Engenharia 360

Mas afinal, o que fazer após me formar em Engenharia?

Engenharia 360
por Lucie Ferreira
| 03/05/2016 | Atualizado em 03/05/2024 4 min

Mas afinal, o que fazer após me formar em Engenharia?

por Lucie Ferreira | 03/05/2016 | Atualizado em 03/05/2024
Engenharia 360

Com o término da graduação, as dúvidas se multiplicam na nossa cabeça: “O que devo fazer após me formar em engenharia? Devo iniciar um curso de especialização assim que termino a faculdade? Qual curso é o ideal para meu destaque no mercado de trabalho, similar ao que formei na graduação ou de uma área diferente?”.

O mercado de trabalho, que sempre foi competitivo, em meio a um período de crise apresenta um acirramento ainda maior, e na área da Engenharia não é diferente. Após o término da graduação os desafios continuam, e adquirir novos conhecimentos e experiências é fundamental.

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Imagem: Universia

Pensando nestas dúvidas, o Engenharia 360 conversou com dois professores da área que salientam a importância de se iniciar um curso de especialização, independentemente da situação do mercado, se mais aquecido ou retraído. Para Eduardo Marques, professor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, a especialização, mesmo sendo fundamental, não precisa necessariamente ser iniciada logo após a graduação. “Entendo que talvez seja melhor atuar um pouco no mercado, de maneira a identificar a área que mais agrada ao engenheiro. Mas sem pós-graduação, no curto prazo, o mercado fica muito restrito. Assim, considero fundamental a realização de especialização e/ou mestrado e doutorado”, salienta Marques.

Para Mara Telles Salles, professora e pesquisadora do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal Flumimense (UFF), no Rio de Janeiro, novos conhecimentos para além dos já adquiridos na graduação esperam pelos estudantes nos cursos de pós-graduação, mestrado ou doutorado: “A especialização é uma forma de você já trabalhar com cenários reais e situações do dia a dia de um engenheiro. Muitas das vezes, situações que ele ainda vai vivenciar, à medida que sua carreira evoluir. É sempre bom aliar a experiência profissional com o estudo especializado, pois isso reduz erros”.

+ E para os formados em Engenharia Civil?

A Engenharia também sofre com a recessão econômica, o que leva a uma diminuição nas oportunidades, assim como ocorre com tantas outras profissões. O professor Eduardo Marques salienta, entretanto, que a tendência é que o cenário mude a médio prazo. Na Engenharia Civil, por exemplo, com o déficit em infraestrutura, é possível ver de forma mais clara esta nova perspectiva.

E pensando nesta carreira, Marques aponta oportunidades que considera promissoras para os formados em Engenharia Civil, como a Geotecnia, a área de Transportes e Construção Civil. Os cursos voltados à gestão, e que complementam os conhecimentos para além dos técnicos são sugeridos por Mara, pois os engenheiros, em diferentes momento de suas carreiras podem assumir cargos em que são responsáveis pela liderança de outros profissionais, o que torna a formação em gestão muito importante.

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+ E para quem quer se especializar em uma área distinta?

É possível se formar em uma área, mas buscar especialização em outra, como forma de complementar a formação acadêmica e aumentar as oportunidades de atuação no mercado de trabalho. Quando a especialização buscada é em Engenharia Civil, por exemplo, nada impede que um profissional graduado em Engenharia da Produção inicie o curso.

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Imagem: Universia

Mas é necessário atentar que, mesmo com a possibilidade de profissionais graduados em uma área se especializarem em um curso distinto da Engenharia, há especificidades quanto às responsabilidades dos profissionais. Por exemplo, cabe ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) a regulamentação, em âmbito nacional, da profissão do engenheiro. Não é possível que um profissional sem graduação em Engenharia Civil assine projetos relacionados à construção civil, por exemplo.

Por sua vez, cabe aos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA), em nível regional, regular as competências de cada engenharia. “O engenheiro precisa verificar se o curso de especialização almejado é reconhecido pelo MEC e se possibilita ou não uma habilidade específica, que constará em sua carteira do CREA. O engenheiro de produção deverá saber quais as suas possibilidades ao realizar a especialização que deseja, em Engenharia Civil. Entretanto, existem cursos de especialização que atendem a todas as engenharias porque se voltam a disciplinas necessárias ao gestor de qualquer nível dentro da organização”, explica Mara.

+ O perfil profissional esperado

Independentemente das escolhas de cursos, o que se espera é que os engenheiros tenham visão crítica, aliada a uma boa formação acadêmica. Se houver experiências no mercado, é ainda melhor, pois existe a possibilidade de aplicar na prática o conhecimento teórico. O curso de especialização passa a ser um diferencial no currículo e que faz valer a pena todo o esforço dos profissionais.

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Imagem: Guia do Estudante

E você? Já se formou ou está prestes a se formar? Conta pra gente o que pretende fazer!

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Lucie Ferreira

Jornalista especializada.

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