Não faz muito tempo que saiu a primeira foto de um buraco negro (com a grande colaboração da engenheira Katherine Bouman). Agora, alguns cientistas afirmam que, em breve, veremos um vídeo de um buraco negro.
Até 2020, os pesquisadores do Event Horizon Telescope (EHT) acreditam que será possível fazer o primeiro vídeo de um buraco negro devorando nuvens de gás. A equipe de pesquisa, composta por 347 cientistas do mundo todo, já coletou os dados necessários para fazer o vídeo, mas ainda é preciso processar a grande quantidade de informações.
É bem possível que o vídeo não tenha qualidade fantástica, ou seja, algo cheio de efeitos especiais, já que os próprios cientistas alertam que ele deve ser um pouco irregular. Talvez, para olhos não astronômicos, ele nem mesmo se pareça com um buraco negro (ou com a ideia que temos de um desses) e só seja empolgante porque você sabe que está vendo um buraco negro.
No entanto, para os astrônomos, esse é um grande e louvável feito. Apesar de serem frequentes em filmes que envolvem o espaço e as galáxias, os buracos negros sempre foram um pouco obscuros para a ciência. Tanto que a primeira foto de um deles saiu recentemente e incendiou não só o campo acadêmico, como o mundo todo.
Para a captura da imagem, os astrônomos não tinham nitidez nas imagens. Para isso, foi preciso interligar vários radiotelescópios. Porém, esse não é um trabalho recente. As primeiras medições de um buraco negro foram publicadas em 2008 e os radiotelescópios foram montados em 2017.
Pular de uma imagem para um vídeo, agora que a técnica já se mostrou capaz de captar os registros do buraco negro, é só uma questão de tempo. Se a foto já levou a internet à loucura, imagine o que um vídeo desses não vai fazer.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
LEIA MAIS
Fontes: Futurism; Yahoo News; BBC.
Comentários
Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.