Mesmo quando a conexão Wi-Fi é utilizada a partir da contratação de um bom e amplo plano com as operadoras, muitas vezes queremos uma conexão ainda mais rápida. No que depender de pesquisadores da Arábia Saudita, esta realidade está bem próxima de se tornar realidade, com um aumento de velocidade de conexão em até 20 vezes. Isso seria possível com a utilização de mecanismos a laser.
As pesquisas foram realizadas por um grupo de estudiosos liderados por Ibrahim Dursun, da Universidade Rei Abdullah. A descoberta é de que é possível utilizar a comunicação por luz visível (CLV), ao invés das ondas de rádio, para enviar e receber dados de uma forma bem mais rápida e mais eficiente em termos energéticos.
Para este processo, os pesquisadores verificaram que ao fazer a luz a laser ou proveniente de LEDs piscar de forma muito rápida, ou seja, em um período de cerca de 7 nanossegundos, fica possibilitada a transmissão de dados. Outras vantagens de utilizar a comunicação por luz visível é o aumento da faixa de frequências de ondas disponíveis e uma maior segurança na transmissão de dados.
Até os estudos serem iniciados, um dos principais desafios para a utilização da comunicação por luz visível era a possibilidade de converter a luz azul de LED, emitida pela junção do diodo com fósforo, em outras cores para produzir a luz branca, pois é esta última a utilizada na transmissão de dados.
Esse problema foi resolvido por Dursun com o desenvolvimento de um material nanocristalino, que são cristais na faixa dos nanômetros, e que gera a luz branca também a partir da luz azul do LED, mas com uma grande velocidade, o que torna o processo mais eficiente do que o possibilitado pelos conversores comerciais.
Uma desvantagem apontada dos nanocristais é a existência de chumbo, material cujo uso é limitado, devido aos riscos ambientais que pode ocasionar. Há a expectativa de que, no futuro, haja a substituição dos LEDs brancos pelos lasers semicondutores. O objetivo é proporcionar um aumento contínuo da velocidade de conexão. As pesquisas continuam, até mesmo para a descoberta de novos cristais formados por elementos diferentes, sem chumbo, por exemplo.
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Ainda não há previsão de viabilização comercial. Muitos estudos ainda estão sendo feitos, mas sem dúvidas já é um primeiro passo para aprimorar a conexão Wi-Fi.
Referências: IMasters, Olhar Digital, Phys.org
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Luciana Reis
Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, com experiência como jornalista freelancer na produção de conteúdo para revistas e blogs.