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Você sabe como é feito o reaproveitamento dos materiais da construção civil?

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por Fabio Doom
| 19/07/2016 | Atualizado em 09/02/2023 4 min

Você sabe como é feito o reaproveitamento dos materiais da construção civil?

por Fabio Doom | 19/07/2016 | Atualizado em 09/02/2023
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"É fato que toda construção gera muitos resíduos. Se em uma pequena obra já é preciso pensar no reaproveitamento dos materiais, imagina em um edifício ou outro grande empreendimento?"

reaproveitamento de materiais
Imagem de blende12 em pixabay

Essa é uma questão que ainda intriga muitas pessoas, até mesmo quem faz o gerenciamento do 'lixo' nesses lugares. Geralmente, é tudo jogado em uma caçamba - de um serviço contratado - que vai embora sem saber qual será o destino final.

E como a falta de informação e a má fé ainda são grandes, muitos acabam jogando o entulho em terrenos baldios, lugares abandonados e até calçadas, gerando um problema ainda maior. Mas como deve ser otimizado esse processo, para que haja um reaproveitamento dos materiais da construção civil de forma correta e consciente?

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Reaproveitamento dos materiais: o que fazer?

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Imagem de FlorinBirjoveanu em pixabay

Segundo dados da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição - ABRECON, cerca de 50% dos resíduos das obras são desperdiçados. Trata-se de todo material produzido seja em construção, demolição ou escavação: cerâmicas, argamassa, concreto, aço, madeiras, pedras, tijolos, tintas, entre outros.

O Brasil é um dos principais países que mais produzem entulho, com  850000 toneladas por mês, enquanto no Japão essa métrica chega a 6000 toneladas. Muitos países têm se atentado a esse problema ambiental e investido cada vez mais em políticas de reciclagem, sobretudo com o uso dessas sobras em outros lugares.

Por aqui, desde 2004 vigora uma lei que nenhum resíduo de construção civil deve ser despejado em aterros sanitários, obrigando cada município a tomar suas próprias decisões a respeito da melhor forma de aproveitá-lo. Segundo especialistas, esse termo ainda é muito vago e não traz uma solução para o problema, ao contrário, separa as coisas ao invés de uni-las.

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O fato é que, para um bom reaproveitamento de materiais da construção civil, é preciso contar com o consciente de várias  pessoas/setores, a começar pela empresa responsável pelo projeto. Primeiramente, deve-se fazer um desmonte, e não uma demolição, para evitar que tudo seja misturado e para que seja feita uma separação preliminar.

Segundo que é necessário investir em conhecimento para que os trabalhadores entendam a real importância de usar todos os recursos ou pelo menos fazer o descarte adequado na caçamba. Depois disso, ter um local correto para destino desses materiais, bem como sua separação (fator de ligação entre prefeitura e empresa de coleta). E, para terminar o ciclo, saber como reciclar e usar os restos da melhor forma.

Como é a regulamentação?

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Imagem de Inactive account – ID 652234 em pixabay

Atualmente, as leis brasileiras restringem esse reaproveitamento na manutenção de estradas de terra e aterros, embora algumas construções sustentáveis tenham um tímido crescimento em algumas cidades, o que é quase nada para um país tão grande e com tantos empreendimentos erguidos dia a dia.

De acordo com o site Tera Ambiental, já está em curso a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS ou Lei 12.305/2010), que regulamenta o manejo ambientalmente correto dos resíduos sólidos e reaproveitamento de materiais da construção civil, definindo metas de reutilização, redução e reciclagem.

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Para ser regulamentada e colocada em prática, porém, é preciso daquilo que já falamos: a participação de diversos setores da cidade, sobretudo das grandes construtoras e empresas do ramo. O problema, você já deve imaginar: não é lucrativo, ao contrário, é preciso ainda mais cuidado (entende-se gastos também) e normas no setor, o que não agrada muito.

Como mudar a situação?

A questão é que não dá para tapar o sol com a peneira e pensar que o entulho vai deixar de existir. Investir nessa reciclagem é primordial não só para o meio ambiente, mas para economia e aproveitamento em obras públicas, moradias populares, dentre muitas outras possibilidades.

E isso não deve partir apenas das prefeituras: a população deve cobrar medidas sérias, afinal, trata-se de um interesse comum e que pode tanto beneficiar - o fato da economia - quanto prejudicar a vida das pessoas, pois mais resíduo gera mais poluição e outros incômodos que afetam de forma direta.

Embora algumas cidades já pensem em cada vez mais políticas de reaproveitamento de materiais - como Belo Horizonte - é preciso considerar o todo, seja se inspirando em propostas de países como Estados Unidos - onde isso já faz parte de um sistema de reciclagem - ou investindo em novas maneiras para reduzir os impactos desse problema social sério.

Quer saber mais sobre como algumas usinas fazem reciclagem de entulho das obras? Confira essa reportagem da Globo News:


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