Imagine entrar numa loja levando aquela camiseta velha que você não quer mais, e, depois, sair com uma peça nova para o seu guarda-roupa. Essa é a aposta da companhia sueca Hennes & Mauritz, que traz um jeito inédito de se relacionar com o descarte de peças.
Em parceria com o Instituto de Investigação Têxtil HKRITA e a empresa de fiação Novetex Textiles, ambas de Hong Kong, foi desenvolvida a máquina Looop – um tipo de “impressora” que recicla roupas.
O nome é sugestivo: no Inglês, a palavra “loop” pode ter sentido de “ciclo”, “laço”, ao passo que também significa “malha”, “tecido”.
Com efeito, a iniciativa lança uma nova maneira de lidar com a circularidade na indústria da moda. O processo não usa quaisquer produtos químicos (nem mesmo água), e dura cerca de 5 horas.
O cliente pode acompanhar tudo, uma vez que a Looop fica num “laboratório” com paredes de vidro. Por hora a máquina está instalada em apenas um dos pontos de venda da H&M em Estocolmo, desde Outubro de 2020.
A roupa antiga é primeiro lavada e depois desfiada. A estes fios são adicionados outros (de origem sustentável), a fim de fortalecer a malha. Depois, com a tricotagem, cria-se o novo a partir do velho.
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Em busca da sustentabilidade têxtil
A marca escandinava também enxerga no projeto um aspecto socioeducativo. O objetivo é mostrar para os clientes que “os têxteis velhos têm valor e que nunca devem ser desperdiçados” – diz um comunicado da empresa.
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Por enquanto, as opções de peças recicladas são suéter, cobertor de bebê ou um cachecol, por uma taxa entre $11,00 e $16,00. Todavia, procura-se expandir as alternativas em breve. Além disso, a companhia declara que todo o lucro gerado pelo serviço é destinado a pesquisas acerca da sustentabilidade têxtil.
Apesar de ainda não haver máquinas Looop em outros pontos de venda, provavelmente outras marcas vão aderir ao novo sistema de reciclagem em breve. O Instituto HKRITA planeja, por exemplo, conceder licenças deste novo aparelho para circular a ideia cada vez mais.
Em confluência, uma iniciativa de 2019 da marca Zara propõe algo similar: clientes podem “jogar fora” suas roupas em mais de 1300 pontos de venda, com o propósito de que toda a produção da empresa seja de material orgânico e sustentável a partir de 2025.
Fonte: CNN, Fashion Network
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Clara Ribeiro
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.