Muitas pessoas se perguntam "por que investir em um projeto arquitetônico?". Hoje nós vamos te dar uma boa razão! Por exemplo, sabia que é possível aliar a estética de uma construção a estratégia de marketing de uma empresa? Exatamente! Podemos utilizar a arquitetura comercial como uma forma positiva de impulsionar as vendas do nosso comércio, melhorando a experiência dos clientes. Saiba mais sobre isso no texto a seguir!
Por que investir em arquitetura comercial?
Quem entra em um estabelecimento comercial sempre espera encontrar algo, isto é fato! E a arquitetura pode ajudar a apresentar melhor a este público os tipos de produtos ou serviços oferecidos no local visitado. Ela faria isso através de uma estética personalizada de acordo com perfil de pessoas que são atendidas - seus gostos, necessidades e preferências. Aliás, é isso que define se a sua fachada, paisagismo e decoração de interiores será, por exemplo, mais despojada ou sóbria!
Um projeto arquitetônico também pode ser capaz de ajudar uma empresa a renovar a sua identidade visual. E por que isso é vantajoso? Para que haja uma melhoria nas vendas! Lembrando que este trabalho deve estar alinhado com outros elementos gráficos criados nas campanhas de Marketing e Publicidade, além das embalagens dos produtos. Mas, para resumir, a ideia é estimular mais o consumo por meio de uma melhor conexão com os clientes. Nessa linha, um bom exemplo é a arquitetura do entretenimento citada em textos anteriores deste site.
“O projeto arquitetônico está ligado à estratégia estabelecida e aos resultados buscados pelo estabelecimento comercial. No Brasil, é normal optar por soluções mais econômicas, deixando de explorar ao máximo o potencial do imóvel”,
“Em alguns países, existe o designer de varejo, com formação específica para atuar nessa área. Já, no Brasil, os arquitetos são os profissionais mais preparados para desenvolver esse trabalho."
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- arquiteto Flávio Radamarker, em reportagem de AEC Web.
Quais as reações esperadas nos clientes?
Obviamente a arquitetura comercial quer que o cliente tenha cada vez mais vontade de adquirir um determinado produto ou serviço. Uma coisa é certa: somos mais inclinados a comprar em lugares onde nos sentimos melhor! E o feedback desta arquitetura pode ser obtido pela boa avaliação do estabelecimento! Provavelmente as pessoas irão dizer que tiveram seus sentidos estimulados - audição, visão, tato e olfato. Dirão que foram levadas a imaginar, sendo transportadas para algo diferente e sentindo um forte apelo emocional.
Como usar a arquitetura comercial para influenciar?
Antes de pensar em como influenciar as pessoas, os projetistas precisam entender quais são as necessidades dos clientes e das empresas para as quais estão projetando uma arquitetura comercial. Por isso diz-se que é necessário que estes profissionais tenham uma formação multidisciplinar. Ou seja, não bastaria eles terem apenas o conhecimento de arquitetura, mas também conhecimento em marketing, psicologia, design, e muito mais.
“(durante o processo) São analisados, principalmente, os 3P’s – Produto, Pessoa, Praça.",
"Deve-se levar em consideração o ponto em que a loja será construída, os consumidores que serão o público-alvo e o tipo de mercadoria que será comercializada. Todos os fatores do projeto devem atender a esses itens do composto de marketing."
- arquiteto Flávio Radamarker, em reportagem de AEC Web.
A arquitetura comercial, no fim das contas, deve ser bastante harmoniosa. Ela não pode brigar com os elementos de propaganda nem comprometer a circulação dos clientes, funcionários e mercadorias; deve oferecer um espaço livre proporcional aos produtos que serão vendidos; ter uma temperatura e luminosidade agradáveis; e ter diversos pontos focais para chamar atenção dos clientes - isso inclui expositores e outros materiais de merchandising.
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Quais as estratégias adotadas para criação de uma arquitetura comercial?
Os projetistas podem contar com vários recursos para manipular a arquitetura comercial de uma empresa, visando atrair a atenção dos seus consumidores e aumentar o faturamento. Vale explorar todas as características dos espaços - como cores, luminosidade, design de mobiliário, revestimentos de superfícies, entre outros fatores. E não se deve esquecer da fachada ou vitrine, além da área de caixa, o que são os pontos chaves de maior importância neste planejamento - com grande potencial de convencimento do público.
É importante estar atento a vários detalhes deste tipo de arquitetura. Preferencialmente, é melhor que o pé direito dos ambientes seja bastante alto - ou com elementos que evidenciem a sua verticalidade - e que os espaços sejam o mais amplo possível. Tonalidades mais quentes como o laranja estimulariam o entusiasmo dos clientes; já o vermelho estaria associado ao impulso. A camada de piso deve oferecer segurança e praticidade, resistente ao fluxo intenso de pessoas e atraindo o olhar com uma boa variedade de padrões de cores. Já o esquema de luz pode orientar o fluxo, fazer indicações visuais e ressaltar áreas estratégicas do projeto.
Efeitos cenográficos
No caso da arquitetura comercial os mobiliários são utilizados para tornar os ambientes ainda mais agradáveis. Porém, diferente do que acontece na arquitetura residencial, neste caso, o conforto extremo não é desejado; não se quer que o cliente fique por muito tempo parado, então a beleza destas peça ganha mais importância do que tudo - inclusive para criar aquele feito quase que cenográfico. Por fim, também é uma boa forma de preencher os vazios do layout.
E aqui vai uma dica final que muitos projetistas e comerciantes esquecem totalmente, que são os cheiros e sons. Exatamente! É preciso explorar todas as experiências sensoriais no mundo do varejo. Dentro deste quesito também estão incluídos elementos de arquitetura como jardins com plantas vivas e fontes de água. Coisas assim devem provocar reações imediatas nas pessoas, mesmo que de forma inconsciente. E em muitos casos, é possível que isso traga à tona memórias positivas, fazendo o ambiente parecer mais confortável e estimulando o consumidor a comprar mais!
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Fontes: Casa Vogue, SEBRAERS, Omni Blog, MacDesign, AECWeb, Contru EJ.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
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Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.