A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) continua a avançar com suas pesquisas e desenvolvimentos na área de materiais a partir de biomassa renovável produzida na agroindústria. O resultado destas pesquisas é o compósito de carbono-carbono, um material isolante térmico e acústico de alto desempenho que pode ser usado em diversas aplicações, como mantas, placas, tubos e discos. A equipe de pesquisadores da UEPG acredita que este material tem o potencial de revolucionar o mercado devido às suas propriedades e vantagens econômicas.
Propriedades e Potencial Revolucionário do Compósito
Sidnei Antônio Pianaro, um dos pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais da UEPG, enfatiza que o uso de biomassa renovável como matéria-prima para a produção deste compósito pode significativamente reduzir custos quando comparado aos materiais compostos de carbono-carbono importados, que geralmente utilizam matérias-primas de alto custo. O compósito em questão está protegido por pedidos de patente depositados tanto no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) no Brasil, quanto em processo de obtenção de patente internacional.
Com o objetivo de introduzir o novo material no mercado, a UEPG busca parcerias com empresas para validar a patente e explorar a viabilidade econômica da produção em larga escala. A nova Lei de Inovação do Paraná permite a colaboração entre instituições de pesquisa e a iniciativa privada, o que facilita a transferência de tecnologia e a comercialização de inovações.
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Caminho para a Inserção no Mercado e Parcerias Estratégicas
A Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi) da UEPG já está em processo de identificar setores industriais que possam se beneficiar dessa inovação. Empresas como a Petrobras, Embraer, indústrias automobilística e bélica, e setores da construção civil estão entre os possíveis interessados. Na feira Inovatec Paraná, houve interesse por parte de potenciais parceiros interessados na utilização do compósito para a fabricação de portas corta-fogo capazes de suportar altas temperaturas.
Gino Capobianco, outro pesquisador envolvido no projeto, destaca que o compósito desenvolvido aproveita matérias-primas renováveis e provenientes de resíduos da biomassa, reduzindo assim o desperdício de material que seria queimado pelas indústrias para a geração de energia, o que resulta na emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Além disso, o material apresenta maleabilidade e facilidade de usinagem, permitindo uma variedade de aplicações, inclusive placas finas de 1,5 milímetro de espessura, que mantêm suas características e propriedades.
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Fontes: Bonde, Imagens: Divulgação
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Bernardo Lopes Frizero
Redator de conteúdo voluntário do Engenharia 360. Contribuiu para o site com a elaboração de textos diversos com temas relacionados ao mundo das engenharias.