Engenharia Ambiental e Sanitária

Estudo Brasileiro Desenvolve Material que Remove Poluentes da Água

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Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 12 meses atrás | 4 min de leitura

Imagem de @aleksandarlittlewolf em Freepik

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Uma equipe de pesquisadores brasileiros do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), da Embrapa e das universidades Unifal e UFPB desenvolveram um material especial que poderia contribuir para a Engenharia Hídrica e Sanitária. O mesmo ajudaria na remoção de poluentes da água, sobretudo poluentes emergentes, como a sertralina, um antidepressivo encontrado em águas globais. Para entender melhor o caso, leia o texto a seguir, do Engenharia 360!

Poluentes da Água
Imagem de wirestock
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Principais características do material desenvolvido pelos cientistas

Esse novo e promissor material desenvolvido é feito à base de óxido de zinco (ZnO). Aliás, pode-se dizer que a sua estrutura hierárquica é o "segredo" da alta eficiência na degradação de certos vilões das águas naturais. Ela teria capacidade de absorver energia luminosa necessária para a promoção da foto-oxidação da água, produzindo substâncias responsáveis pela quebra dos contaminantes orgânicos.

Técnicas empregadas para analisar as propriedades físico-químicas do material

Para medir as propriedades físico-químicas desse novo material, os cientistas optaram pode utilizar métodos inovadores de síntese. O objetivo era analisar componentes principais (PCA), XRD, Raman, HR-TEM, entre outras coisas.

Uma alternativa apresentada foi o hidrotérmico assistido por micro-ondas, para produzir estruturas 3D de óxido de zinco; em menos de dez minutos já se obteve resultados. Também ferramentas quimiométricas para otimizar as condições sintéticas e compreender as propriedades, inclusive fotocatalíticas. O resultado? Um fotocatalisador altamente eficaz na degradação de poluentes da água!

Poluentes da Água
Imagem de Freepik

Resultados da aplicação desse material na remoção poluentes da água

Os testes já realizados com o novo material, apoiados pela FAPESP, demonstraram excelentes resultados. Então, sim, o ZnO 3D produzido poderia de absorver luz ultravioleta e promover a degradação de contaminantes orgânicos, mantendo sua atividade por até cinco ciclos sem exibir toxicidade para organismos testados. Isso sugere, portanto, seu potencial para extração de poluentes da água.

Na prática, esse material poderia ser usado em tratamento de águas contaminadas, como de esgoto, acolhidas nas ETAs, estações de tratamento de esgoto. Nesse caso, o avanço estaria na fotocatálise heterogênea. E podemos ir além, imaginando a aplicação dessa base de óxido de zinco no setor fármaco, por exemplo.

A pesquisa evidencia que a estrutura cristalina e outras propriedades se mantêm estáveis mesmo esses múltiplos ciclos de aplicação.

tramento de água
Imagem de Martin Str em Pixabay

Os testes provaram muito bem a segurança do material para organismos vegetais. Isso quer dizer que a água tratada com ZnO 3D poderia muito bem voltar ao meio ambiente sem causar efeitos danosos. Ou seja, é mais uma possibilidade que temos de manter nosso padrão de vida impactando menos a natureza.

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Fontes: Revista Galileu.

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