Engenharia 360

Engenheiros mecânicos desenvolvem modelo de tumor mais próximo da realidade

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 10/04/2020 2 min

Engenheiros mecânicos desenvolvem modelo de tumor mais próximo da realidade

por Larissa Fereguetti | 10/04/2020
Engenharia 360

A ciência busca comprender sobre tumores e como é o seu crescimento e propagação no corpo humano. Nesse sentido, quanto mais ela consegue recriar esses processos em laboratório, maior a compreensão sobre eles, permitindo também ampliar a procura por curas e tratamentos.

E o que a engenharia tem a ver com a história? Tudo, tanto que uma equipe de engenheiros mecânicos do Rensselaer Polytechnic Institute desenvolveu uma nova técnica que cria um modelo in vitro para estudar tumores complexos que se aproxima muito das células cancerígenas encontradas no corpo humano.

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Kristen Mills, professora de engenharia mecânica, aeroespacial e nuclear da instituição, afirma que “Chegamos mais perto da arquitetura de como o colágeno é organizado no tecido do que qualquer outro modelo baseado em colágeno até o momento”. O colágeno compõe a estrutura externa de uma célula, a matriz extracelular, a qual descobriram que desempenha um papel na progressão do câncer.

pesquisadores dos modelos de tumores em laboratório vestindo jaleco
Imagem: news.rpi.edu

Como é o modelo de tumores?

Segundo o site do próprio Rensselaer Polytechnic Institute, no ambiente tumoral, o colágeno forma feixes fibrosos que atuam como uma espécie de caminho, sobre a qual as células cancerígenas migram para fora do tumor, a fim de invadir outros tecidos. Acredita-se que esses feixes fibrosos permitem que as células se espalhem mais facilmente, mas esse não e um processo completamente entendido.

pesquisadores dos modelos de tumores em laboratório manipulando aparelhos
Imagem: Rensselaer Polytechnic Institute via YouTube

A equipe de pesquisadores conseguiu encontrar a combinação adequada para induzir o colágeno para formar feixes de microescala. Com eles , foi possível criar um canal microfluídico como seria dentro do corpo humano. Esses feixes criados substituem os géis fibrosos em nanoescala que são normalmente usados nessas pesquisas.

A nova abordagem fornece um modelo mais preciso e mais controlado, o qual é capaz de simular a estrutura do tecido no corpo. Agora, eles esperam que essa pesquisa abra caminho para mostrar a importância de modelos de tumores mais complexos e mais próximos da realidade.

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O artigo científico com toda a pesquisa está no site da Elsevier.

O que você achou da pesquisa? Conta para a gente nos comentários!

Referências: Rensselaer Polytechnic Institute.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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