Desde o ano de 2020, a escassez de água no Brasil tomou proporções muito alarmantes. O que acontece aqui é um reflexo do que acontece no mundo, pois estamos enfrentando juntos uma mudança climática, em parte em função das transformações do próprio planeta e em parte em função das ações humanas. Acontece que a crise hídrica acaba impactando na produção de energia elétrica, por exemplo - via hidroelétricas, usinas eólicas, usinas de placas solares, e mais.
Como se o problema já não fosse complexo o suficiente, nosso país está bastante atrasado em seus planos de ampliação de produção de energia, sobretudo apostando em tecnologias como de usinas eólicas, usinas nucleares e usinas de painéis solares. Mas, por outro lado, a instalação de painéis solares em residências, comércios e indústrias vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Inclusive, o volume de energia produzida por estes painéis representa 4,3% de todo o consumo do mercado regulado - total de 42.600 MW -, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
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A ampliação da matriz nacional pelas miniusinas solares
Claro que ainda é proporcionalmente pequena a quantidade de unidades com miniusinas solares; mesmo assim, já está impactando o mercado das distribuidoras. Por hora, os números apresentam um crescimento de 80% na comparação anual. Alguns especialistas comparam o avanço à capacidade atual da usina Belo Monte, no Pará, a maior hidrelétrica brasileira.
Pelo que tudo indica, a adoção da tecnologia está mesmo acelerada em nosso território. Poucos anos atrás a produção não passava de 1 GW e agora já atingimos 11.315 MW. Não é impressionante?! Isso pode significar que, finalmente, a nossa sociedade está mais sustentável ou... sim, o bolso está mesmo sentindo demais a conta de luz, fazendo as pessoas temerem demais o futuro.
Agora, esses números são empolgantes, mas, definitivamente, não representam a nossa salvação! Seria muito bom se o governo federal incentivasse ainda mais o uso dessa tecnologia e, além disso, buscasse mais parcerias para a construção de grandes complexos de fazendas solares.
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O lançamento do marco regulatório da energia solar no Brasil
A boa notícia é que desde janeiro deste ano, o Brasil ganhou um marco regulatório que está impulsionando a adesão de consumidores à tecnologia de placas solares; esses benefícios serão estendidos até pelo menos o início de 2023. Um deles é que o consumidor/gerador recebe um crédito na conta de luz pelo saldo positivo de energia gerada, e também não é preciso fazer o pagamento de qualquer tarifa de uso do sistema de distribuição. A saber, um plano semelhante tem sido posto em prática na Europa e Índia, e, por lá, tem dado certo!
Precisamos citar o lado 'B' dessa história, que é o que ocorre com as concessionárias quando há o aumento de produção de energia elétrica por meio de miniusinas solares. Nesse cenário, as empresas ficam sobrecontratadas, ou seja, tendo que arcar com custos de muitas tarifas - que é o básico para a rede funcionar para todos.
Fontes: Globo Rural.
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Eduardo Mikail
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