A poluição atmosférica é um desafio crescente nos centros urbanos ao redor do mundo. Para combatê-la, diversas soluções inovadoras estão sendo desenvolvidas. Entre elas, destaca-se o Smog Free Project, uma campanha revolucionária criada por Daan Roosegaarde e sua equipe de designers e engenheiros, focada no controle da poluição do ar. O projeto é centrado na Smog Free Tower, um purificador de ar em escala de edifício. Vamos entender no artigo a seguir, do Engenharia 360, como essa tecnologia funciona e como ela pode beneficiar as cidades.

O que é a Smog Free Tower?
A Smog Free Tower é uma estrutura de 7 metros de altura que utiliza a tecnologia de ionização positiva para produzir ar limpo e livre de poluição. Projetada para ser instalada em espaços públicos como parques, a torre capta grandes volumes de ar, purificando até 30.000 m³ de ar por hora com o uso de uma quantidade mínima de eletricidade. O objetivo é oferecer ar puro gratuitamente para a população, promovendo a saúde e o bem-estar em áreas urbanas.
A tecnologia por trás da Smog Free Tower
Estudos conduzidos por cientistas da Universidade de Tecnologia de Eindhoven comprovaram a eficácia da Smog Free Tower. Ela é capaz de capturar até 70% das partículas de PM10 (partículas com 10 micrômetros ou menos de diâmetro) e 50% das partículas de PM2,5 (partículas com 2,5 micrômetros ou menos).
Tudo isso seria inalado pelas pessoas, mas, em vez de se destinarem aos pulmões humanos, essas partículas, capturadas pela torre purificadora, são coletadas e comprimidas em cubos para joias, que o estúdio também disponibiliza para encomenda, o Smog Free Ring - que além de tudo, é uma gracinha.
Confira abaixo o vídeo onde Daan Roosegaarde, o criador do projeto, explica ao World Economic Forum como surgiu a ideia da Smog Free Tower:
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Onde essas torres purificadoras já foram instaladas?
A primeira Smog Free Tower foi instalada em Roterdã e Amsterdã, antes de ser levada para a China, onde obteve resultados impressionantes. Em Pequim, a torre limpou 30 milhões de metros cúbicos de ar em 41 dias, um volume 10 vezes maior que o do Estádio Nacional (Ninho de Pássaro), que tem capacidade para 80 mil pessoas. Recentemente, a torre foi instalada também na Polônia, onde continua a combater a poluição atmosférica.

Fonte: Studio Rosegaarde.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.