Engenharia 360

Estudante de matemática constrói reator nuclear em casa usando IA

Engenharia 360
por Redação 360
| 10/10/2024 | Atualizado em 29/11/2024 4 min
Imagem de R.J. Johnston, Toronto Star, reproduzida de Mundo Conectado

Estudante de matemática constrói reator nuclear em casa usando IA

por Redação 360 | 10/10/2024 | Atualizado em 29/11/2024
Imagem de R.J. Johnston, Toronto Star, reproduzida de Mundo Conectado
Engenharia 360

Já parou para pensar como a Inteligência Artificial já impacta as nossas vidas. Mas, calma, isso não é necessariamente uma coisa ruim! Com essa tecnologia podemos acelerar muitos projetos de engenharia, levando a grandes inovações. Veja esse exemplo: um estudante de matemática, Hudhayfa Nazoordeen, da Universidade do Waterloo, no Canadá, conseguiu criar um modelo teste de mini reator nuclear em sua própria casa usando IA. Incrível, não é mesmo?

O que torna essa história ainda mais impressionante é que o jovem, na ocasião, nem tinha experiência prévia de montagem de equipamentos ou de fusão nuclear. Bastou ele ver um tutorial na Internet e, com um orçamento de US$ 2 mil e a ajuda de um chatbot, conseguiu realizar tal feito grandioso que muitos engenheiros só sonham. Saiba mais sobre essa história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

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reator nuclear
Imagem reproduzida de X via UOL

Motivações e desafios por trás do projeto

Nazoordeen, de apenas 21 anos, decidiu se lançar em uma das mais ambiciosas empreitadas, construir um reator de fusão nuclear. Desafiado a resolver esse problema complexo, só poderia utilizar peças adquiridas online e a orientação de uma Inteligência Artificial chamada de Claude, da Anthropic. Porém, ele jamais havia trabalhado com fusão nuclear, nem mesmo com hardware. Então, só a IA mesmo para salva-lo nesse processo de passo a passo para montagem.

Óbvio que, antes, Nazoordeen estudou os componentes necessários (lendo artigos relevantes) e reuniu todas as peças básicas, como a câmara de vácuo e o transformador. Dias depois, ele construiu a câmara principal e o circuito retificador - fundamentais para a conversão das correntes elétricas de reatores. E para finalizar, integrou um transformador de sinal neon - crucial para geração de tensões de até 15 mil volts (via microcontrolador, para desenvolver pressão com transdutor de vácuo). Assim, o reator começou a funcionar, atingindo pressão de 25 mícrons.

reator nuclear
Imagem de Hudhayfa Nazoordeen reproduzida de Revista Galileu

A saber, no geral, tudo deu certo. A única coisa é que esse reator caseiro não alcançou a temperatura necessária para iniciar a fusão nuclear - mas será que Nazoordeen queria mesmo chegar tão perto disso? Nos registros de imagem do matemático, é fascinante observar a luz roxa gerada pelo dispositivo durante testes.

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reator nuclear
Imagem reprodução rede social via Revista Galileu

A IA na nova era de informação científica

Sem dúvidas, o projeto de Nazoordeen é um marco por diversos motivos. Antes de tudo, ele mostrou a capacidade da Inteligência Artificial em guiar experimentos científicos, mesmo que sejam complexos. Também em como ferramentas acessíveis, incluindo tutoriais de IA, podem permitir inovações em áreas que, até então, estavam limitadas a grandes laboratórios e orçamentos bilionários. A exemplo dos reatores, vistos como promessa de energia limpa e ilimitada.

Então, o que Nazoordeen provou é que avanços tecnológicos podem estar ao alcance de qualquer pessoa com determinação e as ferramentas certas!

Neste caso, o chatbot Cloude ajudou nas verificações das conexões dos circuitos e monitoramento do sistema de pressão, garantindo que tudo funcionasse corretamente. Em outros momentos, essa IA generativa se comportou como uma espécie de "mentor virtual" ou "segundo cérebro", fornecendo informações rápidas e precisas assim que solicitada. Mas será que isso está correto? Até onde devem ir os limites da interação entre humanos e máquinas na ciência moderna?

reator nuclear
Imagem de R.J. Johnston, Toronto Star, reproduzida de Mundo Conectado

O futuro da Engenharia Nuclear com as IAs

As IAs podem ser ferramentas poderosas para solucionar tarefas complexas e ainda ajudar as pessoas a adquirirem novos conhecimentos e habilidades. É a democratização da ciência! O lado positivo é a abertura de novas perspectivas para o desenvolvimento de tecnologias cruciais. E é claro que, quanto mais a tecnologia avançar, essa facilidade de aprendizado, produção, execução, descoberta e inovação será maior!

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Especialistas questionam até onde as IAs podem nos levar. Pense bem, se um estudante sem experiência prévia foi capaz de construir um reator nuclear, o que poderia ser feito por alguém com ainda mais conhecimento? É a velha história: vamos usar todo esse poder para o bem ou para o mal?

Neste momento, os planos de Nazoordeen é continuar seu trabalho na área de fusão nuclear. Ele busca parcerias para financiar um fusor maior, mais complexo, utilizando campos elétricos para aquecer íons e facilitar reações nucleares. O objetivo? Transformar um dia sua invenção em fonte real de energia limpa. É ou não uma história fascinante?

Veja Também: O que são e como funcionam os reatores nucleares?


Fontes: UOL, Click Petróleo e Gás, Mundo Conectado, Revista Galileu.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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