Parece mentira, mas em pleno século XXI precisamos ainda discutir temas como preconceito, segregação e desigualdade racial. E assuntos como esse têm ganhado ainda mais força nos meios digitais, como redes sociais. Simplesmente, pelo que consta, a sociedade ao qual pertencemos não provém a mesma qualidade de vida para todas as pessoas. Existe uma violência descarada sobretudo contra o povo afrodescendente. Claro que isso acontece também dentro das engenharias, onde as oportunidades são apresentadas em proporções diferentes para cada perfil de candidato. Mas por que isso ainda acontece? Veja no texto a seguir!
Como a herança histórica brasileira impacta o mercado de trabalho?
Nosso país, como todos sabem, é formado por uma linda miscigenação. Mas, ao mesmo tempo, o processo histórico de formação brasileiro é o que mexe até hoje no nosso mercado de trabalho. É evidente que os negros ainda são colocados em situação desfavorável, até mesmo no meio acadêmico. E não é só isso! De acordo com o IBGE, 70% da população do país é negra e pobre. Este é um número assustador que reflete de forma gritante a desigualdade na sociedade. A escravidão acabou, mas restaram as injúrias e o racismo, inclusive estrutural, ou seja, no meio profissional e social!
Vemos muito menos negros ocupando cargos de chefia de grandes empresas de Engenharia. Também preocupa quando olhamos para o que acontece dentro das universidades, os formadores de profissionais. Segundo números do Ranking Universitário Folha (RUF), apenas cerca de 20% dos alunos das 5 engenharias listadas são pardos ou negros, incluindo cotas raciais. A saber, de acordo com dados do IBGE, cerca de 49,5% da população brasileira é composta de negros e pardos, o que contrasta muito com a composição de alunos dos 10 melhores cursos universitários do país. Este é o triste e vergonhoso cenário que temos hoje em dia!
Observação: o primeiro negro a se tornar engenheiro no Brasil foi André Rebouças, em 1858. Ele e seu irmão são considerados como dois dos maiores engenheiros do país no século 19. Já a primeira mulher negra formada em Engenharia no nosso país, em 1945, foi Enedina Alves Marques.
Veja Também: Mulheres negras nos cursos de Engenharia: relato de estudante da Poli mostra como é a realidade
Como a Engenharia pode mudar este cenário relacionado à questão da desigualdade racial no Brasil?
Podemos apostar toda a nossa esperança na educação! Só ela tem a força de transformação necessária na consciência das pessoas. A mesma também leva os profissionais a olharem mais atentamente e para as questões humanitárias, como política e ideologias, avaliando tudo com bom senso e empatia. A educação é capaz de acabar com o racismo estrutural - inclusive a partir de suas raízes, que são os jovens. E, sim, a Engenharia deve fazer parte desta luta, dando boas oportunidades e expondo adequadamente trabalhos de engenheiros negros, além de aproveitar sempre os incentivos tecnológicos em comunidades carentes.
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Precisamos acabar com esse lamentável conflito de nossa sociedade - e o 360 escolheu fazer isso através do compartilhamento de informações. Brancos, negros, índios! A pele é apenas algo estético, não influencia na nossa capacidade e não deve limitar o nosso futuro, expectativa de vida e oportunidades de carreira!
Fontes: C2E.
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Eduardo Mikail
Somos uma equipe de apaixonados por inovação, liderada pelo engenheiro Eduardo Mikail, e com “DNA” na Engenharia. Nosso objetivo é mostrar ao mundo a presença e beleza das engenharias em nossas vidas e toda transformação que podem promover na sociedade.