Quando é que você já conseguiu escrever com água? Vamos supor que, talvez, com uma mangueirada contra um piso sujo, não é? Agora, imagine realizar escrita na água e até em outros líquidos. Isso é bem diferente, e é justamente o que conseguiram recentemente alguns cientistas alemães. Essa conquista representa uma prova de conceito do potencial da técnica de troca de íons. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
Como os pesquisadores conseguiram escrever na água?
Vamos refletir bem sobre esse caso! Sabe-se que, tradicionalmente, a escrita depende de superfícies sólidas para manter traços fixos devido às forças moleculares. Se levarmos isso ao pé da letra, podemos dizer que escrita na água é impossível, não? Porém, os cientistas desenvolveram microesferas minúsculas que se movem na água sem causar turbulências significativas.
O que essas esferas fazem é usar um sistema de troca de íons para conseguir atrair partículas de tinta. Desse jeito seria possível marcar a água, criando desenhos ao mover o recipiente. E vale destacar que, sendo a tinta tornada sensível à luz UV, seria mais fácil fixar as linhas e letras no lugar por mais tempo.
Talvez estejamos num momento de revolução da escrita em meios líquidos, incluindo a escrita contínua, interrupções entre letras e correções.
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Qual foi o tamanho do padrão desenhado pelos pesquisadores para escrever na água?
Num determinado experimento, os pesquisadores movimentaram um recipiente para escrever na água usando uma microesfera com cerca de 20 a 50 micrômetros de diâmetro; a mesma não causava turbulências na água, mas mudam o pH local da água.
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Os cientistas inclinaram o recipiente, permitindo que a microesfera mudasse o pH local da água. Isso provocou uma atração das partículas de tinta em direção às áreas por onde passava, deixando a região marcada. Isso permitiu a escrita contínua no líquido.
Espera, isso até que lembra alguma coisa! Sim, a escrita realizada por aviões, que usam o ar como tela para deixar uma mensagem em fumaça; isso é feito através da emissão de fumaça de maneira controlada para criar letras ou símbolos no céu. E tem ainda técnicas como a litografia de sondas e a polimerização, para escrever debaixo d'água.
O resultado do experimento com escrita na água usando a técnica descrita pelos pesquisadores alemães foi de um padrão do tamanho de uma moeda, cuja escrita foi do tamanho do pingo de uma letra "i" em fonte 18.
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O que os pesquisadores planejam fazer no futuro para aprimorar essa técnica?
Vale destacarmos que tipo de vantagem essa técnica da escrita na água pode oferecer. Bem, em relação a outras formas de escrita, ela permite escrever em fluidos sem criar turbulência no meio. Seu aprimoramento - controlando a ativação e desativação da troca de íons - poderá criar linhas contínuas, fazer quebras entre as letras, apagar e corrigir o que foi escrito, e tornar a tinta "adesiva" sensível à luz UV para maior durabilidade.
Pense grande! Pode ser que, no futuro, essa técnica ganhe muitas possibilidades práticas e interessantes. Imagine poder escrever na água de piscinas e tanques, talvez numa situação de festa ou outros eventos especiais, como em pesquisas de escolas e faculdades. Seria possível fazer anotações em frascos de laboratórios, para um melhor acompanhamento da documentação; anotações em aquários públicos, com mensagens temporárias para os visitantes ou informações sobre os peixes e animais marinhos; um jeito criativo de fazer publicidade e marketing em eventos ao ar livre; escrita criativa para obras temporárias de artistas; marcação e efeitos visuais em pontos de apresentações de esportes aquáticos; e mais situações interessantes ara escrita em ambientes subaquáticos.
O que achou desta notícia e de todo o potencial dessa técnica descrita? Escreva suas sugestões de aplicações práticas na aba de comentários!
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Fontes: Olhar Digital.
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Eduardo Mikail
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