Considerando os desafios que o mercado nacional de alimentação tem vivido em função da pandemia de coronavírus, a 3ª edição da SancaThon reuniu quase 500 participantes. O objetivo da maratona tecnológica foi criar novos produtos, serviços e tecnologias para o setor alimentício, considerando os novos comportamentos do consumidor.
A SancaThon
A SancaThon é uma maratona de desenvolvimento de tecnologia criada em 2018 pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. A competição fomenta a cultura empreendedora e estimula que os participantes desenvolvam projetos pensando em inovação direcionada. Além disso, conta com mentores e treinamentos, com o intuito de auxiliar a elaboração de protótipos e modelos de negócios viáveis.
Neste ano, a SancaThon foi realizada em conjunto pelo Centro Avançado EESC para apoio à Inovação (EESCIn), Cargill, Núcleo de Empreendedorismo da USP São Carlos (NEU-SC) e pela Semana da Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL). Seguindo as tendências do cenário da pandemia de coronavírus, esta 3ª edição da SancaThon foi 100% online. Em ambiente virtual, a maratona conseguiu reunir aproximadamente 500 participantes, distribuídos por 22 estados e 127 municípios. O desafio foi desenvolver, em pouco mais de duas semanas, ideias e soluções para o mercado nacional de alimentos.
FoodTrends
FoodTrends é o nome da plataforma digital vencedora da SancaThon. Ela foi desenvolvida por: Júlio Vazquez Manfio e Gabriel Valbon Beleli, engenheiros de alimentos; Talles Viana Vargas e Vitor Galassi Luquezi, engenheiros eletricistas; e Caique Antonelli Maurano, analista de desenvolvimento de sistemas.
A plataforma FoodTrends utiliza técnicas de mineração de dados e inteligência analítica para coletar e interpretar informações de apps de delivery. Dentre elas, características operacionais e cardápios de restaurantes.
A FoodTrends tem por objetivo que indústrias e distribuidores de alimentos estejam cientes do consumo potencial de uma região. Além disso, compilar as demandas por produtos e insumos e tendências de mercado. Todos esses dados seriam aplicados como ferramentas que auxiliariam empresários a elaborar estratégias. Os idealizadores da plataforma estimam que ela esteja em funcionamento em até quatro meses.
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EESC-USP e Cargill
A maratona promovida pela EESC-USP e Cargill trouxe dezenas de instituições do food servisse para o evento. Essa rede colaborativa, de acordo com o professor Daniel Magalhães diretor do Centro Avançado EESC para apoio à Inovação (EESCIn), trouxe até empresas concorrentes para uma atuação cooperativa.
Outra colocação do professor Magalhães foi sobre o formato online da competição. Não é só de videochamadas que estamos falando. “Acho que nos reinventamos em termos de competição, pois o formato diferente devido ao período de quarentena, na verdade, possibilitou a expansão do evento. Outro ponto foi o tipo de desafio, que apesar de estar delineado antes da pandemia, acabou sendo aplicado em um dos setores que mais tem sofrido e que precisa de ajuda e soluções imediatas. Prova de sucesso foi o de termos um acerto de negócio durante a live de premiação entre jurado e o grupo vencedor”, revelou para a Assessoria de Comunicação da USP.
A Cagill também se manifestou por meio de Thiago Theodoro, seu líder de food service. Ele reiterou que a união durante a maratona foi determinante para os bons resultados alcançados pela SancaThon. Além disso, parabenizou a USP por ter conectado tantos parceiros e por ter “unido a jovialidade de um estudante, às vezes de primeiro semestre, com profissionais que têm mais de 20 anos de mercado. Foi um movimento que ultrapassou as barreiras da competitividade e da concorrência”.
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Fonte: Assessoria de Comunicação SEL/USP.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.