Engenharia 360

Jogo de simulação é usado para explicar pesquisa de grafeno para o público

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 26/07/2019 | Atualizado em 16/06/2022 2 min
Imagem: wikipedia.org

Jogo de simulação é usado para explicar pesquisa de grafeno para o público

por Larissa Fereguetti | 26/07/2019 | Atualizado em 16/06/2022
Imagem: wikipedia.org
Engenharia 360

Uma das maiores dificuldades do cientista (e também dos engenheiros) é conseguir transmitir a informação de modo claro para quem não é da área. E isso não diz respeito só à população em geral, mas também a pesquisadores de áreas diferentes. Nesse sentido, uma solução encontrada para explicar uma pesquisa de grafeno para o público foi um jogo de simulação.

Os responsáveis pelo feito são pesquisadores liderados por Toma Susi da Universidade de Viena. Em sua pesquisa, eles usam o UltraSTEM (um microscópio eletrônico de ponta) para manipular materiais ligados com precisão atômica. Esses microscópios usam feixe de elétrons e permitem visualizar até átomos individuais. Para mostrar como isso funciona, eles fizeram uma apresentação realista da pesquisa: um jogo de simulação.

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O jogo foi exibido no Museu Técnico de Viena e agora está disponível on-line. Com ele está a pesquisa mais recente em manipulação de impurezas do silício em nanotubos de carbono.

Como funciona o jogo da pesquisa de grafeno?

O microscópio eletrônico é controlado por computador. O contraste da imagem depende do quão espalhados estão os elétrons, o que é determinado pela carga do núcleo. Com o silício tendo mais prótons que o carbono, os pesquisadores podem identificar as impurezas.

Jogo de simulação é usado para explicar pesquisa de grafeno para o público
Imagem: phys.org

Além de gerar imagens, o feixe de elétrons do microscópio pode ser usado para mover os átomos (como já provado em pesquisas anteriores). O feixe de elétrons varre uma amostra de grafeno linha por linha, revelando a localização dos átomos de carbono que compõem a rede, bem como as impurezas mais brilhantes de silício.

Como o controle do microscópio é feito pelo computador, tudo vira um jogo em que o feixe de elétrons é direcionado pela movimentação do cursor do mouse. Quer pesquisa mais divertida que essa?

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pesquisa de grafeno
Imagem: phys.org

Depois de o jogo ficar em exposição no museu juntamente a amostras usadas na pesquisa e informações científicas sobre o assunto, os pesquisadores querem alcançar um público maior. Para isso, estão lançando um site com o mesmo conteúdo (e uma versão online do jogo para navegador). Ele é chamado Atom Tractor Beam (os fãs de Star Trek piram, já que ele foi inspirado em um feixe de energia da série).

De modo geral, é importante ver a ciência se popularizando e chegando à compreensão de leigos na área. Além disso, o jogo também serve como uma forma de atrair o interesse de crianças e jovens pela ciência e pela Engenharia. Um exemplo que deve se seguido.


Fontes: Universidade de Viena; Phys.org

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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