Engenharia 360

Será que os CDs, DVDs e Blue Ray vão voltar? Descubra!

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por Redação 360
| 27/10/2024 | Atualizado em 29/10/2024 4 min
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Será que os CDs, DVDs e Blue Ray vão voltar? Descubra!

por Redação 360 | 27/10/2024 | Atualizado em 29/10/2024
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Nas décadas passadas, estivemos maravilhados com as tecnologias de CDs, DVDs e Blu-rays. Porém, esses discos ópticos acabaram em declínio com a ascensão das soluções de streaming e armazenamento digital em nuvem. Agora, numa reviravolta impressionante, esses formatos podem estar de volta, ressurgindo em um mundo dominado por soluções digitais, graças às novas descobertas em tecnologia de armazenamento óptico (ODS), HVD e mais.

Desafios atuais dos centros de dados

Apesar de todos os avanços tecnológicos, os centros de dados atuais já enfrentam desafios relacionados ao espaço e consumo de energia. Só para se ter uma ideia, o volume global de dados pode atingir até 2025 175 zettabytes, o que preocupa especialistas. A perspectiva é o uso de armazenamento óptico de dados (ODS), uma solução com estrutura tridimensional que permite o "empilhamento" de até 100 camadas de dados em um único disco físico ultrafino.

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tecnologia ODS
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Veja Também: Pequeno cristal armazena 360 TB de dados por 13 bilhões de anos

Armazenamento óptico de dados

Os ODS seriam semelhantes a DVDs, mas com capacidade de armazenamento 10 mil vezes mais do que um disco Blu-ray, por exemplo. Outra grande vantagem oferecida pela nova tecnologia, além de mais espaço, é sua estabilidade. Portanto, tendo um armazenamento potente, confiável e com uma vida útil estimada entre 50 a 100 anos, favorecendo a migração de dados entre dispositivos e formatos sem o comprometimento da integridade das informações.

Aliás, segundo os cientistas, armazenamento óptico, por sua natureza, reduz a necessidade de migrações frequentes de dados. E, ademais, a inovação pode permitir a construção de instalações com capacidades de exabit em espaços muito menores do que os centros de dados tradicionais. Portanto, estamos diante de uma mudança em toda essa dinâmica.

Petabits de dados

Recentemente, pesquisadores chineses anunciaram uma nova tecnologia de disco óptico capaz de armazenar até 1,6 petabits de dados, prometendo ser este o futuro do armazenamento de dados. Mas vale destacar o que realmente significa "petabit".

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Bem, petabit equivale a 1.024 terabits ou 1.000.000 gigabits. Na prática, isso equivale ao armazenamento de aproximadamente 250 milhões de músicas ou 500 milhões de fotos. Nunca na história da engenharia se viu nada igual em termos de registro e preservação de informações digitais.

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Armazenamento em cinco dimensões

Começamos este texto falando dos discos ópticos tradicionais e passamos a falar nos novos discos ópticos, resultados das pesquisas em nanotecnologia. Certamente não poderíamos concluir o artigo sem citar os discos holográficos (HVD, ou Holographic Versatile Disc), muito mais eficientes em termos de espaço e energia, projetados para a gravação de dados em três ou cinco dimensões.

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Normalmente, se utilizavam feixes de luz para criar imagens holográficas, possibilitando a impressão de até 60 mil bits de informação em um único pulso luminoso ou uma capacidade de armazenamento de cerca de 300 GB por disco no mínimo. A nova versão se vale de nanopartículas de ouro para gravar dados em diferentes comprimentos de onda e polarizações de luz. Ou seja, na mesma área em um disco pode conter informações distintas sem que uma interfira na outra.

A saber, em testes iniciais, os novos discos holográficos puderam armazenar 1,6 terabytes de dados; mas a capacidade teórica deles seria de 10 terabytes ou mais.

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Dimensão espectral e a polarização

Atualmente, os cientistas têm explorado diversas dimensões para o armazenamento de dados. A começar pela dimensão espectral, que aproveita ao máximo as características físicas dos comprimentos de onda de luz, onde cada cor vista é uma representação visual de diferentes comprimentos. Já o princípio da polarização, muito utilizado já em óculos de sol e telas de celular, permite gravar diferentes camadas de dados ao modificar o ângulo de incidência de luz, maximizando o uso da superfície de disco.

Transição da indústria e o papel das novas tecnologias

Embora os streamings e as nuvens estejam populares, muitos ainda valorizam, por incrível que pareça, a posse física dos conteúdos. Mas será que isso significa que os consumidores voltarão a investir outra vez em dispositivos que leem CDs, DVDs e Blu-rays? Bom, todas essas mudanças tecnológicas levam um tempo. Por hora, a tendência é que os discos ópticos de cinco dimensões e outras inovações coabitem com os formatos mais antigos por um período, antes que uma nova transição mais ampla ocorra. E vai saber também o que o futuro nos reserva!

Fato é que as novas tecnologias estão revitalizando o interesse por discos físicos. E se os novos formatos forem acessíveis e oferecerem benefícios, a indústria não tardará a adotar sua produção para escala comercial.

Aliás, a gigante coreana Samsung já demonstrou interesse na tecnologia de cinco dimensões, trabalhando em conjunto com cientistas para desenvolver dispositivos de leitura específicos. As previsões indicam que, em cinco anos, poderemos ver dispositivos compatíveis com essa nova tecnologia, o que poderá colocar os discos ópticos de cinco dimensões como uma alternativa viável aos Blu-rays.

Veja Também: Como funcionam os dispositivos de armazenamento?


Fontes: Olhar Digital, TecMundo.

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