Gregos e romanos contribuíram demais para a cultura ocidental, explorando matemática e artes visuais, sendo criadores das ordens arquitetônicas
Todo aquele que é estudante ou apreciador de arquitetura deve ter pelo menos o conhecimento básico sobre as ordens arquitetônicas. Elas foram criadas há milhares de anos por gregos e romanos – os grandes construtores da antiguidade. E por muito tempo, foram uma parte importando nos projetos de arquitetura; primeiro no Período Clássico e depois, após serem parcialmente alteradas ou reinterpretadas, no Período do Renascimento, por volta de 1400. Continue lendo para saber mais!

O que são ordens arquitetônicas?
O termo ‘ordens arquitetônicas’ define um conjunto de elementos de arquitetura predial cuja principal característica é ter colunas estriadas – com frises – e capitel ornamentado – tipo um “chapéu”– mais tablatura. Cada ordem indica uma padronização utilizada de modo coerente, fazendo com que as construções tivessem uma determinada linguagem -caracterizada por muita beleza, harmonia, unidade, proporção e simetria.
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“[…] As ordens vieram propiciar uma gama de expressões arquitetônicas, variando da rudeza e da firmeza até a esbelteza e a delicadeza. No verdadeiro projeto clássico, a seleção da ordem é uma questão vital – é a escolha do tom (‘gramática da arquitetura’)”.
Vitrúvio, arquiteto romano que viveu no século I a.C..

Quais são as ordens arquitetônicas?
Com os gregos antigos, por volta do século V a.C., conhecemos três ordens: dórico, jônico e coríntio. Já no século I a.C., com os romanos, foram desenvolvidas as ordens toscano e compósito. Então, somamos um total de 5 ordens arquitetônicas clássicas! Mas você pode estar ainda se perguntando: como diferenciar cada uma? Bem, falando resumidamente, isto vai depender de como estes elementos foram compostos e ornamentados – principalmente na sua extremidade, ou seja, no capitel!
Todavia, você já saber que cada um destes elementos é único! Justamente detalhes que os diferencia é que explica como os esforços das estruturas de cobertura das construções elaboradas por gregos e romanos eram sobrecarregados por estas colunas sobre base. Para os primeiros construtores, tais colunas eram puramente construtivas, mas com o desenvolvimento das ordens, vemos que elas passaram a ganhar uma responsabilidade de decoração de fachadas também! Veja a seguir!
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Ordem Dórica
Mais utilizada entre os anos 1000 e 600 a.C. e depois entre os séculos VI e V. É caracterizada por linhas simples; sem base; com construção interna de madeira; parte externa de pedra estriada, lembrando a carpintaria; e um capitel tipo “almofada decorada”, com alguns frisos espaçados – peça que ajudava a assentar a arquitrave do edifício. Foi empregada em templos dedicados às divindades. Parecia bastante sólida, rude, porém, ao mesmo tempo, muito forte e elegante.

Ordem Jônica
Mais utilizada no início dos anos de 550 a.C.. Parecia mais esbelta. Era ricamente esculpida e decorada; com frisos em toda a sua extensão; base em camadas; e um capitel que se curvava em rolos no topo da coluna – como se fossem cabelos encaracolados.

Ordem Coríntia
Última ordem desenvolvida pelos gregos e foi utilizada no Período Helenístico, século IV a I a.C.. Eram mais altas e delgadas, parecendo mais delicadas; extremamente bem esculpidas, com uma moldagem luxuosa; e decoradas com ornamentos lembrando folhas de palmeiras. Por serem tão belas, acabaram como a ordem mais prestigiada entre os romanos. E servia para transmitir, através da arquitetura, a mensagem de abundância, opulência e riqueza dos povos.

Ordem Compósita
É a primeira ordem de origem romana. Era basicamente a junção das ordens gregas jônica e coríntia.

Ordem Toscana
Foi muito utilizado pelos romanos, mas era, na verdade de origem etrusca. Lembra, em parte, a ordem dórica, com capitel redondo e decoração em anéis. Matematicamente, sua base possuía um diâmetro correspondente à sétima parte da altura total da coluna ou uma altura igual a um terço da largura do templo.

Veja Também: Veja como a Arquitetura Romana influenciou a criação de edificações e monumentos mundo afora
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A utilização das ordens arquitetônicas e os edifícios templos
Este conceito dos ‘edifícios templos’ ajuda a justificar um pouco a utilização as ordens arquitetônicas nas construções arquitetônicas. Tudo começou com a essência do templo grego, um tipo de edifício religioso. Suas formas eram rigorosamente calculadas em proporções matemáticas visando o equilíbrio, a harmonia e a proporção perfeita – uma grande influência, neste caso, eram as teorias de Pitágoras. Estes desenhos representavam a essência da natureza, o ideal, algo que poderia responder do que somos feitos!
Assim, durante muito tempo – no Período Clássico e Neoclássico -, planejou-se edifícios pensando neste sistema canónico de unidades de medida, determinante para estas estruturas tridimensionais!

Estas construções apresentavam certas características em comum. Por exemplo:
- uma sequência de colunas em determinada ordem – que variava conforme o projeto de design -, com estreitamento da base até o topo – acentuando a monumentalidade da construção;
- uma plataforma escalonada;
- paredes de base segmentadas em blocos de pedra;
- entablamento sobre os capiteis das colunas – incluindo arquitrave, friso e cornija; e
- um frontão na parte superior – cuja forma é determinada pelo telhado –, com uma moldura esculpida ao redor em alto relevo.
Agora você já sabe o que são as ordens arquitetônicas e como elas foram utilizadas em diferentes projetos de Arquitetura! Reveja as imagens para entender melhor a importância destes elementos na História da Arte Mundial!
Fontes: 44arquitetura, Arch Daily, Arquitetura em Passos, Wikipedia, Historia Arte Arquitetura, Conceitos.
Você já tinha ouvido falar sobre essas ordens? Comente!
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Simone Tagliani
Graduada em Arquitetura & Urbanismo e Letras; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais e Jornalismo Digital; e proprietária da empresa Visual Ideias.