Nos últimos anos, temos ouvido demais sobre Inteligência Artificial e seus impactos no mundo. De fato, essa é uma das inovações tecnológicas disruptivas mais incríveis da história. Imagine que os modelos atuais podem imitar comportamento humano e transformar inúmeros setores da sociedade, incluindo a engenharia. Mas saiba que IA não é coisa nova. E, na verdade, sua história é rica e complexa, envolvendo uma série de contribuições de pensadores e cientistas ao longo de décadas.
Ficou curioso para saber como foi essa evolução da Inteligência Artificial? Confira neste artigo do Engenharia 360 como foi sua origem, desde suas raízes na Grécia Antiga até os avanços revolucionários que moldam a vida como a conhecemos hoje.
Mitos sobre a origem da Inteligência Artificial
Antes de tudo, queremos lhe fazer uma pergunta: será que Inteligência Artificial é mesmo inteligente e artificial? Reflita sobre essa questão e continue sua leitura!
Os gregos já alimentavam no passado a ideia de criar seres artificiais que pudessem imitar as capacidades humanas. Artesãos e mitólogos imaginavam que era possível, de algum modo, desenvolver essas criaturas via mecânica. Prova disso é a descrição que davam ao deus do fogo e da metalurgia, Hefesto, capaz de criar autômatos de metal que o ajudavam em suas tarefas – será que ele era um daqueles ‘Alienígenas do Passado’? Claro que isso poderia ser uma representação simbólica, e é certo que não corresponde à verdadeira IA que conhecemos hoje.

Criação da IA moderna e o “Teste de Turing”
O conceito de Inteligência Artificial moderna começou a ganhar forma só no século XX – a partir daí, as ideias relacionadas à tecnologia começaram a se concretizar. Nos anos de 1940, houve o desenvolvimento dos primeiros computadores, máquinas estas que passaram a demonstrar a incrível capacidade de realizar tarefas ditas complexas – elas eram modernas, sim, mesmo que hoje seus projetos pareçam rudimentares para nós.
Foi neste contexto que os pesquisadores Walter Pitts e Warren McCulloch propuseram um modelo matemático simplificado para simular o funcionamento dos neurônios no cérebro humano. A saber, esse trabalho foi fundamental para o desenvolvimento das redes neurais artificiais, que hoje são a base de muitos sistemas de IA.
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Passado alguns anos, em 1950, o matemático Alan Turing – considerado o pai da computação moderna -, fez história com a publicação do seu artigo ‘Computing Machinery and Intelligence’. Neste texto, o cientista propôs uma coisa chamada “Teste de Turing”, considerando que um dia nós inventaríamos uma máquina tão inteligente capaz de enganar os humanos nas conversas. Essa reflexão gerou discussões filosóficas e éticas entre os acadêmicos, que temiam como seria o mundo quando uma IA pudesse pensar sozinha e, quem sabe, até sentir – tipo aquele filme ‘O Homem Bicentenário’.

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Conferência de Dartmouth e a criação de máquinas
Em 1956, foi realizada uma conferência na Universidade de Dartmouth, organizada por John McCarthy, um dos pioneiros em tecnologia de IA. O evento, que contou com a participação de vários outros renomados cientistas, tinha como foco os trabalhos da engenharia na criação de máquinas para realização de tarefas que exigem muito da inteligência humana; sistemas que pudessem aprender, raciocinar e até mesmo resolver questões de forma independente. E foi justamente nesta conferência que o termo “Inteligência Artificial” foi cunhado.

Vale destacar que, anos depois, John desenvolveu a linguagem de programação LISP, que se tornaria fundamental para o desenvolvimento de IAs em décadas posteriores.
Primeiras aplicações da Inteligência Artificial
Já no final dos anos de 1950 e início dos anos de 1960, começaram a surgir vários programas de IA. Podemos citar alguns, como Logic Theorist, desenvolvido por Allen Newell e Herbert A. Simon, capaz de resolver problemas lógicos de maneira simples. E vale citar também o Eliza, criado por Joseph Weizenbaum em 1996, que simulava conversas humanas com um terapeuta – hoje, esse chatbot é considerado um precursor das interfaces de IA de processamento de linguagem natural, como o ChatGPT.
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O trabalho dos cientistas nos anos de 1970 foi focado mais em sistemas especializados, próprios para desenvolver problemas específicos, mas que apresentavam limitações de uso devido à falta de dados e poder computacional. Nos anos seguintes, os negócios em IA começaram a expandir para aplicações mais complexas, sobretudo graças aos avanços em redes neurais multicamadas. Infelizmente, o que houve entre os anos de 1990 e 2000 foi o que os especialistas chamam de “inverno de IA”, sem muito interesse dos investidores nas inteligências devido à falta de resultados práticos.
Aprendizado de máquina e o boom das IAs
Nos anos 2000, houve o advento da computação moderna e do Big Data. Assim, o assunto ‘Inteligência Artificial’ ressurgiu e passou a ganhar novos patamares. Os cientistas obtiveram importantes avanços em pesquisas com algoritmos de aprendizado de máquina, ideiais para leitura de grandes volumes de dados com eficiência e precisão.
Esse avanço levou ao desenvolvimento de tecnologias de reconhecimento de voz, reconhecimento de imagens e, mais recentemente, assistentes virtuais. E, agora, esses sistemas estão se tornando comuns em nosso cotidiano.
Aplicações da IA e desafios futuros
A implementação da Inteligência Artificial tem nos oferecido vários benefícios, da medicina à engenharia; estamos falando de diagnósticos precoces de doenças, carros autônomos e muito mais. A IA está transformando o mercado com a automação de processos repetitivos, liberando os humanos para tarefas mais criativas e aumentando a produção de empresas como nunca. Porém, todo esse progresso vem acompanhado de questões éticas que precisam ser discutidas.

Algumas pessoas veem a ascensão da Inteligência Artificial com preocupação. Elas acreditam que a tecnologia pode, em breve, tomar todos os nossos empregos. Também temem que sua privacidade e segurança estejam em risco pelo uso intensivo de dados. E é claro que tem também a questão das fake news; muitos entendem que ferramentas baseadas em IA podem ser usadas para criar desinformação ou manipulação de informações. Mas e você? O que pensa sobre o caso? Deixe sua opinião na aba de comentários logo abaixo!
Veja Também: AGI: O Futuro da Inteligência Artificial
Fontes: Exame, Tecnoblog, Educa Mais Brasil.
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