Engenharia 360

Engenheiros desenvolvem aparelho de tomografia que escaneia o corpo todo em segundos

Engenharia 360
por Kamila Jessie
| 25/07/2019 | Atualizado em 16/06/2022 2 min
Imagem: nature.com

Engenheiros desenvolvem aparelho de tomografia que escaneia o corpo todo em segundos

por Kamila Jessie | 25/07/2019 | Atualizado em 16/06/2022
Imagem: nature.com
Engenharia 360

Um dispositivo de imagens médicas capaz de criar representações em 3D de todo o corpo humano em apenas 20 segundos poderá em breve ser usado para uma ampla variedade de pesquisas e aplicações clínicas.

tomografia
Imagem: nature.com

O scanner modificado de emissão de pósitrons (PET) é mais rápido do que os PET convencionais, ou seja, aqueles aparelhos de tomografia com os quais você já deve ter se deparado em algum hospital ou na TV. Mas, falando de números, o que pode levar em média 20 minutos agora poderá ser realizado em segundos e requer menos exposição à radiação para a pessoa que está sendo fotografada.

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Os pesquisadores, engenheiros biomédicos da Universidade da Califórnia em Davis, apresentaram o vídeo tirado pelo dispositivo no Simpósio de Pesquisa de Alto Risco e Alta Recompensa dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA em Bethesda, Maryland. No vídeo, em câmera lenta, você pode ver o rádiofármaco subindo pela veia da perna, entrar no ventrículo direito, ir para os pulmões através da artéria pulmonar e então retornar ao ventrículo esquerdo.

Como instrumentação, o equipamento pode ser útil ao escanear o corpo de crianças, que tendem a ficar inquietas no aparelho de tomografia e atrapalhar as medições. Além disso, também permite mapear com maior precisão o trajeto de compostos que se movem rápido pelo corpo.

Como funcionam os aparelhos de tomografia convencionais?

Os scanners PET convencionais detectam raios γ provenientes de traçadores radioativos que os médicos injetam na pessoa que está sendo fotografada. As células da pessoa capturam a molécula e a quebram, liberando dois raios γ. Um detector em forma de anel posicionado ao redor da pessoa mede o ângulo e a velocidade dos raios e reconstrói sua origem, criando um mapa 3D das células que estão metabolizando a molécula.

Entretanto, esse anel tem apenas 25 centímetros de espessura, o que só permite que os médicos visualizem uma pequena porção do corpo de cada vez. A captura de áreas maiores exige que eles dosem a pessoa com mais radiação. Outro inconveniente associado é que as moléculas radioativas usadas decaem rapidamente, o que significa que o sinal emitido desaparece rapidamente.

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Solução do problema:

A equipe melhorou o desempenho do equipamento convencional conectando oito anéis de PET em um tubo de 2 metros de comprimento que pode fazer imagens de todo o corpo de uma só vez. Cria-se uma renderização em 1/40 do tempo de um scanner convencional, usando 1/40 da dose de radiação e reduzindo assim o riscos ela associado.


Fontes: Nature.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

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