Engenharia 360

A Verdade Chocante por Trás dos Para-Raios: Proteção Essencial para Arranha-Céus e Condomínios

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por Redação 360
| 27/02/2024 4 min
Imagem de vecstock em Freepik

A Verdade Chocante por Trás dos Para-Raios: Proteção Essencial para Arranha-Céus e Condomínios

por Redação 360 | 27/02/2024
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Recentemente, viralizou na Internet imagens de um raio atingindo o topo do maior arranha-céu da América Latina, o One Tower, localizado em Balneário Camboriú. O edifício tem 290 metros de altura e um sistema de para-raios para proteção contra descargas elétricas que faz direcionar esse tipo de eletricidade para o solo através dos pilares sem danificar a estrutura e, assim, proteger os moradores.

para-raios arranha-céu
Imagem de @mauridasilvagiovanellaigsh reproduzida de NSC Total

Esse evento antes narrado levanta a questão: como funcionam os para-raios que vemos instalados nos edifícios mais altos do Brasil? O artigo a seguir explora a importância dessa tecnologia, os tipos ideais e legislação relacionada. Confira!

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O que são e como funcionam os para-raios?

Antes de explicarmos a importância dos para-raios precisamos entender como essa tecnologia funciona. Pois bem, os para-raios são dispositivos de proteção instalados no topo de edifícios e estruturas elevadas, como torres de observação e torres de antenas. São próprios para dissipar descargas atmosféricas, comumente conhecidas como raios, de forma segura para o solo.

Resumindo, durante uma tempestade, as hastes dos para-raios atraem as descargas elétricas dos raios, conduzindo a eletricidade pelo cabo de descida para a terra, evitando que a carga elétrica atinja a estrutura protegida.

Pensando nos grandes centros urbanos, podemos imaginar como os para-raios tornam-se essenciais e porque estão dominando cada vez mais as paisagens das cidades. Quanto mais altas são as construções feitas pelo homem, mais questões como essa precisam entrar na pauta dos itens essenciais de projetos arquitetônicos. Afinal, segurança em primeiro lugar!

para-raios arranha-céu
Imagem reproduzida de Lightning Protection, MTO

Qual a importância dos para-raios em arranha-céus?

Obviamente, por tudo que explicamos antes, entende-se que os para-raios são fundamentais em obras de arranha-céus, com o propósito de proteger essas estruturas de danos causados por raios. A altura desses edifícios é mesmo muito imponente, por isso, estão mais suscetíveis a serem atingidos por raios durante tempestades. O que acontece se não houver para-raios? Bem, os danos podem ser catastróficos!

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Quais condomínios precisam de para-raios?

Antes de tudo, é preciso dizer que, embora todos os edifícios estejam sujeitos a raios, a instalação de para-raios nem sempre é uma exigência legal para condomínios de menor porte. No Brasil, só edifícios com mais de 1500 m² ou acima de 30 metros de altura devem possuir um SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) instalado para minimizar danos causados por raios. No entanto, vale a avaliação dos especialistas para considerar os riscos potenciais de danos estruturais e perigos à vida humana.

Legislação Brasileira sobre Para-Raios

Em território brasileiro, para projetos de para-raios, os profissionais devem considerar, além de características locais e condições ambientais, o que recomenda a ABNT NBR 5419. Esta norma técnica estabelece diretrizes para instalação, inspeção e manutenção de SPDA. A falta de conformidade pode resultar em multas e sanções.

para-raios arranha-céu
Imagem de Freepik

Veja Também: O Cristo Redentor enfrenta a fúria dos raios: como sua engenharia de para-raios o protege

Quais os tipos ideais de para-raios que existem?

Os tipos de para-raios mais utilizados no Brasil são o Franklin e o Melsens - alguns especialistas inclusive recomendam a instalação de ambos para maior proteção de arranha-céus. O primeiro é composto de uma haste metálica que conduz toda a energia do raio até o solo. Já o segundo utiliza uma malha de fios metálicos no topo do edifício.

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Além desses para-raios, podemos encontrar outros modelos nos livros de física. Por exemplo, a Gaiola de Faraday, que utiliza, assim como diz o nome, uma gaiola metálica ao redor da estrutura do prédio para proteger seu interior contra descargas elétricas. E, por fim, para-raios Íon-Mobilidade, que emprega tecnologia avançada para detectar e neutralizar as cargas elétricas antes mesmo de atingirem a estrutura do edifício.

Em suma, condomínios, arranha-céus e todas as estruturas elevadas devem priorizar a implementação de sistemas de para-raios em conformidade com a legislação vigente, assegurando assim a segurança de todos. A escolha por um tipo ou outro de para-raios vai depender das características da obra e das condições climáticas da região onde ela se encontra.

para-raios arranha-céu
Imagem de wirestock em Freepik

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Fontes: Lumus Engenharia Elétrica, Engenharia Adequa.

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