Engenharia 360

Descubra a engenharia por trás dos fogos de artifício

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 31/12/2018 | Atualizado em 22/11/2021 3 min

Descubra a engenharia por trás dos fogos de artifício

por Larissa Fereguetti | 31/12/2018 | Atualizado em 22/11/2021
Engenharia 360

Com a chegada do ano novo, é bem provável que você escute muitos fogos de artifício no momento da virada (a não ser que esteja em uma cabana isolada no alto de uma montanha). Por trás daquele show (que pode ser assustador para pessoas e animais), há várias técnicas envolvidas responsáveis pela explosão de cores. Quer saber como isso acontece? Descubra a engenharia por trás dos fogos de artifício!

engenharia por trás dos fogos de artifício
Imagem: fundospaisagens.com

A descoberta dos fogos de artifício

Os fogos de artifício funcionam através de pólvora. Essa substância foi descoberta pelos chineses por volta do século XI. Foram eles que também inventaram os fogos de artifício. Porém, naquela época, consistia em colocar a pólvora em um caule de planta verde (que, sozinho, já fazia um barulho de explosão quando lançado no fogo). A partir daí, houve evolução a aprimoramento até chegar aos fogos que conhecemos hoje.

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engenharia por trás dos fogos de artifício
Imagem: scibreak.com.br

A engenharia por trás dos fogos de artifício

Os fogos de artifício são, basicamente, dispositivos envolvidos em cartuchos de papel, normalmente cilíndricos, com propelente na parte inferior e uma “bomba” na parte superior. Na bomba, são depositados os pacotes com sais responsáveis pelas cores e efeitos. Há um pavio para o propelente (que queima mais rápido) e um para a bomba (mais lento, que deve explodir apenas no céu).

A pólvora possui, além do nitrato de potássio, perclorato de potássio ou clorato de potássio. Tais compostos são oxidantes e altamente explosivos. Assim, a explosão e a claridade são maiores. São usados sais de potássio e não de sódio porque o sódio absorve água da atmosfera mais facilmente e tornam a armazenagem dos fogos de artifício mais difícil.

engenharia por trás dos fogos de artifício
Imagem: sandypines.com

Aquelas cores bonitas que vemos são o resultado da incandescência e da luminescência. A primeira, é a luz proveniente do aquecimento de substâncias, enquanto a segunda é resultante da emissão de energia na forma de luz. Quando ocorre a explosão da pólvora, a energia excita os átomos dos elementos químicos dentro da bomba. Os elétrons vão para níveis mais elevados de energia e, quando retornam, liberam energia na forma de luz colorida.

Cada elemento químico é responsável por uma cor: amarelo (sódio), azul-esverdeado (cobre), branco metálico (magnésio), vermelho (cálcio), vermelho carmim (estrôncio), verde (bário) e violeta (potássio). Os desenhos formados dependem da forma como os pacotes de sais estão arranjados na bomba.

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Imagem: portalacontecern.com.br

Cuidado!

Atenção [futuros(as)] engenheiros(as) . Se você pretende comemorar bastante o final do ano soltando fogos de artifício ou estiver perto de quem for soltar, seja um engenheiro de responsa e fique atento a algumas dicas!

  • Em primeiro lugar, tenha certeza de que está sóbrio o suficiente para manusear os fogos de artifício;
  • Compre fogos de artifício apenas em lojas vistoriadas. Não arrisque tentando fazer aquela gambiarra caseira. É a sua vida e a de várias outras pessoas que está em jogo;
  • Siga as instruções e saiba o que está fazendo: é, o “trust in me, I’m an engineer” não cola dessa vez.
  • Faça isso apenas em locais espaçosos, descobertos e com circulação de ar;
  • Tire o rosto do caminho (o seu e o dos outros!) e nada de colocar em garrafas, tijolos, etc.;
  • Não tente reacender o foguete se ele não funcionou na primeira tentativa;
  • Cuidado com os animais! Cachorros, por exemplo, tendem a ficar muito assustados com foguetes. Então, garanta que os iti malia estejam protegidos do barulho e do perigo.
engenharia por trás dos fogos de artifício
Imagem: koreainphotos.wordpress.com

Fontes: GalileuQuiprocura; Corpo de Bombeiros.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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