Entre os dias 9 e 12 de janeiro de 2024 está sendo realizada a CES 2024, nova edição da maior feira de tecnologias do mundo. E as fabricantes LG e Samsung aproveitaram a ocasião para lançar suas primeiras TVs transparentes, que se assemelham a placas de vidro quando desligadas. Essa nova tecnologia está ganhando força no mercado e promete abrir novas possibilidades de exibição de imagens. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

Tecnologias de TVs transparentes na CES 2024

As TVs transparentes são, obviamente, diferentes das TVs convencionais disponíveis no mercado atual. E vale destacar que as tecnologias OLED e MICRO LED podem ser usadas para criar essas TVs transparentes.

Os novos modelos de TVs transparentes podem ser feitos de materiais transparentes como vidro ou plástico. Os LEDs orgânicos ou microscópicos são instalados atrás da tela. E quando ligados, eles emitem luz que passa pela tela transparente, ficando as imagens visíveis do outro lado.

TVs transparentes na CES 2024
Imagem divulgação LG via CanalTech
TVs transparentes na CES 2024
Imagem de Léo Müller em CanalTech

Diferença entre OLED e MICRO LED

OLED é uma tecnologia de exibição que usa LEDs orgânicos para geração de luz. Nesse caso, cada pixel da tela é um LED que pode ser ligado e desligado individualmente, permitindo a apresentação de contrastes infinitos, além de imagens em cores mais vivas e vibrantes. Já a MICRO LED é uma tecnologia de exibição que usa LEDs microscópicos para geração de luz, que de modo semelhante permite o controle individual dos pixels, mas com uma vida útil mais longa.

Experiência de visualização das Tvs transparentes

As TVs transparentes oferecem uma experiência de visualização única. Espera-se que elas possam ser usadas em diversas aplicações. Por exemplo, como divisórias ou paredes transparentes em escritórios, salas de reuniões ou salas de casas, exibindo comerciais ou sinalização digital, notícias, previsão do tempo e mais, ou ainda a programação convencional dos canais de TVs. A ideia é que os espectadores vejam o conteúdo da tela sem serem bloqueados pela mesma.

TVs transparentes na CES 2024
Imagem divulgação LG via CanalTech
TVs transparentes na CES 2024
Imagem divulgação LG via CanalTech

Veja Também: Tecnologia de Projeção de Imagens: Como funcionam as TVs a Laser?

Novidades das marcas LG e Samsumg

Na CES 2024, a LG apresentou a TV OLED transparente Signature, de 77 polegadas, que funciona sem fios. Ela é composta por duas camadas, com película de contraste para ajuste de nível de transparência, e com conteúdo de áudio e vídeo transmitido via wireless, por meio do dispositivo Zero Connect Box. Outra novidade da empresa é que alguns de seus modelos de TVs passarão a contar com sistema operacional webOS atualizado.

Já a Samsung apresentou na CES 2024 uma tela Micro LED transparente, com visual cristalino, semelhante a um vidro, cujo design não apresenta junções e refração da luz. A mesma vem com pequeno chip que auxilia na exibição de imagens mais nítidas e sem obstruções.

Outra novidade compartilhada pela Samsung são as novas Smart TVs OLED e Neo QLED, de extrema qualidade tecnológica, com resolução até 8K, combinando tecnologias de pontos quânticos com a retroiluminação Mini LED. E, para concluir, o processador TV NQ8 AI Gen3, com unidade de processamento neural (NPU) duas vezes mais rápida que seu antecessor.

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Fontes: CNN Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A Urtopia Fusion é a primeira bicicleta elétrica do mundo a integrar o ChatGPT, um grande modelo de linguagem da OpenAI. Ou seja, é a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) inovando o mundo do ciclismo.

A promessa é que os usuários possam interagir com essa bike por meio de comandos de voz, por exemplo, pedindo orientações sobre direções ou informações sobre pontos turísticos. Acompanhe este texto do Engenharia 360 para saber mais sobre esta novidade no mercado!

Urtopia Fusion
Imagem de Urtopia reproduzida por Gear Junkie

Capacidade de interação da Urtopia Fusion

A nova bicicleta Urtopia Fusion é mais intuitiva e envolvente, mais acessível e fácil de usar. Ela se vale da IA, portanto, para entender e responder a uma ampla gama de comandos e perguntas. Por isso, pode ser uma boa companheira dos ciclistas.

Vamos imaginar alguns casos específicos em que essa interação com o ChatGPT faria a diferença. A começar auxiliando ciclistas com deficiência ou outras limitações físicas. Oferecendo uma experiência de ciclismo mais personalizada. E até divertindo e ensinando usuários sobre a história, a cultura ou a natureza ao redor – ou seja, a bicicleta como uma ferramenta educacional.

Urtopia Fusion
Imagem de Urtopia reproduzida por DesignBoom

Recursos inteligentes da Urtopia Fusion

Pensa que a tecnologia avançada da Urtopia Fusion param por aí? Não mesmo! Além de ter integrada a IA do ChatGPT, seu sistema possui outros recursos inteligentes e inovadores. Vale destacar em primeiro lugara navegação por GPS, que permite aos ciclistas encontrar seu caminho com facilidade. Depois, medidas anti-roubo e a integração com aplicativos de saúde, com monitoramento de progresso e desempenho dos ciclistas. Tudo isso torna a bicicleta mais segura e eficaz.

Urtopia Fusion
Imagem de Urtopia reproduzida por DesignBoom
Urtopia Fusion
Imagem divulgação via Mundo Conectado

Impacto da inovação tecnológica no mercado

É claro que lançamentos tecnológicos como da Urtopia Fusion devem revolucionar o mercado de artigos para mobilidade, transformando a maneira como as pessoas se deslocam de bicicleta. Imagina todas as possibilidades! Não nos sentiríamos mais sozinhos ou perdidos ao realizar um longo trajeto de bike. Poderíamos desfrutar melhor de destinos turísticos desconhecidos, descobrindo novos lugares e aprendendo sobre coisas novas.

A integração do ChatGPT na Urtopia Fusion é só um exemplo de como a Inteligência Artificial está sendo usada em novos e inovadores produtos. Seu lançamento pode impulsionar o desenvolvimento de novos produtos e serviços que usem IA para melhorar a experiência de ciclismo, inclusive tornando essa uma opção de transporte mais atraente para as pessoas.

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Fontes: UOL, Design Boom.

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Engenharia 360

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Com o aumento das temperaturas, é quase impossível não ligar o ar condicionado. Mas apesar de hoje dependermos demais desses aparelhos, sabemos muito pouco sobre o seu funcionamento, não é mesmo? O Engenharia 360 te conta que os aparelhos de ar condicionado são compostos de duas partes principais, sendo a evaporadora e a condensadora. Cada uma dessas partes tem, obviamente, uma função bastante específica, impactando o processo de refrigeração dos ambientes. Continue lendo este artigo para saber mais!

O que é e como funciona uma evaporadora?

evaporadora e condensadora de ar condicionado
Imagem de lifeforstockem Freepik

Dentro do aparelho de ar condicionado, a unidade interna é chamada de evaporadora. A mesma é composta de alguns componentes, a começar pela válvula de expansão, que serve para reduzir a pressão do ‘fluido de refrigeração’, fazendo com que absorva calor. Também há o ventilador e uma peça que realiza a troca de calor entre ar ambiente e fluido refrigerante. E o filtro, que retém impurezas do ar, evitando obstrução do fluxo de ar.

É na evaporadora que o ar quente do ambiente é resfriado e direcionado para o ambiente.

Resumindo seu funcionamento, tudo começa com o fluido refrigerante líquido enviado à válvula de expansão, que reduz sua pressão. Depois que ele deixa de ser líquido e passa a ser gasoso, percorre o trocador de calor, que absorve o calor do ambiente. E, por fim, o ar é resfriado e jogado de volta para o ambiente.

Veja Também: Guia Completo: Como Calcular os BTUs Ideais para Seu Ar-Condicionado

O que é e como funciona uma condensadora?

evaporadora e condensadora de ar condicionado
Imagem de Freepik

Falamos da unidade interna do ar condicionado, que é a evaporadora. Agora, a unidade externa é a condensadora. Ela é composta de um compressor cuja função é comprimir o fluido refrigerante. Também tem o trocador de calor, que citamos antes, por onde ocorre a troca de calor entre o fluido refrigerante e o ar externo. E, para completar, o ventilador que impulsiona essa circulação de ar pelo trocador.

É na condensadora que o calor absorvido pelo fluido refrigerante na evaporadora é liberado para o ambiente externo.

Resumindo seu funcionamento, tudo começa com o fluido refrigerante, em estado gasoso, absorvendo o calor da evaporadora e encaminhando para o compressor, que comprime o fluido refrigerante, fazendo com que ele aumente sua temperatura. Por fim, o fluido quente passa pelo trocador de calor, onde libera calor para o ar externo.

Qual a principal diferença entre evaporadora e condensadora de ar condicionado?

Podemos concluir, portanto, que o que difere evaporadora de condensadora em aparelhos de ar condicionado é, em principal, a função no processo de refrigeração dos ambientes. Recapitulando, a evaporadora – que é aquela unidade instalada dentro dos cômodos – resfria o ar ambiente. Já a condensadora – que é aquela parte instalada no lado de fora das edificações – libera o calor absorvido pelo fluido refrigerante na evaporadora.

evaporadora e condensadora de ar condicionado
Ilustração disponibilizada por macrovector em Freepik
evaporadora e condensadora de ar condicionado
Imagem reproduzida de portaleletricista.com.br em Pinterest

Veja Também: 6 Dicas Essenciais para Manter o Conforto Térmico em Sua Casa

Bônus | Dicas sobre cuidados com evaporadora e condensadora de ar condicionado

Você precisa estar atento a algumas questões para que o ar condicionado de sua casa ou escritório funcione de forma eficiente e por mais tempo, dependendo de menos manutenção. O primeiro cuidado é conferir se as unidades evaporadora e condensadora estão realmente instaladas em locais adequados. Ademais, que elas peguem menos luz solar possível. Especialmente a condensadora deve ser colocada em um local bem arejado e protegido de chuva.

Por fim, é preciso manter o filtro da evaporadora sempre limpo – realize essa tarefa a cada duas semanas ou pelo menos uma vez por mês, a depender da frequência de uso do aparelho. E a condensadora deve ser limpa com uma regularidade de uma vez a cada seis meses ou uma vez ao ano, a depender das condições do ambiente.

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Fontes: Blog CentralAr.com.

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Engenharia 360

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A inclusão urbana é um tema que ganha cada vez mais destaque no planejamento das cidades modernas. Com o objetivo de criar ambientes que acolham a diversidade de seus habitantes, a engenharia urbana tem desenvolvido uma série de intervenções que promovem a inclusão social, econômica e cultural. Este artigo do Engenharia 360 irá explorar exemplos dessas intervenções, destacando como elas contribuem para a construção de cidades mais justas e acessíveis para todos.

  • Intervenções urbanas para acessibilidade
  • Projetos de espaços públicos inclusivos
  • Iniciativas de mobilidade urbana para todos

Intervenções Urbanas para Acessibilidade

intervenção de engenharia urbana
Imagem gerada em IA

Uma cidade inclusiva é aquela que permite que todos os cidadãos, independentemente de suas capacidades físicas, possam se deslocar e usufruir dos espaços urbanos. Para isso, intervenções como rampas de acesso, pisos táteis e semáforos sonoros são essenciais. Essas adaptações não apenas facilitam a vida de pessoas com deficiência, mas também beneficiam idosos, crianças e outros grupos vulneráveis.

Projetos de Espaços Públicos Inclusivos

Os espaços públicos são locais de encontro, lazer e expressão cultural. Projetos que visam a inclusão nesses espaços incluem a criação de parques e praças com áreas de brincar acessíveis, mobiliário urbano adaptado e programações culturais que contemplem a diversidade da população.

Iniciativas de Mobilidade Urbana para Todos

intervenção de engenharia urbana
Imagem gerada em IA

A mobilidade urbana é um dos pilares para a inclusão nas cidades. Investimentos em transporte público acessível, como ônibus com plataformas elevatórias e estações de metrô com elevadores, são fundamentais. Além disso, a implementação de sistemas de compartilhamento de bicicletas e patinetes que atendam a diferentes necessidades também promove a inclusão.

Desenvolvimento de Habitação Acessível

O acesso à moradia digna é um direito básico. Projetos de habitação acessível que consideram a renda das famílias e a proximidade com serviços essenciais são exemplos de como a engenharia urbana pode contribuir para a inclusão social.

Programas de Revitalização Urbana

Intervenções em áreas degradadas, com foco na melhoria da infraestrutura e na valorização da identidade local, podem transformar bairros e promover a inclusão de seus moradores no tecido urbano.

Políticas de Inclusão Econômica

intervenção de engenharia urbana
Imagem gerada em IA

Projetos que incentivam o empreendedorismo local e a geração de empregos em comunidades carentes são essenciais para a inclusão econômica e o desenvolvimento sustentável das cidades.

Integração de Tecnologias Assistivas

O uso de tecnologias assistivas, como aplicativos de navegação para pessoas com deficiência visual ou auditiva, é uma forma de promover a autonomia e a inclusão digital nas cidades.

Educação e Sensibilização para a Inclusão

intervenção de engenharia urbana
Imagem gerada em IA

Campanhas educativas e programas de sensibilização são fundamentais para construir uma cultura de inclusão e respeito à diversidade nas cidades.

Participação Cidadã no Planejamento Urbano

Envolver a comunidade no processo de planejamento e decisão sobre intervenções urbanas garante que as necessidades de diferentes grupos sejam atendidas e que todos tenham voz ativa na construção de cidades inclusivas.

Monitoramento e Avaliação de Impacto

Para garantir a eficácia das intervenções de inclusão, é necessário implementar sistemas de monitoramento e avaliação que permitam ajustes e melhorias contínuas.

Perguntas Frequentes

Quais são os principais desafios para a inclusão urbana?

Os desafios incluem a superação de barreiras físicas, a garantia de acessibilidade em transportes, a oferta de habitação acessível e a criação de oportunidades econômicas para todos.

Como a tecnologia pode auxiliar na inclusão urbana?

A tecnologia pode oferecer soluções de mobilidade, como aplicativos de navegação adaptados, e promover a inclusão digital através de plataformas acessíveis.

Qual o papel da comunidade no processo de inclusão urbana?

A comunidade tem um papel vital, pois é ela que identifica as necessidades locais e participa ativamente no planejamento e implementação de projetos de inclusão.

Considerações Finais e Curiosidades

As intervenções de engenharia urbana para promover a inclusão são fundamentais para o desenvolvimento de cidades mais justas e acessíveis. Ao considerar a diversidade de necessidades e envolver a comunidade no processo, é possível criar ambientes urbanos que acolham a todos.

Curiosamente, cidades inclusivas não apenas melhoram a qualidade de vida de seus habitantes, mas também se tornam mais atrativas para turistas e investidores, gerando um ciclo virtuoso de desenvolvimento e prosperidade.

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Engenharia 360

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Explorando o mundo das engenharias com paixão! Nosso grupo interdisciplinar, formado por entusiastas, é liderado por Simone Tagliani, formada em Arquitetura, escritora e empresária, mergulhando na era digital e na convergência das ciências.

Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil anunciou novas regras de eficiência energética para geladeiras e congeladores domésticos comercializados no país. O objetivo é tornar os eletrodomésticos 17% mais eficientes até 2028, promovendo uma transição sustentável do mercado.

As mudanças têm causado muita apreensão no setor, com empresários prevendo impacto na fabricação e consequentemente nas vendas desses produtos. E, ao mesmo tempo, o Engenharia 360 indaga quais são os desafios para engenheiros com essas novas regulamentações. Acompanhe o texto a seguir para conferir nossa análise!

eficiência energética de geladeiras
Imagem de fabrikasimf em Freepik

Eficiência energética em geladeiras e congeladores domésticos

A capacidade de um equipamento de utilizar energia elétrica com menor consumo possível é chamada de eficiência energética.

No Brasil, a eficiência energética de geladeiras e congeladores domésticos é regulamentada pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A norma estabelece uma classificação de eficiência energética de ‘A’ a ‘E’, sendo ‘A’ a categoria mais eficiente e ‘E’ a menos eficiente. E, nas lojas, podemos observar essa descrição nas etiquetas presentes nos equipamentos comercializados, com uma escala de cores sendo ‘A’ em verde e ‘E’ em vermelho. Os modelos A ou B são os mais eficientes, consumindo menos energia elétrica, o que resulta em uma economia na conta de luz.

eficiência energética de geladeiras
Imagem de d3images em Freepik

Contexto das novas regras de eficiência energética

Antes de tudo, vale ressaltar que o novo ‘Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores’ estabelece índices mínimos de consumo de energia elétrica. A meta é reduzir a emissão de gases de efeito estufa – 5,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2030 – e promover a eficiência energética – economia de 11,2 Terawatt-hora (TWh).

O governo brasileiro argumenta que as mudanças são essenciais e urgentes para que o país possa cumprir as metas ambientais que estabeleceu.

Prós e contras das mudanças

Por hora, as projeções apresentadas à imprensa indicam benefícios ambientais substanciais para o Brasil. Porém, especialistas do setor estão preocupados com a possibilidade de um aumento nos preços dos eletrodomésticos e como isso pode impactar, sobretudo, famílias de menor poder aquisitivo. Resumindo, as geladeiras consideradas hoje como de “preços mais acessíveis” simplesmente podem sair de linha.

A saber, Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) alerta para uma redução de até 83% na oferta de refrigeradores até 2026, o que, segundo eles, poderia resultar em um aumento de 23% nos preços.

Por outro lado, representantes do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apoiam as mudanças. Eles destacam a necessidade de modernização dos modelos mais baratos. Traduzindo, hoje pagamos “menos” por uma tecnologia ruim, que nos faz gastar muita energia elétrica, o que força a produção das usinas, gera mais impostos e prejudica o meio ambiente. Por isso, diz-se que a eficácia da medida será comprovada a longo prazo.

eficiência energética de geladeiras
Imagem de Freepik

Veja Também: Como poderíamos resumir a ‘elétrica residencial básica’?

Impactos na Indústria e a adaptação da engenharia

É claro que a indústria eletrônica será a primeira a ser impactada com as novas regras de eficiência energética para geladeiras e congeladores domésticos no Brasil. Engenheiros e fabricantes devem enfrentar, para começar, o desafio de aprimorar os equipamentos. Eles devem encontrar soluções inovadoras para garantir que esses produtos continuem acessíveis e, ao mesmo tempo, mais eficientes.

São soluções que os engenheiros podem estudar para deixar geladeiras e congeladores domésticos mais eficientes em termos energéticos:

  • Sensores Inteligentes: para o monitoramento constante da temperatura e ajuste automático das configurações para evitar desperdício de energia.
  • Tecnologia Digital Inverter: compressores que ajustam automaticamente a velocidade conforme a necessidade, otimizando o consumo de energia.
  • Ciclos de Descongelamento: otimização de sistemas de descongelamento mais eficientes e programáveis para reduzir o consumo de energia.
  • Sistemas de Isolamento Avançados: materiais avançados que melhorem a eficiência térmica, reduzindo a transferência de calor entre o interior e o exterior da geladeira.
  • Vedação: aprimoramento das portas para minimizar a entrada de ar externo, evitando perda de frio e reduzindo o esforço do compressor.
  • Layout Interno: otimização para melhorar a circulação do ar, garantindo uma distribuição uniforme da temperatura e reduzindo a necessidade de esforço do compressor.
  • Energias Renováveis: possibilidade de incorporar tecnologias de energia solar ou outras fontes renováveis para alimentar parte do sistema de refrigeração.

Outras engenharias que seriam impactadas pelas novas regras de eficiência energética para geladeiras e congeladores domésticos:

  • Engenharia de Materiais – com o desenvolvimento de materiais para isolamento.
  • Engenharia Eletrônica – com o desenvolvimento de sistemas de controle e sensores para otimização do consumo.
  • Engenharia de Energia – com proposta de integração de tecnologias solares para alimentar parcialmente sistemas de refrigeração.
  • Engenharia de Controle e Automação – com a aplicação de técnicas de otimização de fluxo de ar para melhorar a circulação interna nas geladeiras.
  • Engenharia de Software – com a implementação de softwares de monitoramento de temperatura em tempo real.
  • Engenharia Civil – com projeto de habitações com boas vedações que impactem menos no desempenho térmico das geladeiras.
  • Engenharia Ambiental – com a tarefa de avaliação do ciclo de vida dos produtos e impacto ambiental.
  • Engenharia Química – com pesquisa de fluidos.
  • Engenharia de Produção – com a otimização dos processos fabris para garantir eficiência na produção e redução de resíduos.

Em síntese, as novas regras de eficiência energética para geladeiras no Brasil representam um marco na busca por práticas mais sustentáveis, desafiando a engenharia a superar obstáculos e proporcionar soluções inovadoras que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a sociedade na totalidade.

Curiosidade: A Samsung já lançou geladeiras adaptadas à nova regulamentação brasileira de eficiência energética, são os modelos como RT38, RT43, RT44, RT46 e RT48. Os mesmos são equipados com a tecnologia Evolution POWERvolt para resistência a picos de energia e eficiência energética A+++, e apresentam a tecnologia Digital Inverter, economizando até 20% de energia.

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Fontes: Valor Globo, Gaúcha ZH.

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Recentemente, empresários da Arábia Saudita anunciaram o lançamento, em parceria com comunidades locais, da “Dan Company,” uma empresa de agro e ecoturismo. A ideia é explorar destinos turísticos do país, focando em paisagens naturais, agricultura e experiências culturais, incentivando práticas sustentáveis. O primeiro projeto será na região de Al-Ahsa, zona de produção de arroz e tâmaras, abrangendo 1,8 milhão de km², equivalente a 180 campos de futebol.

Ações como essa aquecem o PIB não petrolífero da Arábia Saudita, alinhando-se à meta de zerar emissões de carbono até 2030. Aliás, estima-se que o turismo no país cresça demais nos próximos anos. E, correndo na frente, investidores estão usando a engenharia para construir o próximo destino turístico de luxo e sustentável na região, o Red Sea Project. Continue lendo o Engenharia 360 para saber mais!

turismo na arábia saudita
Imagem de The red sea project via ArchDaily
turismo na arábia saudita
Imagem de The red sea project via ArchDaily

Oportunidades e desafios do Red Sea Project

Como parte integrante do Saudi Vision 2030, para diversificação da economia do país, que já conta com 6 hotéis e 3 mil quartos, esse oásis sustentável, o Red Sea, é um projeto ambicioso de engenharia e ecoturismo. O mesmo terá, quanto concluído, uma extensão de 28 mil quilômetros quadrados, compreendendo ilhas ao redor do Mar Vermelho. A área reservada para sua construção possui hoje desertos e ecossistemas oceânicos diversificados. Por isso, existe uma preocupação quanto aos impactos ambientais do empreendimento.

Seus projetistas, do renomado escritório de arquitetura Foster + Partners, garantem um compromisso com a sustentabilidade. Além dos milhares de empregos previstos e lucros na casa dos cinco bilhões de dólares até 2030, serão adotadas ações para preservar a diversidade e minimizar o impacto na paisagem natural. Para começar, os edifícios construídos são feitos com materiais locais, como madeira, preservando o ambiente e reduzindo o consumo de energia.

turismo na arábia saudita
Imagem de The red sea project via ArchDaily
turismo na arábia saudita
Imagem de The red sea project via ArchDaily
turismo na arábia saudita
Imagem de The red sea project via ArchDaily

Estratégias na Ilha de Shura e Desert Rock

Especialmente na ilha de Shura, as edificações dos quartos construídos foram erguidas em locais estratégicos para proteger a ilha da erosão e não perturbar o fluxo subaquático. Já para Desert Rock foi adotado o modelo tradicional de construção árabe para terrenos montanhosos, minimizando o impacto e utilizando pedras locais para conservação de energia e luz.

Vale destacar mais sobre a importância dessa conservação da energia. Quando se trata de hotel em cenários desérticos, a utilização da energia solar é inevitável. Por isso, o Foster + Partners previu, em simulações digitais do Red Sea, o maior grid de armazenamento e distribuição de energia solar do mundo. Aliás, o uso de digital twins permite análises em tempo real, otimizando a construção com base em dados climáticos, de uso e tempo.

A saber, o escritório Foster + Partners tem um histórico de projetos de estruturas em seu portfólio que se integram harmoniosamente à paisagem, promovendo o turismo sustentável.

Arábia Saudita nos grandes destinos turísticos mundiais até 2030

A Arábia Saudita tem uma visão bastante futurista e sustentável para o país. Somente o Red Sea Project terá mais de 50 resorts, 8.000 quartos de hotel e 1.000 propriedades residenciais. Estima-se que o projeto atraia 100 milhões de visitantes anuais até 2030, combinando modernidade e preservação ambiental para uma prosperidade econômica. E esse modelo de engenharia e ecoturismo deve servir de exemplo para outros países, incluindo o Brasil.

turismo na arábia saudita
Imagem de The red sea project via ArchDaily
turismo na arábia saudita
Imagem de The red sea project via ArchDaily

Especialistas garantem que a Arábia Saudita está se tornando, de fato, o próximo destino turístico de luxo ao longo da costa do Mar Vermelho. Além do Red Sea, existem outros megaprojetos previstos para proporcionar experiências exclusivas para os visitantes, com ênfase na hospitalidade saudita, desde praias paradisíacas a ilhas e recifes de coral preservados. Um exemplo é o Triple Bay, um hub de bem-estar, esportes aquáticos e atrações como o Instituto de Vida Marinha.

Curiosidade: Já existem planos da empresa MSC de cruzeiros de realizar rotas locais com o navio MSC Magnifica para explorar áreas tombadas pela UNESCO, como Jeddah e Damman.

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Fontes: CNN Brasil, Hability, ArchDaily.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Na data de publicação deste texto, 9 de janeiro de 2024, começa mais uma edição da Consumer Electronics Show, a maior feira de tecnologia do mundo. A CES 2024 acontecem em Las Vegas. E na ocasião, a marca LG lança mais um grande produto, o robô inteligente Smart Home AI Agent, prometendo mudar o conceito de casas inteligentes através de uma experiência única para os usuários. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

robô inteligente
Imagem reprodução LG via Canal JMS

A tecnologia Smart Home AI Agent da LG

O novo robô inteligente da LG, o Smart Home AI Agent, explora várias tecnologias. Sua engenharia é uma mistura de soluções de robótica, Inteligência Artificial (IA) e automação residencial. E algo que poderá ser comprovado na mostra CES 2024 é sua capacidade de movimento, conectando-se facilmente a redes de dispositivos loT, o que auxilia no gerenciamento de aparelhos que podem tornar nossa vida cotidiana mais conveniente.

Curiosamente, o LG Smart Home AI Agent possui “pernas” com rodas, para poder se locomover pelos setores de uma casa de forma autônoma. Seus “olhos” são sensores frontais e um display, que fornecem ao sistema uma interação avançada com os ambientes. Traduzindo, a LG entende que essa mobilidade do robô inteligente permite que o dispositivo seja utilizado no dia-a-dia como uma assistente babá, monitorando idosos, crianças e animais de estimação.

robô inteligente
Imagem reprodução LG via Design Boom
robô inteligente
Imagem reprodução LG via Design Boom
robô inteligente
Imagem reprodução LG via Canal JMS
robô inteligente
Imagem reprodução LG via Canal JMS

A saber, como um sistema de segurança, o robô inteligente faria o monitoramento de atividades suspeitas, enviando alertas sobre janelas abertas ou luzes acesas.

Para concluir, a empresa também já revelou à imprensa que seu robô é alimentado por uma linguagem Large Language Model (LLM) multimodal, resultado de aprendizado de máquina em um vasto banco de dados.

Controle de Dispositivos Inteligentes

Vamos analisar mais essa questão da ligação do LG Smart Home AI Agent com outros dispositivos inteligentes. É preciso destacar a parceria que a própria LG fez com a Qualcomm Technologies. Para o seu novo robô inteligente, é utilizada a plataforma Qualcomm Robotics RB5. Essa combinação permitiu a tecnologia ir além da automação, mas um IA multimodal com reconhecimento de voz, imagem e processamento de linguagem natural.

A saber, através do gestor da Internet das Coisas (IoT), o Smart Home AI Agent se conecta e comanda diversos aparelhos inteligentes dentro de casa. Além de gerenciar dispositivos, o robô pode analisar temperatura, umidade e qualidade do ar, proporcionando uma gestão completa do ambiente.

Veja Também: Intersolar Summit Brasil Sul: Feira Apresenta o Potencial da Energia Solar

A visão da LG para o futuro das casas inteligentes

Analisando as informações, podemos dizer que empresas como a LG trabalham hoje para termos, num futuro não tão distante, uma casa com “zero trabalho”. Nesse cenário, modelos de robô inteligente, como o LG Smart Home AI Agent, seriam personalizados e assumiriam por nós funções diversas ao mesmo tempo que interagiriam conosco de maneira avançada. Esses robôs fariam reconhecimento de expressões faciais e tom de voz, sugerindo leituras e músicas, informando sobre o tempo, lembrando de atividades do calendário, e mais.

Infelizmente, por hora, a LG não tem planos de lançar o LG Smart Home AI Agent no mercado brasileiro. Mas, na CES 2024, os visitantes terão a oportunidade de testar em primeira mão essa revolução na automação residencial. Aliás, fizemos recentemente um artigo especial indagando sobre outras inovações que moldarão o panorama tecnológico deste ano e que também devem ser apresentados na feira. Confira: O que esperar da CES 2024, o maior evento de tecnologia do ano.

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Fontes: Olhar Digital.

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Redação 360

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A gestão da qualidade em projetos de engenharia é fundamental para garantir que os resultados atendam às expectativas dos clientes e estejam em conformidade com os padrões relevantes. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais. Mas, antes, os principais pilares dessa gestão incluem:

  • Planejamento da qualidade
  • Garantia da qualidade
  • Controle da qualidade
  • Melhoria contínua

Introdução ao Planejamento da Qualidade

gestão da qualidade em Projetos de Engenharia
Imagem gerada em IA

O planejamento da qualidade é o primeiro passo para uma gestão eficaz. Ele envolve a definição de padrões de qualidade e a identificação de processos necessários para atingi-los. É essencial que este planejamento seja detalhado e alinhado com os objetivos do projeto.

Importância da Garantia da Qualidade

A garantia da qualidade é o conjunto de atividades que asseguram que os processos estão sendo implementados conforme o planejado. Isso inclui auditorias e revisões sistemáticas para garantir que os padrões de qualidade estão sendo seguidos.

O Papel do Controle da Qualidade

gestão da qualidade em Projetos de Engenharia
Imagem gerada em IA

O controle da qualidade é a prática de monitorar resultados específicos do projeto para determinar se eles estão em conformidade com os padrões de qualidade relevantes e identificar maneiras de eliminar causas de desempenho insatisfatório.

A Melhoria Contínua como Pilar

A melhoria contínua é um pilar que se concentra na otimização de processos e na redução de desperdícios. Isso envolve a análise de dados de desempenho e a implementação de melhorias para aumentar a eficiência e a eficácia do projeto.

Envolvimento da Equipe e Treinamento

Para que a gestão da qualidade seja bem-sucedida, é crucial que toda a equipe do projeto esteja envolvida e devidamente treinada. Isso inclui não apenas a compreensão dos padrões de qualidade, mas também o comprometimento com sua implementação.

Ferramentas e Técnicas de Gestão da Qualidade

gestão da qualidade em Projetos de Engenharia
Imagem gerada em IA

Existem diversas ferramentas e técnicas que podem auxiliar na gestão da qualidade, como diagramas de causa e efeito, gráficos de controle e revisões por pares. A escolha das ferramentas certas é fundamental para o sucesso do projeto.

Comunicação Eficaz e Feedback

Uma comunicação clara e eficaz é essencial para manter todos os envolvidos no projeto alinhados com os objetivos de qualidade. Além disso, o feedback contínuo permite ajustes rápidos e eficientes nos processos.

Documentação e Registros de Qualidade

gestão da qualidade em Projetos de Engenharia
Imagem gerada em IA

A documentação adequada é vital para a gestão da qualidade, pois fornece um registro histórico das atividades e pode ser usada como referência para futuros projetos. Isso inclui a documentação de procedimentos, especificações e relatórios de inspeção.

Gerenciamento de Riscos e Qualidade

O gerenciamento de riscos é parte integrante da gestão da qualidade, pois ajuda a identificar potenciais problemas que podem afetar a qualidade do projeto e permite a implementação de ações preventivas.

Indicadores de Desempenho e Análise de Dados

Os indicadores de desempenho são ferramentas que ajudam a medir a eficácia dos processos de qualidade. A análise de dados coletados desses indicadores é crucial para entender as tendências e fazer melhorias informadas.

Perguntas Frequentes

Como a gestão da qualidade contribui para a satisfação do cliente em projetos de engenharia?

A gestão da qualidade assegura que o projeto atenda ou exceda as expectativas do cliente, entregando resultados que estão em conformidade com os requisitos acordados e padrões da indústria.

Quais são as principais ferramentas utilizadas no controle da qualidade?

Algumas das principais ferramentas incluem gráficos de controle, planilhas de verificação, histogramas, diagramas de Pareto e análise de causa raiz.

Como a melhoria contínua afeta a competitividade de uma empresa de engenharia?

A melhoria contínua permite que a empresa otimize seus processos, reduza custos e aumente a qualidade, o que pode levar a uma vantagem competitiva significativa no mercado.

Curiosidades

Em resumo, a gestão da qualidade em projetos de engenharia é um pilar essencial para o sucesso e a satisfação do cliente. Ela envolve uma série de práticas e ferramentas que, quando implementadas corretamente, levam a resultados de alta qualidade e contribuem para a melhoria contínua da organização.

Curiosamente, muitos dos princípios e práticas de gestão da qualidade originaram-se no setor de manufatura e foram adaptados com sucesso para a engenharia, demonstrando sua versatilidade e importância em diversos campos.

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Engenharia 360

Time Engenharia 360

Grupo de engenheiros e entusiastas liderados por Eduardo Mikail, engenheiro civil e empreendedor apaixonado. Fundador da Mikail Engenharia e do portal Engenharia360.com. Com vasta experiência em grandes construtoras, Eduardo traz sua expertise para inspirar e compartilhar conhecimento. Engajados, inovadores e guiados pelo lema: "Empreender é construir o futuro".

A engenharia e a arquitetura são responsáveis pela construção do mundo não natural que habitamos. Exemplos delas estão por todo o nosso redor e fazem parte do nosso dia-a-dia. Muitas das estruturas resultantes de seus trabalhos seguem sistemas já conhecidos pela maioria da população. Contudo, estrutura de concreto como as lajes aliviadas são tecnologias constantemente aprimoradas como soluções para projetos desenvolvidos por profissionais nestas áreas. Saiba mais sobre elas no texto a seguir, do Engenharia 360!

O que seriam as lajes aliviadas de concreto?

Imagine a construção de uma grande estrutura de prédio, com vários níveis diferentes. Consegue pensar no peso que este conjunto de elementos teria? Será que haveria chances de aliviar um pouco esta carga? Bem, claro que sim!

Já existem algumas soluções em engenharia e arquitetura para isto. Por exemplo, blocos de concreto com isopor incorporado à massa. Também as lajes nervuradas, que é um tipo de laje maciça com pequenas cavidades – as tais nervuras – que são formadas no momento da concretagem, devido à fôrma plástica utilizada. E agora temos também o sistema de ‘lajes aliviadas de concreto’ ou sistema ‘BubbleDeck’, da empresa “BubbleDeck”, uma das principais fabricantes de sistemas de lajes aliviadas de concreto.

concreto sendo aplicado em laje em produção
(imagem extraída apresentação de Engenheiro Aurélio Franceschi, publicado por Instituto de Engenharia)

Opções de execução

Há duas sequências de realização de lajes aliviadas de concreto que podem ser seguidas nas obras de engenharia e arquitetura, dependendo do que for estabelecido em projeto estrutural. No primeiro caso, faz-se a montagem de finas placas cimentícias. Depois são dispostos, sobre isto, as armaduras e os módulos de plástico ou isopor. Já na etapa final é realizada a concretagem e cura da massa. Sim, estes módulos não serão mais retirados, ficando para sempre dentro da laje!

módulos sendo colocados sobre a montagem das placas
(imagem extraída apresentação de Engenheiro Aurélio Franceschi, publicado por Instituto de Engenharia)

O tipo de sequência executiva número dois não é muito diferente. Neste caso, sobre uma fôrma plana comum é, primeiro, colocado uma malha de armação – com o devido espaçamento das bordas da caixa, obviamente. Só depois disso é que são colocados os “módulos de aliviamento”. Em alguns casos também é feito, posteriormente, uma armação complementar. E, por fim, como previsto, a concretagem e cura da laje.

produção de lajes aliviadas, imagem ilustrativa
(imagem extraída apresentação de Engenheiro Aurélio Franceschi, publicado por Instituto de Engenharia)
produção de lajes aliviadas, imagem ilustrativa
(imagem extraída apresentação de Engenheiro Aurélio Franceschi, publicado por Instituto de Engenharia)

Quais as vantagens das lajes aliviadas de concreto para a construção civil?

Como dissemos antes, as lajes aliviadas de concreto são mais uma opção de “aliviamento” do peso geral das estruturas de engenharia e arquitetura. Mas é claro que elas oferecem outras vantagens para o segmento da construção civil; por exemplo, tem a questão estética. É que as superfícies inferiores destas lajes costumam ficar bem lisinhas, melhor dizendo, com um acabamento muito bem feito, deixando as obras com aspecto mais sofisticado – significando mais economia com acabamento.

A parte superior também pode ficar assim, se as placas forem pré-moldadas ou se forem feitas por operários especializados. Isto eliminaria a necessidade de revestimentos – como reboco, pintura, verniz e mais -, permitindo que o concreto fique mesmo aparente.

A saber, segundo um estudo publicado na revista científica “Concrete International”, as lajes aliviadas de concreto podem reduzir o peso das estruturas em até 30%.

imagem ilustrativa de lajes aliviadas de concreto em produção
(imagem extraída apresentação de Engenheiro Aurélio Franceschi, publicado por Instituto de Engenharia)

Por ser uma estrutura mais leve, estas lajes aliviadas de concreto não precisam ser tão escoradas durante a execução como as lajes maciças, por exemplo. Se feitas na fábrica, podem ser mais facilmente transportadas e menos tempo para serem executadas, num menor ciclo de concretagem também.

Em certos casos, não há necessidade alguma do uso de fôrmas de madeira e, além disso, pouca perda de materiais no decorrer do processo de execução do elemento – coisas que ajudam a reduzir o impacto ambiental e os custos finais da obra. E o modo como os módulos são intercalados pelas armaduras faz as lajes serem unidirecionais ou bidirecionais, ou seja, podendo ser orientadas para duas direções.

imagem ilustrativa de lajes aliviadas de concreto em produção
(imagem extraída apresentação de Engenheiro Aurélio Franceschi, publicado por Instituto de Engenharia)

Quais os maiores exemplos de lajes aliviadas de concreto na engenharia e arquitetura?

De fato, as lajes aliviadas de concreto são uma ótima solução para projetos em engenharia e arquitetura, principalmente de edifícios com vãos e alturas maiores. Já existem bons exemplos da aplicação deste sistema tanto fora quando dentro do território brasileiro.

No Brasil, existe a obra da sede da Odebrecht em Salvador, na Bahia. Já no exterior, o Millennium Tower, em Rotterdam, na Holanda – projeto de WZMH Architects e AGS Architecten, concluído em 2000 -; e o novo edifício da Universidade Técnica de Darmstadt, em Darmstadt, Alemanha – construído em 2005.

Millennium Tower
Millennium Tower (imagem de Fred Romero em Wikimedia) – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rotterdam_-Millennium_Tower%282%29.jpg
Universidade Técnica de Darmstadt
Universidade Técnica de Darmstadt (imagem de Grffine em Wikimedia) – https://fr.wikipedia.org/wiki/Universit%C3%A9_de_technologie_de_
Darmstadt#/media/Fichier:Karo5_Eingangsgebaeude_Verwaltungsgebaeude_TU_Darmstadt.jpg

Conhece alguma outra obra exemplo de uso de lajes aliviadas de concreto? Compartilhe conosco na aba de comentários!

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Fontes: Instituto de Engenharia.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

No dia 14 de dezembro de 2023, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fez um anúncio importante, de que estava colocando em operação o Coaraci, um supercomputador que promete revolucionar as atividades no Centro para Computação em Engenharia e Ciências (CCES). Especialistas garantem que essa ferramenta abrirá caminho para descobertas e avanços que moldarão o futuro da computação e da ciência.

Só para se ter uma dimensão desse feito, o Coaraci tem capacidade de 1 PB de armazenamento. Sendo assim, tal tecnologia é considerada uma potência destinada a catalisar pesquisas na instituição, em outras instituições acadêmicas brasileiras e em empresas que demandam computação de alto desempenho. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!

supercomputador da Unicamp - Coaraci
Imagem reproduzida de Unicamp

Especificações Técnicas do supercomputador da Unicamp

O supercomputador da Unicamp, Coaraci, é considerado uma máquina poderosa e versátil, a mais veloz entre as universidades do país. Eis as suas principais especificações técnicas:

  • 13.008 núcleos de CPU AMD
  • 150.528 CUDA Cores
  • 42 GPGPUS NVIDIA A30 de 24 GB
  • 36,6 TB de memória RAM
  • 1 PB de armazenamento BeeGFS

O lançamento do novo cluster ocorreu no Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW), lar do Centro de Computação John David Rogers (CCJDR), onde o supercomputador foi instalado. A cerimônia contou com a presença de ilustres representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além de parceiros fundamentais como NVIDIA, Dell e Versatus.

supercomputador da Unicamp - Coaraci
Imagem reproduzida de Unicamp

A crescente demanda por desempenho no país

Existe uma importância estratégica nesta notícia recém divulgada. Por que projetos como o Coaraci são relevantes atualmente? A explicação é simples: a demanda por computação de alto desempenho no Brasil é grande, especialmente em estados como o de São Paulo, ao mesmo tempo que há uma obsolescência dos dispositivos de computação no país.

Traduzindo, este supercomputador da Unicamp é lançado em um momento crucial para atender o mercado – após atrasos no seu planejamento, que começou em 2019, em decorrência da pandemia. E, nesse cenário, a colaboração do Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Cenapad) foi essencial para a incorporação de tecnologias necessárias às diversas áreas de pesquisa.

A configuração do Cluster Coaraci

Recapitulando então, o Cluster Coaraci é flexível, estando configurado para atender a uma variedade de projetos. Isso inclui, por exemplo, pesquisas voltadas à computação pura até áreas de fronteira, como a bioinformática.

supercomputador da Unicamp - Coaraci
Imagem reproduzida de Unicamp

Embora as notícias veiculadas nas mídias sobre o supercomputador da Unicamp não detalhe como esse equipamento de alta performance será utilizado, ou em que tipo de pesquisa sua tecnologia será explorada, podemos apresentar algumas sugestões neste texto:

  • Treinamento de IA para o desenvolvimento de produtos e serviços e simulações, como de carros mais eficientes e turbinas eólicas mais potentes.
  • Estudo de estruturas e propriedades dos materiais, com simulações, para o desenvolvimento de novos materiais com propriedades específicas, como resistência a altas temperaturas ou leveza.
  • Simulações de processos químicos, como a produção de medicamentos ou a geração de energia, visando sua melhor eficiência e segurança.
  • E análises de grandes conjuntos de dados biológicos, como o DNA e o RNA, para o desenvolvimento de novos medicamentos, diagnóstico de doenças e compreensão da evolução humana.

Considerações Finais | O futuro da computação na Unicamp

A saber, o supercomputador da Unicamp, Coaraci, é considerado um legado duradouro para as futuras gerações. Ele foi adquirido como parte do projeto de renovação do Centro para Computação em Engenharia e Ciências (CCES), que é um dos centros de pesquisa apoiados pelo programa CEPIDs da FAPESP.

Há 13 anos, a Unicamp já havia ativado um supercomputador, o Kahana. Porém, o mesmo, embora ainda desempenhe um papel vital no ambiente acadêmico da instituição, não alcança a mesma capacidade do Coaraci. Como dito anteriormente, com a evolução tecnológica, foi exigida a incorporação de uma tecnologia ainda melhor para atender demandas mais complexas e intensivas em computação.

Concluindo, o Cluster Coaraci representa não apenas um avanço tecnológico, mas também um compromisso da ciência brasileira com sua excelência acadêmica. Sua ativação marca um novo capítulo na história da Unicamp, impulsionando a pesquisa e a inovação em diversas áreas.

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Fontes: Jornal O Estadão, Unicamp.

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