Recentemente, um tijolo antigo de argila de 2.900 anos foi encontrado no "Palácio do Noroeste", localizado no Iraque. O interessante é que essa peça revelou algumas informações surpreendentes sobre a vegetação da antiga Assíria. E a técnica de sequenciamento de DNA contribuiu para que os cientistas identificassem no tijolo vestígios de DNA de plantas de dezenas de grupos taxonômicos diferentes, incluindo cereais, frutas, legumes, ervas e plantas medicinais. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
Veja Também:
Preservação vs. Progresso: O Embate em Torno da Rodovia Subterrânea de Stonehenge
Engenharia e Arqueologia: explorando o mistério da construção mais antiga da humanidade
Arqueólogos anunciam descoberta de templo budista liderado por mulher há mais de mil anos
Detalhes importantes sobre a descoberta
A pesquisa de sequenciamento de DNA do tijolo de argila foi liderado por Sophie Lund Rasmussen. E através das mídias, ela expressou sua emoção com o sucesso da extração de informações preservadas na peça. Considerando, assim, a descoberta um avanço significativo na arqueologia, destacando a importância de proteger o DNA antigo da contaminação dentro da massa de argila.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
LEIA MAIS
A saber, o tijolo de barro provém do palácio do rei neoassírio Ashurnasirpal II, na antiga cidade de Kalhu. Conhecido hoje como o Palácio Noroeste em Nimrud, norte do Iraque, sua construção começou por volta de 879 a.C.
No sequenciamento de DNA, a equipe científica identificou vestígios de plantas pertencentes a 34 grupos taxonômicos diferentes, incluindo cereais, frutas, legumes, ervas e plantas medicinais. Por fim, essa descoberta proporcionou uma visão detalhada da vegetação que existia no antigo reino assírio, há quase três mil anos.
Vale dizer que essa técnica de sequenciamento de DNA de materiais antigos pode servir de exemplo e ser aplicada a outros tipos de materiais genéticos contidos em objetos arqueológicos de argila, como vertebrados e invertebrados, possibilitando uma compreensão mais profunda das civilizações antigas.
Razões para a preservação do material genético no tijolo antigo
Os historiadores afirmam que só se pôde extrair esse material de DNA desses tijolos do Palácio Assírio por conta da técnica de fabricação utilizada nas próprias peças. Fez-se a secagem ao sol, que acabou se mostrando fundamental para a preservação do material genético de forma inadvertida. Em contrapartida, o calor intenso da queima, geralmente empregada na produção de tijolos, poderia destruir as informações genéticas.
Agora esse sequenciamento pode ajudar os arqueólogos a compreender melhor o passado, fornecendo informações valiosas sobre a flora, fauna e biodiversidade de épocas antigas, contribuindo para o entendimento das civilizações perdidas e da história da humanidade.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Veja Tambem: 6 estruturas antigas que continuam sem explicação até hoje
Importância da colaboração interdisciplinar na pesquisa científica
Pode-se dizer que só por meio da colaboração interdisciplinar foi possível essa pesquisa científica no Palácio Assírio. O trabalho reuniu assiriologistas, arqueólogos, biólogos e geneticistas, o que permitiu uma abordagem holística para a investigação desse material.
Agora, as informações obtidas abrem as portas para o uso do sequenciamento de DNA em outros materiais arqueológicos de argila de diferentes períodos e regiões. Além disso, fornece uma nova maneira de datar materiais de forma precisa e enriquecer narrativas.
Resumindo, essa análise de DNA em materiais arqueológicos de argila abre novas possibilidades para a pesquisa arqueológica, permitindo aos cientistas desvendar, por exemplo, aspectos antes desconhecidos do passado humano e ambiental. Enfim, essa técnica promete enriquecer nossos conhecimentos sobre a história e a evolução das civilizações antigas.
Veja Também:
Fontes: UOL, Universo Racionalista.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Comentários
Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.