Cientistas da Universidade de Linköping, na Suécia, criaram um músculo artificial, que funciona de um jeito muito parecido com os nossos: ele obtém energia por um mecanismo que usa glicose e oxigênio. A relevância disso? Bem, este músculo artificial poderia revolucionar a engenharia biomédica e o mundo das próteses.
Importância deste músculo artificial:
Os músculos artificiais desenvolvidos são feitos de um
polímero especial, abrindo o futuro para próteses implantáveis e microrobôs que
utilizam energia do mesmo modo que humanos.
O mundo das próteses tem visto avanços significativos,
especialmente na última década. No entanto, esta recente criação pode mudar e
melhorar a vida de muitas pessoas que vivem com membros artificiais.
O que foi desenvolvido?
Da perspectiva de engenharia, ocorre o seguinte: O acionamento das próteses, sem restrições, é importante para que os dispositivos robóticos atinjam o movimento autônomo, o que é geralmente ativado com o uso de baterias. O uso de enzimas para fornecer a carga elétrica necessária é particularmente interessante, pois permitirá a coleta direta de componentes de combustível de um fluido circundante. A descoberta é que agora um músculo artificial macio é e ele usa a glicose como biocombustível na presença de oxigênio.
Em mais detalhes:
A equipe usou um "atuador de polímero" feito de
polipirrol. O polipirrol
é um polímero de pirrole, um composto orgânico, e possui altas propriedades eletrocondutivas,
podendo alterar seu volume quando submetido a uma corrente elétrica.
Os pesquisadores criaram o músculo, formando o polímero em
duas camadas com uma membrana fina entre eles. Quando uma carga elétrica é
colocada em um lado do polímero, os íons no polímero são expelidos através da
membrana, encolhendo a folha.
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Essa carga, de acordo com a equipe de pesquisadores, pode
derivar de uma bateria, mas também de glicose e oxigênio, uma vez que o polímero
é coberto com enzimas, assim como nossos músculos orgânicos.
O que resta agora a ser descoberto é como controlar a reação e se ela pode ou não ser repetida em ciclos. Estaremos atentos para mais novidades!
Fonte: New Atlas.
Trabalho original: Advanced Materials.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.