Uma equipe incluindo engenheiros e engenheiras da Universidade Nacional de Singapura (NUS) desenvolveu um sistema altamente sensível que usa um smartphone para detectar rapidamente a presença de algas produtoras de toxinas na água. O dispositivo consegue fornecer resultados em torno de 15 minutos.

dispositivo de detecção de algas é desenvolvido por engenheiros em universidade de singapura
Imagem: news.nus.edu.sg

Esta invenção pode gerar resultados de testes diretamente no local, o que evita que as amostras sejam levadas ao laboratório, fornecendo dados prontamente, sem requerer um profissional para contar algas em microscópio. Esses resultados podem ser relatados em tempo real usando os recursos de comunicação sem fio do smartphone.

Como funciona o dispositivo de detecção de algas:

A nova invenção da NUS compreende três partes – um chip microfluídico um smartphone e uma plataforma impressa em 3D personalizável que abriga componentes ópticos e elétricos, como uma fonte de energia portátil e uma luz LED.

O chip é primeiro revestido com um tipo de material fotocondutor à base de polímero. No caso, a camada fotocondutora desempenha o papel importante de guiar as gotas de água para se moverem ao longo do chip durante o processo de análise, por modificação na tensão superficial.

O chip é primeiro revestido com um tipo de material fotocondutor à base de polímero, o queridinho da Engenharia de Materiais. No caso, a camada fotocondutora desempenha o papel importante guiar as gotas de água para se moverem ao longo do chip durante o processo de análise, por modificação na tensão superficial.

Em seguida, uma fonte de luz LED e um filtro verde incorporado na plataforma impressa em 3D, perto da câmera do smartphone, criam as condições adequadas para a câmera capturar imagens fluorescentes das células de algas tingidas. As imagens podem ser enviadas para um aplicativo no smartphone para quantificar as algas presentes na amostra. As imagens também podem ser enviadas sem fio para outro local via smartphone. Todo o processo de análise pode ser concluído em 15 minutos. O esquema, em inglês, você encontra na imagem abaixo:

equipamento de detecção de algas
Imagem: news.nsu.edu.sg

As vantagens do dispositivo portátil:

Despertando a atenção da Engenharia Ambiental, esse tipo de avanço tecnológico pode desempenhar um grande papel na prevenção da propagação de microrganismos nocivos em ambientes aquáticos, que podem ameaçar a saúde pública global e causar problemas ambientais.

No caso das algas, já grande vínculo com eutrofização, que é aquele “boom” de produtores primários que desencadeia anaerobiose em ambientes lênticos, bem como a liberação de toxinas, dependendo da espécie presente. Tudo isso precisa ser monitorado em termos de uma série de parâmetros, dentre os quais a presença de algas indesejadas. Fazer esta detecção em tempo real e no próprio local de interesse é uma grande vantagem.


Fonte: Harmful algae.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Kepler, startup canadense de pequenos satélites conseguiu uma proeza: pela primeira vez, o Ártico recebeu conexão de internet banda larga de alta qualidade. A conexão via satélite alcançou uma velocidade de 100 MB no navio que serve como laboratório móvel para os pesquisadores da expedição MOSAiC. Atualmente, a tecnologia está sendo utilizada para transferir grandes quantidades de dados entre as equipes de pesquisa do navio e de expedição no solo do Ártico.

kepler
Imagem: mosaic-expedition.org

Comunicação à deriva e em acampamento no Ártico:

O Observatório Multidisciplinar de Deriva para o Estudo do Clima no Ártico (tradução livre para o MOSAiC) será a maior expedição durante o ano todo no Ártico central, explorando o sistema climático do Ártico. Um dos desafios mais cruciais para a equipe é descobrir como proteger as comunicações remotas de alta largura de banda do Ártico. Essa é a prova de que cientistas têm de lidar com uma série de desafios paralelos à pesquisa principal e, ao saberem dessa demanda, o pessoal da Kepler percebeu que poderia ajudar o pessoal do Ártico a compartilhar prontamente seus dados do Polo Norte com institutos de pesquisa em todo o mundo.

O cenário abordado pela Kepler é bem inovador, já que a conexão e o download/upload de dados em locais muito remotos como o Ártico sempre representou um desafio para telecomunicação, ainda mais considerando a falta de infraestrutura instalada nessas regiões. É promessa de grandes empreendimentos, como o Starlink, do nosso querido Musk, fornecer internet de qualidade via satélite para esses locais muito ermos, então devemos realmente aplaudir iniciativas como essa. Vejam só, a Kepler é uma startup que busca integrar nossas soluções de conectividade via satélite em suas operações globais, e para isso produz desde pequenos sensores até grandes embarcações oceanográficas.

kepler
Imagem: keplercommunications.com

A qualidade fornecida pela Kepler:

Além de prover o acesso, a qualidade do serviço da Kepler também deve ser valorizada: os equipamentos da empresa mostraram que a velocidade de download no navio é de 38 MB para download e 120 MB para upload. Isso é bom? Olha, tratam-se das mesmas especificações que a Google divulgou como sendo a qualidade mais alta para seu serviço futuro de games.


Fonte: Techcrunch. Kepler communications.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Um dispositivo experimental desenvolvido por pesquisadores da universidade UCLA, na Califórnia, permitiu a recuperação da percepção visual e garantiu mais independência a Jason Esterhuizen. O paciente, que antes não tinha nenhum tipo de visão devido a um acidente de carro, após o implante cerebral chamado Orion, obteve percepção do ambiente.

O dispositivo Orion é voltado para pessoas que outrora podiam ver, mas perderam a visão devido a ferimentos ou doenças. Embora não forneça visão normal, Orion aprimora a independência e segurança dos usuários, restaurando sua capacidade de detectar movimento e distinguir a luz e a escuridão. Readquirir esse tipo de percepção pode ser revolucionário para alguém que estava completamente imerso no escuro.

Como funciona o implante cerebral Orion:

Designado pela Food and Drug Administration dos EUA como um “Dispositivo Avançado”, o sistema Orion converte as imagens capturadas por uma pequena câmera de vídeo montada em óculos de sol em uma série de pulsos elétricos. Os pulsos estimulam um conjunto de 60 eletrodos implantados no topo do córtex visual do cérebro, que percebe padrões de luz e os interpreta como “pistas” visuais.

Orion: implante cerebral pode fornecer percepção visual
Imagem: Second Sight.

Juntamente com os óculos, o sistema também inclui um cinto equipado com um botão, que os pacientes podem pressionar para amplificar objetos escuros ao sol e pressionar novamente para visualizar objetos claros no escuro, como os faróis de um carro à noite, por exemplo.

Até o presente, seis pessoas receberam o implante Orion: as três primeiras na UCLA Health, duas na Baylor College of Medicine e a sexta na UCLA. Sem tratar da questão científica, os pacientes que receberam o implante expressaram principalmente o prazer ao poder desfrutar novamente de fogos de artifício e soprar velas em um bolo de aniversário, coisas aparentemente singelas que foram representativas para os receptores do Orion.

orion
Imagem: Second Sight.

Atualmente, o implante estimula o lado esquerdo do cérebro do paciente que porta o Orion. Como resultado, eles percebem pistas / indicações visuais apenas do seu campo de visão do lado direito. Futuramente, o objetivo é implantar os dois lados do cérebro com o dispositivo, permitindo que os receptores possam recuperar um campo de visão completo. Enquanto isso, a gente admira o papel da engenharia na medicina e o valor das universidades na pesquisa.


Fonte: OneZero. UCLA.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.


Os Master Black Belts são os especialistas responsáveis ​​pela implantação estratégica da metodologia Lean Seis Sigma dentro de uma organização. São eles os profissionais que promovem e dão suporte a atividades de melhoria contínua em todas as áreas de um negócio, dos fornecedores ao cliente final da empresa.

Suas principais atividades incluem:

  • Orientar e dar suporte às equipes de Black Belts e Green Belts para usar as ferramentas de melhoria adequadas a um problema específico.
  • Ajudar a equipe a desenvolver e implantar métricas e painéis organizacionais.
  • Desenvolver, manter e revisar o currículo Seis Sigma, ministrar treinamento em sala de aula e servir como ligação com escolas externas que ofereçam treinamentos Seis Sigma.
  • Trabalhar em rede com outros Master Black Belts.

Para entender como esse tipo de capacitação pode acelerar sua carreira e te proporcionar maiores salários, continue lendo este artigo.

Afinal, o que é Lean Seis Sigma?

O Lean Seis Sigma é uma metodologia reconhecida mundialmente e amplamente utilizada por grandes empresas do mercado como GE, Toyota, Nike, Intel e muitas outras  para otimizar e reduzir a variabilidade de processos, eliminar desperdícios, além de melhorar a qualidade do produto ou serviço de uma empresa, garantindo assim uma satisfação maior aos clientes.

Master Black Belt

Quais são os tipos de certificações disponíveis no mercado?

Por se tratar de  uma metodologia ampla e completa, existem diferentes níveis de aprofundamento e conhecimento, sendo eles as certificações de: White Belt, Yellow Belt, Green Belt, Black Belt e Master Black Belt.

Apesar de existir níveis hierárquicos dentro do programa, você não precisa fazer todos os cursos para chegar ao topo da carreira. Isso porque os treinamentos mais avançados já incluem o conteúdo dos níveis anteriores, com exceção do curso de Master Black Belt.

Entenda melhor o foco de cada tipo de certificação:

White Belt: Para entender o básico! O curso é indicado para profissionais que querem dar os primeiros passos na metodologia. Ao se tornar um White Belt, você aprenderá os princípios básicos do Lean Seis Sigma e como aplicar o método DMAIC em um projeto de melhoria contínua.

Yellow Belt: Tudo tem um começo! Esses profissionais são treinados no básico da metodologia e, apesar de não se dedicarem exclusivamente ao programa, seus conhecimentos dos princípios Seis Sigma são suficientes para serem aplicados no chão de fábrica com resultados excelentes! Os Yellow Belts são a base que sustentam o programa Seis Sigma em qualquer organização!

Green Belt: Os Green Belts são a ponte entre a teoria e prática! Esses profissionais possuem conhecimento profundo dos princípios da metodologia e têm a habilidade de implementá-los em projetos de sucesso utilizando, para isso, ferramentas estatísticas avançadas. Se bem treinados, Green Belts nunca mais verão seu trabalho da mesma maneira!

Black Belt: Os Black Belts são os agentes de mudança! Esses profissionais dominam a metodologia e as ferramentas estatísticas mais avançadas! Sua dedicação é exclusiva para a manutenção do programa Seis Sigma com uma habilidade que lhes é única: a gestão multifuncional, a capacidade de entender os processos da organização e como eles interagem entre si a fim de realizar projetos de sucesso!

Master Black Belt: O último degrau da escalada do Seis Sigma! O Master Black Belt trabalha em conjunto com a alta administração na implantação e na manutenção do programa Seis Sigma dentro da organização. Sua atuação é como um elo, ligando a gerência sênior ao demais setores. Ser um Master Black Belt significa ter total domínio da metodologia e de suas ferramentas, além de ser capaz de gerir os recursos mais importante do programa Seis Sigma: as pessoas!

Quanto tempo leva para me tornar um Master Black Belt?

A carga horária do curso de Master Black Belt pode variar bastante dependendo da escola e modalidade do treinamento escolhido. O profissional pode levar de 2 a 3 meses para concluir uma capacitação presencial ou dias de estudo intenso caso opte pelo ensino EAD.

Na Voitto, por exemplo, o curso online de Master Black Belt possui 40 horas de duração. No entanto, antes de buscar este tipo de capacitação é necessário que profissional já possua todos os conhecimentos adquiridos no curso de Black Belt, que possui em média uma carga horária de 160 horas.

Além disso, ao longo desse processo o profissional é desafiado a desenvolver projetos de melhoria contínua para aplicar o método DMAIC na prática utilizando algumas ferramentas aprendidas durante os treinamentos. Antes de receber o título de Master Black em Lean Seis Sigma você deverá desenvolver ao menos 2 projetos na área.

A carreira de um Master Black Belt exige muita dedicação e empenho. Para ter uma carreira de sucesso como especialista Seis Sigma é importante saber lidar com pessoas, ter foco em resultado e estar aberto para enfrentar novos desafios.

Qual o impacto para um engenheiro ter esse tipo de certificação no currículo?

Já parou para pensar que de uma forma ou de outra todo engenheiro acaba lidando com gestão? Independente da especialidade, em algum momento da carreira, o engenheiro vai acabar gerenciando projetos, processos ou pessoas. É por isso que o mercado reconhece e está sempre à procura de profissionais capacitados na metodologia Lean Seis Sigma.

Como o foco do Lean Seis Sigma é aumentar a performance e lucratividade de empresas por meio da melhoria dos seus processos, possuir uma certificação Lean Seis Sigma no currículo significa ser um profissional capaz de gerar resultados significativos para a empresa. E vamos combinar, que empresa não precisa desse tipo de profissional no time?

Possuir uma qualificação em Seis Sigma pode representar uma promoção e um diferencial no seu currículo. Estudos recentes mostram que a candidatos com certificação Black Belt possuem uma média salarial de 15 a 20% maior do que profissionais não certificados.

Isso é facilmente explicado pela escassez desse tipo de conhecimento entre candidatos a vagas de emprego e pelo retorno que esse profissional é capaz de trazer para a empresa. É que com a falta de vagas de emprego as empresas se tornam mais rigorosas na seleção de profissionais.

O certificado Seis Sigma tem sido um pré-requisito para muitos cargos nas principais organizações do Brasil e a busca de profissionais para a certificação de projetos tem se tornado ainda maior em tempos de crise. A razão é simples: neste momento as empresas buscam profissionais capazes de reduzir custos, aumentar a produtividade e melhorar resultados.

Possuir uma certificação Seis Sigma no currículo representa estar apto a realizar projetos onde se espera resultados financeiros imediatos e sustentáveis. Ela demonstra que o profissional está qualificado para lidar com situações complexas e pronto para resolvê-las, contribuindo para a melhoria do desempenho de sua organização.

Saiba como se tornar um Master Black Belt!

Não é novidade para ninguém que o mercado de engenharia está cada vez mais competitivo. Porém, enquanto uns reclamam de crise, outros vêem esse momento como uma grande oportunidade de crescimento.

Quanto mais difíceis os tempos, mais valorizado será um engenheiro capaz de diminuir a variabilidade de processos, reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e alavancar resultados.

Os desafios do Master Black Belt são grandes, mas são bem recompensados ao longo de sua trajetória profissional. Se você se dedicar, com certeza será um excelente profissional e terá uma brilhante carreira. Agora, só depende de você…


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nos últimos dias, fomos bombardeados com diversas notícias relacionadas à taxação da energia solar pela ANEEL. Para esclarecer alguns pontos e responder a muitas dúvidas, nós explicamos o que está acontecendo neste texto.

A Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) afirma que há incentivos para quem investe em um sistema de energia solar, como a compensação de energia elétrica e a isenção de tarifas pelo uso da rede elétrica. Essa foi uma das formas de incentivar que tanto a população como o produtor rural instalassem sistemas de energia solar.

Porém, uma proposta de mudança nessa mesma resolução é justamente o foco de polêmicas atual, visto que a ANEEL quer “retirar” alguns desses benefícios. Na verdade, a agência pretende reduzir gradativamente esses subsídios.

A intenção da ANEEL é que possa haver um equilíbrio para que os consumidores que possuem geração distribuída possam pagar os custos relacionados ao uso da rede de distribuição (sem impactar os que não possuem esse sistema). A justificativa é de que, atualmente, a implantação de sistemas de energia solar possui um custo mais viável que quando a Resolução Normativa foi implementada.

taxar energia solar ANEEL
Imagem: engineeringnews.co.za

A ideia é de que quem já se beneficia desses subsídios vai permanecer com as mesmas regras até 2030. Após a publicação da norma (que talvez aconteça em 2020), as novas regras já começam a valer.

Para os consumidores que as regras são válidas em 2030, eles devem começar a compensar a componente de energia da Tarifa de Energia (que é, segundo o Ministério de Minas e Energia, a composição de valores calculados que representam cada parcela dos investimentos e operações técnicas realizadas pelos agentes da cadeia de produção e da estrutura necessária para que a energia possa ser utilizada pelo consumidor) e os custos de rede e os encargos sociais.

Na Câmara dos Deputados, a proposta foi muito criticada. Um dos argumentos é de que o setor ainda é muito pequeno para que os subsídios sejam eliminados por agora. Atualmente, são 127 mil sistemas de microgeração distribuída de energia solar fotovoltaica. Isso representa 0,2% de um total de 84,1 milhões de consumidores de energia. Ainda, muitos colocam na balança o fato de que quem possuem energia solar está consumindo uma energia limpa e merecem os subsídios.

Os representantes do agronegócio também estão contra a proposta. Eles acreditam que isso acarretará um desestímulo ao investimento em energias renováveis em propriedades rurais.

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) afirma que é muito cedo para fazer mudanças, visto que a energia solar fotovoltaica ainda tem muito espaço para crescer no Brasil. Para ampliar o debate sobre o assunto, a ABSOLAR levantou a campanha “Brasil, deixe a solar crescer”. O Portal Solar, maior marketplace de energia solar do país, é um dos que apoia a campanha.

taxar energia solar ANEEL
Imagem: iguanambi.com.br

Por outro lado, um dos argumentos da ANEEL é de essa revisão já é prevista desde 2015 e que é preciso pensar nos outros 83 milhões de consumidores que vão ter de pagar a mais. Para a agência, isso é uma forma de equilibrar o mercado.

Por enquanto, a revisão das regras está no processo de consulta pública (que encerra no dia 30 de Novembro deste ano). Só então será possível saber se as regras serão alteradas para o proposto inicialmente ou não.

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Redação 360

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Para um mundo que busca a sustentabilidade, ou seja, que busca conciliar o desenvolvimento econômico e social com a permanência no planeta, investir em energias renováveis é um passo essencial. Ao contrário do que muita gente pensa, a energia renovável não é um investimento caro (e uma das que pode provar isso é a energia solar).

Nos últimos anos, vimos vários países, como a Costa Rica e Alemanha, estabelecendo metas para adotar 100% de energia renovável em sua matriz elétrica. Quando se fala em energias renováveis, normalmente, um país investe em diferentes fontes, dependendo de quais estão disponíveis.

No caso da energia solar, por exemplo, o pré-requisito básico para se instalar em um local é a incidência solar. Isso é algo que a maior parte dos países têm de sobra, felizmente. Claro que há outros fatores que interferem, como o local para instalação dos painéis, o custo do painel, etc. Mas mesmo esses não chegam a ser inviabilizadores desse tipo de energia renovável.

energia solar países
Imagem: sesi.in

Países como China, Dinamarca, Suíça, Alemanha, Estados Unidos, Costa Rica, Itália, Reino Unido,  Espanha, França e muitos outros (talvez com menos incidência solar que o Brasil) investem pesado em energia solar. Alguns fatores que levam a essa escolha, de modo geral, são:

1. É renovável

Como já citamos, a energia solar é uma fonte de energia renovável. Ainda, os painéis solares em funcionamento não liberam nenhum poluente, contribuindo para o meio ambiente.

2. Manutenção simples

A manutenção do painel solar é, basicamente, a sua limpeza, o que pode ser feito com água e um pano. Ou seja, o custo de manutenção é mínimo.

3. Usinas e instalações não oferecem riscos

Em comparação a alguns tipos de energia, como a nuclear, a solar não oferece risco e não envolve toda uma problematização com o uso da matéria-prima. Ainda, a sua fonte é abundante.

energia solar países
Imagem: orlandoweekly.com

4. Apresenta resultados significativos

Basta pegar uma conta de luz de uma residência com e sem painel solar e comparar. Você verá que a diferença no valor é significante e, quanto maior a área instalada, mais capacidade é gerada.

5. Baixo impacto ambiental

O impacto ambiental da energia solar consiste, basicamente, na extração da matéria-prima para fabricação dos painéis. Depois de instalados, os painéis só ficam lá, “existindo”. Não há nenhum impacto significante como o de algumas outras energias renováveis (como as áreas inundadas pelas hidrelétricas ou o problema com os pássaros e o ruído nas eólicas).

6. Contribui para o país atingir metas

O incentivo ao uso de energia solar contribui para os países atingirem as metas de energias renováveis as quais se propuseram em pactos internacionais, como o Acordo de Paris. O aumento do uso dessa energia gera significativa contribuição das renováveis para a matriz energética de um país.

7. Pode usar telhados e áreas subtilizadas

Em países com grande extensão, como o Brasil, há uma grande disponibilidade de área para instalar usinas solares. Mesmo nos países onde a área é pequena, ou em grandes centros urbanos, é possível instalar os painéis no telhado, dando uma finalidade a uma área subtilizada.

energia solar países
Imagem: homelight.com

8. Melhora da segurança da rede

Quando muitas pessoas usam a energia solar, deixando a da rede de distribuição para quando houver necessidade, há um aumento da segurança da rede. Isso acontece porque ela fica menos propensa a apagões.

Então, com todos esses benefícios, já está passando da hora do Brasil seguir o exemplo e investir de forma mais pesada em energia solar fotovoltaica, né?

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Engenharia 360

Redação 360

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A matriz energética brasileira é bastante diversificada e conta com uma participação significativa de energias renováveis. Dentre essas fontes renováveis, destaca-se a energia solar, cuja contribuição tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos.

Qual a diferença entre matriz energética e matriz elétrica?

A matriz elétrica compreende as fontes de energia utilizadas para gerar eletricidade, enquanto a matriz energética engloba não apenas as fontes de energia para geração de eletricidade, mas também aquelas utilizadas para movimentar veículos, máquinas, entre outros. Portanto, a matriz elétrica está inserida na matriz energética.

No que diz respeito à energia solar, sua participação na matriz energética brasileira aumentou de 0,1% para 1,4% entre 2016 e 2018, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Embora ainda seja uma contribuição modesta, esse crescimento indica que o Brasil está dando os primeiros passos em direção a um maior investimento em energia solar.

Quanto o Brasil investe em energias renováveis?

Ao considerarmos especificamente os sistemas de geração centralizada de energia solar fotovoltaica, que abrangem usinas de grande porte conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a energia solar ocupa a sétima posição, ultrapassando a marca de 2 mil megawatts. À sua frente estão as fontes de energia hidráulica, biomassa, eólica, gás natural, carvão e petróleo.

Entre os anos de 2016 e 2018, foram instaladas aproximadamente 41 mil novas usinas de energia solar no país. Estima-se que, com o investimento em energias renováveis na matriz energética, o Brasil consumirá 116 milhões de barris de petróleo a menos até 2027. O Acordo de Paris estabelece a meta de que, até 2030, 45% da matriz energética nacional seja proveniente de fontes renováveis, enquanto em 2017 esse valor era de 43,2%.

matriz energética nacional
Imagem de Freepik

Veja Também: Top 10 países com maior capacidade instalada de Energia Solar

Qual a parcela de contribuição da energia solar?

No contexto da matriz elétrica, o crescimento da contribuição da energia solar é ainda mais interessante. A oferta interna de energia solar aumentou de 1,15% em 2013 para 6,8% em 2017, saltando de 6.578 GWh para 42.373 GWh. Anteriormente, a energia solar ocupava uma posição inferior em relação a outras fontes, como o óleo e a energia nuclear. No entanto, em 2017, a energia solar ficou atrás apenas da hidráulica e do gás natural. De modo geral, em 2017, 80,4% da matriz elétrica brasileira era composta por fontes renováveis.

No primeiro leilão de energia realizado em 2018, as usinas solares conseguiram oferecer energia a um preço 62,16% menor em relação ao preço inicial estabelecido. Isso significa que a energia solar alcançou um patamar de preço mais baixo do que as fontes tradicionais de energia.

Geração distribuída por painéis solares

O relatório do Ipea também menciona que, devido à sua modularidade, custo decrescente e adoção disseminada da tecnologia pela sociedade, a energia solar possui um excelente potencial de penetração nos próximos anos. Além disso, destaca-se o fato de que a geração distribuída de energia por meio de painéis solares apresenta um grande potencial no Brasil. O país possui uma alta incidência solar em seu território, o que aumenta a geração de energia pelos painéis e reduz o custo unitário. A geração distribuída ocorre nos locais onde a energia é produzida e consumida simultaneamente, como em residências, prédios comerciais e industriais.

matriz energética nacional
Imagem de Freepik

Veja Também: Energia solar: modelo de fazenda construída no interior do Brasil

Custo da geração de energia fotovoltaica

Por fim, vale ressaltar que o relatório do Ipea também cita um estudo recente que constatou que o custo de geração de energia fotovoltaica em todos os municípios brasileiros é menor do que o custo da energia fornecida pelas distribuidoras na tarifa residencial com tributos. Essas informações deixam claro que a energia solar representa uma tendência para o futuro do setor energético no Brasil.

É importante destacar que esses dados foram atualizados até 2018, e desde então pode ter havido avanços e mudanças na matriz energética brasileira. Para obter informações atualizadas, recomenda-se consultar fontes confiáveis, como relatórios de instituições especializadas e órgãos governamentais responsáveis pelo setor energético.

Veja Também:


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Redação 360

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Umas das características que melhor define o Brasil é o fato de ele ser um país ensolarado (tanto que a gente até reclama). Então, por que ainda não aproveitamos todo esse potencial para gerar energia solar?

A energia solar é barata, renovável, não poluente, de fácil instalação e manutenção e perfeita para complementar a matriz energética brasileira. Se pensarmos em questão de área, realmente, é preciso uma área maior para gerar uma grande quantidade de energia. Porém, no Brasil, espaço é o que não falta: além de poder aproveitar os telhados, temos uma imensa extensão territorial.

Ainda, um estudo técnico de 2017 da Consultoria Legislativa para a Câmara dos Deputados mostrou que o potencial de irradiação solar em qualquer lugar do território brasileiro é maior que o de muitos países europeus como Alemanha, França e Espanha, onde o aproveitamento solar é grande. O mesmo levantamento mostrou que o potencial total brasileiro de geração de energia fotovoltaica é 2,3 vezes o consumo residencial do país.

Os maiores potenciais de energia solar aqui estão em Minas Gerais, Goiás, Tocantins e os estados da Região Nordeste praticamente inteira. Mas isso não quer dizer que o restante do país não pode aproveitar a energia solar: não só pode, como deve, já que o potencial solar nessas regiões também é satisfatório. Ainda, regiões mais povoadas (como São Paulo e Rio de Janeiro) também possuem a oportunidade maior de aproveitamento, visto que há mais residências e, consequentemente, mais telhados.

potencial de energia solar
Imagem: portalsolar.com

Então, voltamos à pergunta inicial: por que não aproveitar todo esse potencial? Uma das respostas para essa pergunta consiste no fato de que, há alguns anos, a energia solar não era tão acessível como é agora. Como os recursos hídricos no Brasil eram abundantes (agora nem tanto), a hidrelétrica teve preferência e, por uma questão meio cômoda, permanece até hoje.

Agora, com crises hídricas afetando grande parte do país periodicamente, é um ótimo momento para o incentivo à instalação de painéis fotovoltaicos. Nos últimos anos, ficou cada vez mais fácil ter seu próprio painel: além de estarem mais baratos, eles também podem ser financiados. É um investimento que já se mostrou viável.

O incentivo começou lá em 2012, com a resolução nº 482/12 da Aneel, que “Estabelece as condições para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica e dá outras providências”. Alguns benefícios são listados nessa resolução, como a interligação na rede elétrica convencional para o abatimento na conta, mas o incentivo não vai muito mais longe que isso.

Em 2014 e 2015, a energia solar participou dos leilões de energia e foram contratados 2,6GWp de capacidade instalada no Brasil. Porém, uma queda na previsão da demanda por essa energia fez com que ela não entrasse no leilão de 2016.

Há quem afirme que a desvantagem da energia solar é o fato da redução da sua produção durante a noite. Porém, se pensarmos bem, não temos água em todas as hidrelétricas o ano todo em abundância. Ainda, o objetivo não é alimentar a matriz energética nacional somente com energia solar: a intenção é aproveitar ao máximo seu potencial e, em conjunto com as outras fontes de energia disponíveis (hidrelétrica, eólica e outras), conseguir um melhor aproveitamento de nossos recursos naturais, gerando o menor impacto possível.

Felizmente, as previsões são boas: até 2024 o país deve ter cerca de 887 mil sistemas de energia solar instalados (até o final do ano passado esse número era cerca de 48.613). Porém, para isso, é preciso haver certo incentivo. As pessoas precisam conhecer a energia solar, saber de suas vantagens e desvantagens, saber se podem instalar em suas residências, conhecer a forma de financiamento que podem obter e visualizar o tamanho da economia que será feita mensalmente.

Ainda, para baratear mais ainda o custo da energia solar, o Brasil poderia investir na produção dos painéis solares em território nacional com baixo custo. Afinal, o silício, a matéria-prima desses painéis, é abundante por aqui.

potencial de energia solar
Imagem: heliusenergy.com.br

Não podemos negar que o incentivo existe (como a redução do imposto de renda, o abatimento no uso do sistema convencional, o financiamento e outros fatores), mas ele é muito pequeno. Muitas pessoas ainda desconhecem a energia solar fotovoltaica e, muitas que já ouviram falar acreditam que o custo é absurdo ou que é inviável para a sua região. Esses mitos precisam ser quebrados.

Tudo isso mostra que há muito que avançar nesse sentido e, felizmente, nós podemos fazer nossa parte. Com o intuito de contribuir para essa conscientização, nós já mostramos aqui no Engenharia 360 tudo que você precisa saber sobre energia solar, como instalar, como financiar e muito mais em nossa página especial sobre essa energia. Basta então, dar o primeiro passo.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Praticamente todo mundo já sabe que a era de dependência de energias não renováveis já está ultrapassada. Consequentemente, emerge, nos últimos anos, um investimento em fontes de energia renováveis e eficientes, cujo retorno do investimento seja real. Uma das que mostra potencial para ocupar uma parcela importante das matrizes energéticas é a energia solar.

Quando as pesquisas com energia solar começaram, era um sonho que parecia alto demais, mas que se mostrou viável até um certo ponto. O problema, na época, era que os painéis, para serem eficientes, também eram caros, o que fez com que a energia solar ficasse atrás de outras fontes renováveis, como a hidráulica. Felizmente, já não é mais assim: o preço da energia solar reduziu significativamente nos últimos anos, mostrando o tamanho da sua viabilidade.

futuro da energia solar
Imagem: dominionpost.com

Por possuir inúmeras vantagens, como o fato de ser de fácil instalação, possuir baixo custo de manutenção, apresentar uma economia real, etc., a energia solar são o foco de muitas empresas da área de energia. Um exemplo ambicioso dessa energia é o Asian Energy Renewable Hub (AREH).

O AREH consiste em um consórcio internacional de várias empresas que trabalham com energia renovável que se uniram para desenvolver usinas híbridas que aproveitam o potencial de energia solar e eólica de uma região do Sudeste da Ásia, Cingapura, Indonésia e Austrália. A planta terá nada menos de 14.000 quilômetros quadrados e contará com 10 milhões de painéis solares e 1.200 turbinas eólicas. A capacidade será de 6 mil megawatts (4 mil da eólica e 2 mil da solar). Isso é suficiente para abastecer cerca de 7 milhões de residências. Ainda, é um exemplo como a energia solar pode ser combinada com outra fonte para gerar um maior aproveitamento.

Em um cenário futuro, a energia solar possui um grande potencial de ser maioria em grandes matrizes energéticas. No Brasil, talvez, ela não chegue a ultrapassar a hidráulica (pelo menos não enquanto houver disponibilidade de água), mas consegue chegar ao mesmo patamar, visto que nossa incidência solar é elevada. As duas, juntas, podem criar uma matriz elétrica poderosa e segura, visto que, quando começasse uma seca, poderíamos contar com a solar. Claro que outras energias renováveis também devem contribuir com uma parcela, como a eólica, de biomassa e outras. 

No quesito tecnologia, a energia solar também já evoluiu bastante na conversão e armazenamento da energia. Os painéis estão mais eficientes e as baterias conseguem fazer um armazenamento satisfatório. Todavia, com a tecnologia disponível atualmente, podemos avançar bastante no quesito eficiência e ter esse tipo de energia ainda mais atrativo e mais presente em nosso meio.

futuro da energia solar
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Estima-se que, com base nas tendências atuais, o mercado global de energia solar atinja 366 bilhões de dólares em 2023. Isso mostra que a energia solar é uma solução atraente para o mercado energético. É claro que alguns desafios podem surgir ao longo do percurso, mas nada que não possa ser superado. A melhora da tecnologia e o incentivo podem impulsionar ainda mais o seu uso.

Assim, a probabilidade de que a energia solar seja usada em larga escala em um futuro próximo é grande. Ela é promissora não só para combater os déficits existentes no mercado energético em diferentes países, como também como forma de energia limpa para combater as mudanças climáticas.

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Engenharia 360

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Ao contrário do que muitos pensam, a energia solar fotovoltaica pode ser gerada tanto em escala residencial/comercial/industrial, normalmente abastecendo aquele local e alimentando a rede de distribuição com o restante, como também pode ser gerada em usinas e fornecida por meio de uma rede de distribuição. Quem faz essa última função são as usinas solares.

A energia solar está em ascensão no país e, nos últimos anos, a geração de energia por meio dessa fonte deu um salto gigantesco. Foram várias novas usinas instaladas no território nacional e o mais impressionante é que muita gente nem mesmo sabe que elas existem. Pensando em corrigir isso, nós separamos esta lista com as principais usinas solares do Brasil.

Principais usinas solares do Brasil

Usina Solar Pirapora

Esta usina fica no município de mesmo nome, Pirapora, localizado em Minas Gerais. No total, seu terreno equivale a 1.500 campos de futebol. São 1.235.070 painéis solares que compõem a maior usina fotovoltaica da América Latina, com capacidade de gerar 321MW de energia. A usina é operada pela francesa Energies Nouvelles (80% da usina).

usinas solares do Brasil
Imagem: dailymotion.com

Os módulos solares estão fixos a 1,2 metros do solo e acompanham a posição do Sol durante o dia. Segundo a própria Energies Nouvelles, a capacidade da usina permite alimentar, anualmente, 420.000 residências. O investimento do parque fotovoltaico foi estimado em mais de 2 bilhões de reais. Os painéis foram produzidos em São Paulo e saíram com um custo maior que se tivessem sido fabricados na China, mas essa foi uma condição para o financiamento do BNDES.

Usina Solar Nova Olinda

Localizada na cidade de Ribeira do Piauí (no Piauí), esta usina já foi a maior da América Latina, mas foi superada pela de Pirapora. Ela tem área de 690 hectares (cerca de 700 campos de futebol) e conta com 930 mil placas solares. Sua capacidade é de 292MW.

usinas solares do Brasil
Imagem: ciclovivo.com.br

A energia captada vai para a estação no município de São João do Piauí, que fica ao lado. Essa energia alimenta 300 mil famílias. O investimento foi de cerca de 1 bilhão de reais, feito pela italiana Enel Green Power.

Usina Solar Ituverava

A Usina Solar de Ituverava fica em Tabocas do Brejo Velho, na Bahia. Sua capacidade de 254MW resulta em uma produção anual de energia estimada em 500GWh. Esse valor pode abastecer cerca de 268 mil famílias. No total, são 850 mil painéis em uma área de 579 hectares.

Complexo Solar Apodi

Localizado em Quixeré, no Ceará, este complexo possui uma capacidade de 162 MW. No total, são 160 mil residências atendidas pela usina. Há 500 painéis solares instalados. O custo total do complexo foi de 700 milhões de reais.

Complexo Solar Lapa

O Complexo Solar Lapa é composto por duas plantas: a de Bom Jesus da Lapa com capacidade de 80MW, e a Lapa, com capacidade de 78MW, ambas no município de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. No total, a capacidade é de 158MW, que pode abastecer 166 mil residências por ano. O complexo pertence à Enel Green Power e o investimento foi de cerca de 630 milhões de reais.

usinas solares do Brasil
Imagem: blog.bluesol.com.br/

Complexo Solar Guaimbê

Este complexo fica na cidade de Guaimbê, em São Paulo. Ele possui 550 mil placas solares, em uma área de 237 hectares, e sua capacidade é de 150MW. O complexo foi adquirido pela AES Tietê em 2018 e o investimento foi de 607 milhões de reais.

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