Após o período pandêmico, a humanidade intensificou seus estudos sobre novas tecnologias, especialmente para computadores e Inteligência Artificial, para atender necessidades urgentes. Isso inclui afastar as pessoas de atividades perigosas, como o manuseio de cargas pesadas. No entanto, toda evolução tem suas consequências, e isso nos coloca em uma posição delicada. Existe o risco de perdermos nossos empregos e até mesmo nossa liberdade de locomoção devido ao controle exercido pelas máquinas.
Achou exagero essa perspectiva? Olha só, Arthur C. Clarke, autor de "2001 - Uma Odisseia no Espaço", expressou sua preocupação com a Inteligência Artificial já na década de 1960. Em uma entrevista, ele previu que as máquinas se tornariam mais inteligentes do que os humanos e superariam seus criadores. Ele também mencionou que estamos no início de uma evolução mecânica que será muito mais rápida. De fato, Clarke acreditava que deveríamos considerar um privilégio sermos "trampolins" para entidades superiores. Será mesmo?
No texto a seguir, do Engenharia 360, apresentam-se notícias recentes que comprovam que a suplantação assustadora das máquinas sobre os humanos está mais próxima do que jamais imaginamos.
Novas tecnologias de computadores quânticos a caminho de superar os tradicionais
Para começar, os computadores quânticos estão avançando rapidamente e prometem superar os computadores tradicionais em aplicações práticas.
Recentemente, pesquisadores da IBM deram um salto monumental no campo, contornando o ruído quântico para obter resultados confiáveis. Vale citar que, embora o experimento tenha usado um modelo simplificado, ele deixou os especialistas otimistas sobre o potencial da computação quântica em sistemas mais complexos.
Os computadores quânticos empregam fenômenos quânticos peculiares, como a superposição e o emaranhamento. O desafio do hardware inclui o aumento da vida útil dos qubits. E a abordagem da IBM envolve uma estratégia em duas frentes: mitigação de erros no curto prazo e correção quântica de erros no longo prazo.
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A saber, a IBM está desenvolvendo processadores com mais qubits, visando máquinas de 100.000 qubits até 2033. E os avanços na computação quântica são promissores para indústrias como farmacêutica, ciência dos materiais e física.
ChatGPT nos aproximando da leitura da mente
Cientistas da Universidade do Texas descobriram uma maneira de traduzir varreduras da atividade cerebral em palavras usando Inteligência Artificial, semelhante à tecnologia do ChatGPT. Isso poderia ajudar pessoas que perderam a capacidade de falar a se comunicarem. Os pesquisadores treinaram um modelo de IA para prever palavras ouvidas pelos voluntários observando sua atividade cerebral. A tecnologia ainda está em seus estágios iniciais e possui limitações.
Os dados cerebrais devem ser mantidos em sigilo, e as varreduras cerebrais só podem ser realizadas com consentimento e em uma máquina específica. Embora os avanços sejam promissores, a tecnologia não pode ler a mente das pessoas e há preocupações éticas em relação à privacidade mental. Os legisladores estão sendo instados a considerar a proteção da privacidade cerebral e a implementar regulamentos para lidar com as preocupações.
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Robô assume a regência de orquestra
Em junho de 2023, na Coreia do Sul, o robô androide EveR 6 liderou uma apresentação da orquestra nacional. Embora tenha mostrado movimentos detalhados, sua "fraqueza crítica" ainda é a incapacidade de ouvir. Alguns espectadores sentiram que faltava "fôlego" em sua regência, mas acreditam que ele poderia melhorar com Inteligência Artificial. O robô conduziu três das cinco peças apresentadas, mostrando a possibilidade de coexistência e complementaridade entre humanos e robôs.
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Robô humanoide reage com raiva a crítica sobre sua arte
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o robô humanoide Ameca desenhou um gato e se irritou com crítica, afirmando que a pessoa a sua frente não entendia de arte.
A saber, esse dispositivo é capaz de interagir como um ser humano, incluindo expressões faciais, piadas e tradução de línguas. Ele foi lançado em 2021 e se destaca por sua semelhança com humanos e habilidades para lidar com tarefas complexas.
O projeto do Ameca levou 15 anos para ser desenvolvido e seu preço estimado hoje é de cerca de 100 mil libras, equivalente a R$ 745.000. Ele pode ser alugado, participar de eventos e está à venda. E também pode ser usado para desenvolver tecnologias de Inteligência Artificial e Machine Learning.
O robô possui hardware e software atualizáveis e pode funcionar com apenas uma mão ou braço. Todos os dados do robô ficam disponíveis remotamente através de conexão em nuvem. Por fim, vale destacar que seus movimentos são suaves e realistas, buscando estabelecer um relacionamento instantâneo com as pessoas, de acordo com o fabricante.
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Fontes: Revista Forum, CNN Brasil, Space Today, CNN Brasil, CNN Brasil - 2.
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Eduardo Mikail
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