Sabe o que é 'orçamento'? É um documento com função de prever e determinar os gastos de uma determinada tarefa a ser desenvolvida - desde a sua concepção até a finalização. Com isso em mãos, se obtém o preço-base, o valor final do custo e até mesmo o lucro, revelando se há mesmo viabilidade da realização de todo o plano. Afinal, sem dinheiro é igual a atrasos e inconclusão!

Responda agora: você está prestes a construir uma casa ou reformar um imóvel que já possui? Por certo, uma das primeiras perguntas que lhe veio à cabeça deve ter sido "Quanto será que isso vai me custar?". E mesmo tendo domínio das suas finanças, como ter certeza de que conseguirá "bancar as coisas" até o fim - incluindo compra de materiais, contratação de mão-de-obra e até aluguel de equipamentos? Bom, é para isso que serve o orçamento de obra.
Profissionais do ramo, como arquitetos, engenheiros, técnicos de edificações e empreiteiros, sabem fazer orçamento de obra. E mesmo se isso fosse algo fácil - o que não é -, ou seja, que você consiga fazer sozinho, queremos te ajudar dando uma breve noção geral de como fazer esse tipo de orçamento, até para manter atenção ao serviço que está contratando. Certo? Então, vamos lá!
Antes, vamos expor para você mais justificativas do porquê fazer orçamento de obra:
- entender o projeto;
- identificar riscos;
- prever despesas extras;
- alinhar etapas;
- controlar cronograma;
- e ter uma base melhor para acompanhar a execução de tudo.

As etapas para a realização de um orçamento de obra
1. Desenvolver o projeto executivo e memorial descritivo
Isso quer dizer, ter o projeto final da sua obra, com um documento complementar que te indique quantos e quais os materiais que devem ser utilizados para a sua execução. Essas informações são essenciais para a realização de todos os cálculos orçamentários.
2. Fazer uma lista dos custos relacionados ao que aponta o memorial
Esses custos terão como base a estimativa de área coberta do projeto, em metro quadrado. E também entram nessa primeira lista de custos os valores de quantitativo de estruturas, materiais de composição, revestimentos, peças de louças, metais e outras instalações.

3. Somar os custos indiretos
É claro que a execução da sua obra de casa vai acabar gerando outros custos que precisam ser acrescidos a esse orçamento. Por exemplo, uso de água, energia elétrica, comunicação por telefone, transporte, mão-de-obra terceirizada, compra ou aluguel de equipamentos, seguros, entre outros.
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Curva ABC
A curva ABC é uma ferramenta que indica quais insumos, materiais e mão-de-obra representam maior impacto no valor final. Por meio dessas informações, é possível verificar o que precisa ser mais bem negociado e o que demanda maior atenção.

4. Somar os impostos e taxas mais o lucro
Depois de somar os valores previstos nas etapas anteriores, já se consegue ter o valor de custo total da obra. Depois disso, é preciso considerar e colocar nessa conta os possíveis valores de taxas a serem pagas - como de emissão de ART e licenciamento -, encargos sociais, entre outras burocracias. Ou seja, são somados os custos e preços, e ainda pode faltar o lucro, que é algo relevante se a ideia da construção ou reforma é 'investir para valorizar o imóvel' e, assim, ter logo o retorno esperado. Isso é estimado com ajuda de porcentagens, levando em consideração o atual Custo Unitário Básico (CUB). Por último, se chega ao somatório final do orçamento de obra!
5. Determinar o preço de venda
Custos + Lucros = Preço de Venda
Na hora de determinar o preço de venda, os especialistas - corretores de imóveis -, avaliam o tipo de projeto que foi desenvolvido e o quanto o mercado tem oferecido para modelos semelhantes. Saber isso antecipadamente pode fazer você, como investidor, entender se, de acordo com o momento econômico que o país vive, vale a pena "tocar" o projeto adiante. Portanto, considere fazer essa investigação já juntamente com o desenvolvimento do orçamento de obra. Combinado?
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Custo direto x (1+BDI/100)

6. E fazer o fechamento do orçamento
É a vez de verificar todos os dados colocados na planilha - por exemplo, preços unitários, valores finais e sua margem de lucro -, fazer conferências, atualizar valores alinhados com as novas estratégias, e mais. E para que outros, além de você, entendam os cálculos, vale "brincar" com cores, fora divisões de linhas e colunas das tabelas - separando os dados, por exemplo, por pavimentos.
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Fontes: Obra Prima Web, Viva Decora, Poli Junior.
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Simone Tagliani
Graduada em Arquitetura & Urbanismo e Letras; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital e Gestão de Projetos; estudante de Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.