interação social

Estamos diante de um marco na história da tecnologia de realidade aumentada; é possível que os óculos Orion mudem radicalmente o modo como interagimos socialmente! Porém, embora as últimas notícias da Meta sejam empolgantes, ainda existem obstáculos a serem superados empresa antes desses novos dispositivos cheguem ao mercado. Primeiro a compactação dos componentes capazes de tornar os produtos mais leves e confortáveis.

realidade aumentada - Meta Orion
Imagem reproduzida de Meta via Olhar Digital

O desenvolvimento de experiências de realidade aumentada é um grande atrativo para os consumidores, sem dúvidas. Mas a preocupação com a privacidade não pode ser ignorada, com as pessoas tendo suas informações capturadas e até vazadas por esses dispositivos. Um dia, no futuro, Meta Orion e outros inventos farão parte das nossas vidas de forma natural – é questão de tempo para que eles sejam acessíveis a todos. Mas até lá, é preciso que os governos regulem essas tecnologias para proteger seus usuários.

Veja Também: Meta lança seus novos óculos de realidade virtual ‘mais baratos’, Meta Quest 3S


Fontes: Meta.

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Engenharia 360

Redação 360

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As usinas hidroelétricas são fundamentais para a matriz energética brasileira. Aliás, nosso país é um dos maiores produtores de energia hidrelétrica do mundo, sabia disso? Mas como exatamente essas usinas funcionam? E por que elas são tão impactadas pelas mudanças climáticas? Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar em detalhes o processo de geração de energia por meio das usinas hidrelétricas, desde a coleta de água até a distribuição de eletricidade. Confira!

Usinas Hidrelétricas
Imagem de Dan Meyers em Unsplash

O que são usinas hidrelétricas?

As usinas hidrelétricas são um modelo de engenharia projetado especialmente para a conversão, de forma sustentável e em larga escala, da energia das águas (como o potencial hidráulico de um rio) em eletricidade. Sua construção envolve trabalho de engenheiros civis, eletricistas e hidráulicos, além de investimentos significativos para garantir seu funcionamento eficiente e seguro.

A saber, no Brasil, quase 90% da energia gerada vem dessa fonte, de usinas hidrelétricas, considerada renovável. Desse total, 20% vem da Usina Itaipu. E a maior usina hidrelétrica do mundo é a Usina Três Gargantas na China.

Veja Também:

Descubra aqui as 11 maios usinas hidrelétricas do mundo

Conheça 12 diferentes tipos de usinas energéticas

Partes de uma usina hidrelétrica

  • Barragem: É responsável por criar o reservatório de água ao representar o rio. Além de armazenar a água, a barragem cria o desnível necessário para gerar energia.
  • Sistema de captação e adução de água: Canais e túneis conduzem a água até as turbinas, garantindo o fluxo necessário para o processo de geração.
  • Casa de força: Onde estão instaladas as turbinas e os geradores. As turbinas convertem a energia da água em movimento mecânico, enquanto os geradores transformam esse movimento em eletricidade.
  • Canal de fuga: Após passar pelas turbinas, a água é devolvida ao leito do rio, através de um canal, mantendo o ciclo hidrológico natural.
  • Vertedouro: Uma estrutura projetada para liberar o excesso de água do reservatório, evitando transbordamentos em épocas de chuvas intensas.

Como funciona o processo de geração de energia?

Como citado antes, o princípio básico das usinas hidrelétricas é a conversão de energia potencial em energia elétrica. Primeiro, a água precisa ser represada em grandes reservatórios criados por barragens; esse represamento cria uma diferença de altura, essencial para a geração de energia. Então, a quantidade de água armazenada e a altura do desnível determinam o produto dessa usina.

Na fase seguinte, a água é liberada em alta pressão por enormes dutos. Durante essa descida, a energia gravitacional é convertida em energia cinética, fazendo girar grandes turbinas instaladas dentro de uma estrutura chamada ‘casa de força’, convertendo energia hidráulica em mecânica. Assim, pelos geradores, obtém-se energia elétrica.

Usinas Hidrelétricas
Imagem reproduzida de Toda Matéria
Usinas Hidrelétricas
Imagem de Wikipédia reproduzida de Brasil Escola – UOL

O ciclo é concluído quando a eletricidade obtida é transmitida por linhas de alta tensão (adequada pelos transformadores antes de ser transmitida adiante). E, enfim, ela é transferida para as redes de distribuição, ruma a residências, indústrias e estabelecimentos comerciais. Durante essa fase, é comum que parte da energia seja dissipada sob forma de calor, o que reduz a eficiência total, embora as hidrelétricas ainda sejam uma das fontes mais econômicas em termos de produção. Observe as ilustrações a seguir!

Usinas Hidrelétricas
Imagem reproduzida de Tech Volts

Observação: A geração de energia em usinas hidrelétricas está diretamente ligada à disponibilidade de água. Em períodos de seca prolongados, a produção de energia pode ser comprometida.

Quais as vantagens das usinas hidrelétricas?

Além do baixo custo operacional após a construção inicial, as usinas hidrelétricas oferecem outras vantagens, incluindo:

  • Energia renovável: A fonte principal de geração, a água, é renovável, tornando as hidrelétricas uma opção sustentável.
  • Menor emissão de poluentes: As hidrelétricas emitem significativamente menos gases de efeito estufa do que usinas térmicas.

Vale destacar neste ponto do texto que as hidrelétricas também apresentam desvantagens. Por exemplo, sua construção pode causar alagamentos e afetar ecossistemas locais, flora, fauna e, em alguns casos, comunidades humanas (ribeirinhas), que precisam ser deslocadas. A criação de grandes reservatórios também pode provocar alterações climáticas na região (aumento de temperatura). E com a eliminação de matéria orgânica, pode-se liberar muito metano e dióxido de carbono.

Quais são os tipos de usinas hidrelétricas que existem?

Existem dois tipos principais de usinas hidrelétricas. As usinas chamadas fio d’água, que aproveitam a força da correnteza dos rios sem a necessidade de grandes reservatórios. Já as usinas reservatórias de acumulação, que utilizam grandes reservatórios para garantir uma maior estabilidade na produção de energia, mesmo em períodos de estiagem – no entanto, essas causam maiores impactos ambientais.

Exemplos de usinas hidrelétricas no Brasil

  • Usina de Itaipu, no Rio Paraná, entre Brasil e Paraguai – responsável por 20% da energia elétrica consumida no Brasil.
  • Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, Pará
  • Usina de Tucuruí, no Rio Tocantins, Pará
  • Usina de Jirau e Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia

Com o avanço tecnológico na área de energia e demanda por energia limpa e renovável, a engenharia deve investir em novos projetos e tecnologias para melhorar a eficiência das usinas hidrelétricas já existentes.

Usinas Hidrelétricas
Imagem de vetor maníaco em Freepik

O avanço tecnológico na área de energias renováveis ​​promete melhorar ainda mais a eficiência dessas usinas, garantindo que continuem a ser uma das principais fontes de eletricidade do país. Óbvio que o maior desafio continuará sendo a preservação ambiental. Por hora, a melhor solução para minimizar os impactos e garantir fornecimento – principalmente em períodos de baixa vazão dos rios – é a utilização de fontes complementares, como energia eólica e solar.


Fontes: Toda Matéria, UOL, Ecycle.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A agricultura enfrenta vários desafios complexos. Já reparou nas pequenas plantações, que os donos colocam aqueles espantalhos? Isso é para espantar as aves! Elas provocam um rastro de destruição nas lavouras (especialmente de soja, milho, girassol, uvas e morangos), levando a perdas significativas. Os animais não apenas se alimentam dessas culturas, mas espalham doenças através de suas fezes. Então, que tal trocar esses espantalhos por laser?

Um produtor da Coreia do Sul resolveu apelar para uma solução tecnológica mais moderna – eficaz, sustentável e silenciosa – para resolver o problema de vez. Ele agora utiliza lasers independentes para controlar as aves. Saiba mais sobre essa história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

laser autônomo para reduzir perdas na lavoura de soja
Imagem reproduzida de BIOWEB Brasil

A inovação do laser autônomo

Os agricultores têm recorrido atualmente a diversos métodos para afastar as aves, como redes e até fogos de artifício. No entanto, essas soluções apresentam desvantagens. Elas custam alto, emitem barulho, podem afetar o meio ambiente e dependem de mão-de-obra intensiva. Há urgência por uma alternativa mais sustentável e até silenciosa. Assim surgiu a proposta do AVIX Autonomic!

laser autônomo para reduzir perdas na lavoura de soja
Imagem reproduzida de BIOWEB Brasil

Essa nova tecnologia foi lançada primeiro pela empresa holandesa Bird Control Group. Trata-se de um sistema que utiliza lasers para dissuadir aves sem causar danos a elas. Então, não, ela não é letal (inclusive para humanos) e respeita o bem-estar do animal. Simplesmente, os pássaros percebem o feixe de luz como ameaça e se afastam imediatamente da área afetada. É que, ao contrário de outros métodos, os animais não se habituam à presença do laser.

AVIX Autonomic
Imagem reproduzida de BIOWEB Brasil

Outra vantagem do AVIX Autonomic é que ele pode ser facilmente programado e monitorado através de aplicativos móveis, tornando sua operação acessível e conveniente. O sistema pode funcionar por 24 horas por dia, 7 dias por semana, emitindo feixes de luz que podem ser monitorados e controlados via aplicativos móveis. Segundo especialistas, a eficácia é comprovada: redução na presença de pássaros em até 95%.

O caso de sucesso na Coreia do Sul

Na Coreia do Sul, o agricultor Nam Gung-hoon, representante da cooperativa Sari Farming Cooperative em Yaesan Chungnam, enfrentava sérios desafios na lavoura de soja em que trabalhava por conta dos pássaros – mais de 100 deles invadiam os campos diariamente entre os meses de junho e julho. As mudas mais jovens eram as mais vulneráveis. Diante dessa situação, ele resolveu implantar no local o sistema AVIX Autonomic. Ele instalou dois lasers na propriedade, e o resultado surpreendeu!

Após a instalação, o número de pássaros que atacavam a lavoura caiu drasticamente, algo em torno de 95%. Consequentemente, as perdas na plantação caíram também. E a comunidade local aprovou, pois a utilização do laser é uma solução silenciosa, que não causa incômodos à população, diferente dos métodos anteriores que eram utilizados. Por fim, depois de alguns anos, Nam continuou a expressar satisfação com a evolução no controle de pragas e espera disseminar essa tecnologia entre colegas agricultores.

laser autônomo para reduzir perdas na lavoura de soja
Imagem divulgação Wisconsin Public Radio via Wisconsin Public Radio

A evolução do método de controle

O setor agrícola parece estar se adaptando bem rapidamente às novas tecnologias. Além desse exemplo, com o uso de laser para controle de pragas, vale lembrar dos drones que fazem monitoramento das plantações. E com o avanço da ciência, novas ferramentas poderosas devem surgir, combinando eficiência e respeito ao meio ambiente.

laser autônomo para reduzir perdas na lavoura de soja
Imagem divulgação Bird Control Group

O AVIX Autonomic é uma solução bastante eficiente, que oferece muitos benefícios para os agricultores; ela marca uma nova era na forma como lidamos com problemas ambientais e produtividade. Mesmo assim, tem levantado questões importantes sobre sustentabilidade e ética no manejo agrícola.

A empresa Bird Control Group já está desenvolvendo o modelo AVIX Autonomic Mark II, projetado para operar de forma contínua, sem depender de interferência humana. O mesmo deve utiliza algoritmos avançados e sensores mais precisos para acompanhar com o feixe de luz o alvo em movimento. Tal sistema também é personalizável, permitindo ajustes de intensidade, alcance de áreas de atuação, de acordo com as necessidades específicas de cada fazenda.

Veja Também:


Fontes: Compre Rural.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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