Chamado carinhosamente de Dyret, o robô pode ajustar o comprimento de suas pernas para adaptar o corpo à superfície. Dyret é um termo norueguês para "o animal". Além disso, é um acrônimo para Dynamic Robot for Embodied Testing (Robô Dinâmico para Teste Corporizado). O trabalho tem origem no projeto EPEC - Engineering Predictability with Embodied Cognition, da Universidade de Oslo (UiO).
Ao longo do caminho que percorrer, o Dyret pode memorizar características do solo. Dessa forma, ele fica melhor equipado da próxima vez que encontrar características semelhantes.
Segundo o conferencista sênior do Departamento de Informática da UiO, Tønnes Nygaard, o robô é a prova de que é possível realizar estes avanços com a tecnologia atual. Além disso, afirma que as pesquisas mostram "os benefícios de um robô que possa adaptar continuamente sua forma corporal".
Dyret aprende a andar aos poucos
A princípio, o robô poderia se adaptar a diferentes ambientes, em condições não muito extremas. Em seguida, Nygaard passou meio ano com outros pesquisadores de robôs na Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO) na Austrália, onde eles se especializaram em testar robôs de autoaprendizagem ao ar livre.
"Isso era considerado muito difícil de conseguir no mundo real. Por meio do robô e de nossos experimentos, definitivamente mostramos que é possível", disse Nygaard. Acredita-se que o mecanismo do quadrúpede Dyret poderia facilmente ser aplicado a outros projetos de robô.
Usos na agricultura, mineração e resgates
O objetivo do doutorado de Nygaard é provar que é possível desenvolver o Dyret para que ele execute funções importantes algum dia. “Isso é benéfico em ambientes onde o robô pode enfrentar muitos desafios inesperados. Isso inclui operações de busca e resgate, mas também agricultura, onde existe uma ampla gama de superfícies e condições climáticas desafiadoras”, diz Nygaard.
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Ele também menciona a exploração de minas, assim como demais lugares que demandam uma logística complexa. Quem sabe uma viagem até Marte, entre outras missões espaciais. “Acho que os robôs espaciais, em princípio, poderiam facilmente ter essa tecnologia, porque muitas vezes enfrentam tarefas imprevistas. Se eles tivessem a oportunidade de se adaptar ou se consertar, teria sido bom”, diz Kyre Glette, pesquisador associado.
É claro que isso vai demorar. Afinal, a indústria espacial não aplica novas tecnologias da noite para o dia, pois se deve ter absoluta certeza de que tudo funciona após o pouso. “Se você enviar um robô para Marte, é melhor que funcione”, disse Nygaard.
Fontes: UiO; Titan; Techxplore.
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Eduardo Mikail
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