Por Flavia Garcia
Publicitária, mora há 2 anos e meio em Stuttgart.
Localizado na cidade de Stuttgart, a 600 quilômetros da capital Berlim, o Museu da Mercedes-Benz parece mais uma visita ao futuro, do que ao passado.
Com uma estrutura moderna, é uma imersão na trajetória da marca e de seus fundadores, mas também na evolução do automóvel em meio a acontecimentos importantes da nossa história.
Quando falamos em carros da Mercedes-Benz, associamos a luxo, qualidade e tecnologia. A mais antiga empresa de automóveis do mundo, fundada em 1924 por Karl Benz e Gottlieb Daimler, foi responsável não apenas por veículos, mas pelo desenvolvimento de motores e outras tecnologias que usamos até hoje.
Além do museu, a cidade de Stuttgart também abriga a sede e a fábrica da Mercedez-Benz. A empresa é responsável por empregar uma parte dos estrangeiros que se mudam para a região.
A visita ao museu começa em um elevador bem futurístico que nos leva ao último andar do prédio. É lá que conhecemos o primeiro dos “carros”: o cavalo.
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No mesmo pavimento podemos contemplar o primeiro modelo de automóvel, patenteado em janeiro de 1886 por Karl Benz. Motorwagen, como foi batizado, tinha um motor monocilíndrico de quatro tempos e 954 cilindradas e era capaz de percorrer curtas distâncias e em uma velocidade inferior a 15 km / h.
Curiosidade...
A primeira viagem de carro de longa distância foi feita por Bertha Benz, esposa de Karl Benz, e aparentemente sem o conhecimento do marido. Ela percorreu 194 km na companhia dos dois filhos adolescentes, entre as cidades alemãs de Mannheim e Pforzheim.
No meio do caminho, ela comprou benzina em uma farmácia para usar como combustível, fazendo com que este fosse o primeiro posto de combustível da história.
O circuito continua através de ladeiras circulares que revelam andares temáticos com uma timeline da história do automóvel. A produção em massa permitiu que mais pessoas tivessem acesso a um carro, dando início a um novo comportamento coletivo: as viagens a lazer.
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Ao longo de todo o percurso, estão instalados painéis onde podemos ver ano a ano acontecimentos históricos importantes e como eles se relacionam e evoluem no mesmo passo que a tecnologia e as engenharias.
As grandes guerras e os arsenais mais eficazes entre uma e outra, as mudanças políticas, as viagens espaciais, as pesquisas científicas… Como a história de um engenheiro mecânico alemão que descobriu por acidente um raio capaz de revelar o que há por baixo do tecido humano. Pela descoberta, ele ganhou o Primeiro Prêmio Nobel de Física em 1901.
Esse cuidado em documentar o progresso tecnológico é para mostrar como o desenvolvimento e investimento em um setor beneficia vários outros. Projetar um motor mais potente requer conhecimentos que favorecem o avanço em outras áreas.
E por falar em motor… Por que Mercedes-Benz?
Foi em 1899, quando um empresário rico encomendou aos engenheiros de Karl Benz um motor novo e mais rápido. Ele prometeu comprar 36 automóveis se nomeasse o novo motor com o nome de sua filha: Mercedes.
Já nos últimos pavimentos, é possível visitar uma área totalmente dedicada aos carros famosos da Mercedes-Benz, aqueles sendo estrelas de filmes ou que pertenceram a alguma celebridade.
Estamos falando do papamóvel, carro da Lady Di, Nicolas Cage, Jurassic Park… Tem até foto do artista com o automóvel. Vale uma paradinha mais demorada nessa ala!
Na última parte, a emoção toma conta com os carros de corrida. Mesmo estáticos, a impressão que se tem é que estão em movimento, com o ambiente tomado pelo som dos motores e um show de cores vibrantes para os amantes de carros.
Antes de encerrar a visita, a Mercedes-Benz joga nossa imaginação lá para frente, com a projeção do que serão os carros voadores e de tudo que se espera para o futuro do automóvel.
O museu abre para visitas de terça a domingo e o ingresso custa 10 euros.
Antes de deixar este artigo, veja outras imagens do Museu da Mercedes-Benz:
Fontes: Mercedes-Benz.
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Eduardo Mikail
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