Engenharia de Energia

Tecnologia promete o armazenamento infinito de energia solar

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Por: Larissa Fereguetti | Em: | Atualizado: 2 anos atrás | 3 min de leitura

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“Ao infinito e além!”. Opa, a frase deveria ter vindo no final, mas se eu desenvolvesse uma tecnologia que transforma infinitamente calor solar em energia,  essa com certeza seria minha frase. Eu não desenvolvi nada, mas cientistas de Harvard e do MIT estão desenvolvendo.

A ideia é armazenar energia solar em moléculas que, posteriormente, poderão liberar essa energia a partir de um estímulo específico. Tais moléculas podem ser carregadas infinitamente. O que dá para fazer com tal energia? Aquecer a casa, cozinhar ou aquecer a água. Se você ficou desapontado, pense em todos os banhos frios que já tomou quando faltou energia na sua casa.

Você pode estar pensando em um painel solar fotovoltaico, mas há uma diferença. Tal painel transforma o calor em energia elétrica, além de ser caro. Já as moléculas, chamadas “photoswitches”, são fotossensíveis e podem assumir dois formatos. Quando expostas ao sol, mudam de formato e ficam estáveis, podendo armazenar calor indefinidamente e emitir esse calor também indefinidamente. Após armazenar a energia e mudar de forma, a molécula retém tal energia até que seja incentivada por um estímulo (que pode ser elétrico, uma exposição a luz ou calor). Assim, ela volta ao formato original e emite calor. E o ciclo se repete.

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Segundo os pesquisadores, a substância provavelmente terá forma líquida. Supõe-se que o sistema envolverá dois tanques, remanejando o líquido e permitindo que tenha energia mesmo quando o Sol resolver não aparecer.

E a questão é: que material mágico é esse? Os cientistas estão utilizando azobenzeno e anexando as moléculas a nanotubos de carbono. O desafio é conseguir juntar as moléculas de maneira que elas tenham densidade suficiente para exercer seu papel. Mas, os queridos nanotubos de carbono ajudam no processo e o maior ou menor armazenamento de energia depende agora de encontrar a combinação certa.

É provável que tal tecnologia ainda demore a ficar disponível no mercado, mas tudo indica que seja uma alternativa promissora. Se todos entrarem na onda de ‘energia infinita’ os autores dos livros de termodinâmica vão se remexer no túmulo.

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