Engenheiros mostraram como filmes a base de nanotubos de
carbono podem ser usados na criação de um equipamento que aproveita calor
residual. O aparelho pode aumentar o rendimento de células solares e a
eficiência da recuperação de calor residual em indústrias.
![Engenheiros desenvolvem nanotubos de carbono que transformam calor residual em luz nanotubos](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/07/nanotubos-3.jpg)
Perda de calor em sistemas:
A gente costuma falar bastante sobre geração de energia por aqui, mas nem sempre mencionamos que há perdas nos sistemas, né? Pois bem, o aproveitamento dessas perdas é do interesse da engenharia, na medida em que promove aumento de eficiência, e também tem um caráter sustentável. Olha só:
Uma simulação realizada por pesquisadores da escola de
engenharia da Rice University mostra uma série de cavidades padronizadas em um
filme de nanotubos de carbono alinhados. Quando otimizado, o filme absorve
fótons térmicos e emite luz em uma banda estreita que pode ser reciclada na
forma de eletricidade.
![Engenheiros desenvolvem nanotubos de carbono que transformam calor residual em luz fotons](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/07/nanotubos-2-1024x1024.jpg)
Tratando do conceito, fótons térmicos são simplesmente fótons emitidos por um corpo em alta temperatura. Por exemplo, se você olhar para algum objeto quente com uma câmera de infravermelho, você o verá brilhando, por conta dos fótons termicamente excitados. Essa imagem nos é bastante familiar; então, por que esse calor não é aproveitado como energia? Bem, por uma questão de comprimento de banda.
Aproveitamento do calor residual:
A invenção do grupo da Rice University foi um emissor
hiperbólico termal que pode absorver calor intenso que seria outrora eliminado
para atmosfera. Agora, esse calor é retido em uma banda estreita e emitido na
forma de luz. Basicamente, é um caminho mais longo, onde calor é transformado
em luz e a luz é convertida em eletricidade. É uma forma de aproveitar o que
seria residual, ou seja, tido como perda.
![Engenheiros desenvolvem nanotubos de carbono que transformam calor residual em luz nanotubos](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/07/nanotubos-1-1024x768.jpg)
Quer números? Vamos lá: A adição destes emissores às células
solares padrão podem aumentar sua eficiência em cerca de 22%. “Espremer” toda a
energia térmica desperdiçada em uma pequena região espectral, permite transformá-la
em eletricidade de forma muito eficiente, de acordo com a equipe. A previsão
teórica é de 80% de eficiência. Aguardamos para ver acontecer!
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![Engenheiros desenvolvem nanotubos de carbono que transformam calor residual em luz nanotubos de carbono](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2019/07/nanotubos-5-1024x735.jpg)
Fontes: Rice University. ACS Publications.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.