O nosso país carece de ferrovias, e isso não é novidade pra ninguém. Algumas sucateadas, outras simplesmente sem nenhuma utilização se acabando com o tempo. Mas algo tem sida feito para tentar contornar esses problemas e a torcida é grande para que os projetos saiam do papel por completo e entrem de vez nos trilhos. Para entender os projetos é preciso saber um pouco da situação que o sistema ferroviário brasileiro se encontra.
Contexto histórico
De acordo com o DNIT a primeira ferrovia brasileira ligava a cidade de Petrópolis a Bahia de Guanabara, também na cidade do Rio de Janeiro em 1854. A estrada de ferro Mauá, em homenagem a seu principal empreendedor como era chamada, ficou ativa durante 30 anos e era a principal ligação do interior do país com seu porto na época.
Com o passar do tempo houveram diversas outras de tamanha importância que unia as principais regiões da época como Bahia, Recife e São Paulo por exemplo. Os trechos foram crescendo e em 1950 o governo Federal decidiu unir num único órgão todos os 37.000 km de malha ferroviária, chamado de Rede Ferroviária Federal S.A. Não durou muito tempo e a sua total desestatização ocorreu em 7 de dezembro de 1999 e a R.F.F.S.A é dissolvida paras as seguintes empresas:
Malhas Regionais | Data do Leilão | Concessionárias | Início da Operação | Extensão (Km) |
Oeste | 05.03.1996 | Ferrovia Novoeste S.A. | 01.07.1996 | 1.621 |
Centro-Leste | 14.06.1996 | Ferrovia Centro-Atlântica S.A. | 01.09.1996 | 7.080 |
Sudeste | 20.09.1996 | MRS Logística S.A. | 01.12.1996 | 1.674 |
Tereza Cristina | 22.11.1996 | Ferrovia Tereza Cristina S.A. | 01.02.1997 | 164 |
Nordeste | 18.07.1997 | Cia. Ferroviária do Nordeste | 01.01.1998 | 4.534 |
Sul | 13.12.1998 | Ferrovia Sul-Atlântico S.A. – atualmente – ALL-América Latina Logística S/A | 01.03.1997 | 6.586 |
Paulista | 10.11.1998 | Ferrovias Bandeirantes S.A. | 01.01.1999 | 4.236 |
Total | 25.895 |
Fonte: RFFSA e BNDES.

Cenário atual
No Brasil, o órgão responsável pela concessão e exploração da infraestrutura ferroviária é a VALEC Engenharia, Construções S.A. Mas ela sozinha não estava sendo capaz de gerir toda a malha que o país possui e mais aquela que necessita. Para isso o governo iniciou um Programa de Investimento em Logística (PIL), a qual tem como função abrir concessões para diversas áreas carentes em infraestrutura que podem abranger portos, rodovias, aeroportos e ferrovias. Interessante também é o projeto de trem de alta velocidade!
Mas como estão e qual a perspectiva de projeto final? Do mapa extraído do site do programa está perfeitamente explicado, mostrando todas as malhas já existentes e a projeção do resultado final.
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Mas o programa vem enfrentando muitos problemas. Atrasos nas obras e embargos de órgãos públicos fiscalizadores são exemplos frequentes de empreendimentos que envolvem o governo. O que podemos fazer é acompanhar a evolução dos trabalhos e torcer para que o país entre de vez nos trilhos.
Fontes: antt.gov.br, dnit.gov.br