Engenharia 360

Self-balanced lines: uma alternativa às tradicionais linhas de produção

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por Jéssica Dias
| 03/06/2014 | Atualizado em 18/08/2022 2 min

Self-balanced lines: uma alternativa às tradicionais linhas de produção

por Jéssica Dias | 03/06/2014 | Atualizado em 18/08/2022
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Quando se fala de linhas de produção, provavelmente o primeiro pensamento que nos vem são as tradicionais linhas de montagem, compostas por trabalhadores lado a lado, cada um em sua estação de trabalho desempenhando uma tarefa e passando o produto à próxima estação até que o mesmo seja finalizado. Este modelo exige que, para evitar gargalos e diminuir o tempo de ciclo, as estações de trabalho estejam balanceadas, ou seja, que o tempo de processamento ou montagem do produto em cada uma delas seja bastante similar ou igual.

assemblyline | linhas de produção

A necessidade de balanceamento requer que os engenheiros tenham profundo conhecimento das tarefas desempenhadas e a partir disso dividam o trabalho entre os empregados. Entretanto, um novo conceito – conhecido como “bucket-brigades” ou “self-balanced line”- tem o potencial de romper com essa maneira de organização de forma que, como o próprio nome sugere, a linha de produção balanceie a si mesma.

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Como funciona?

Primeiramente, os trabalhadores são dispostos na linha de acordo com o tempo que demoram a montagem completa de uma unidade, com o mais lento no começo e o mais rápido no final. Em tese, cada trabalhador vai montar um produto até sua finalização; quando o último trabalhador finalizar um produto, ele voltará ao seu predecessor e continuará a montagem de onde o mesmo parou, e este voltará ao seu predecessor e tomará seu trabalho e assim ocorrerá sucessivamente até o início da linha, onde o primeiro empregado começará um produto novo.

metodotradicional
bucketbrigade

Veja Também: Digitalização da área de produção: essa tecnologia aumenta a segurança das fábricas?

Quais as vantagens dessa forma de organização?

Com as linhas balanceando a si mesmas, elimina-se a necessidade de se fazer estimativas de tempo de movimento para dividir o trabalho, pois o balanço será alcançado usando o tempo real que o trabalhador leva para desempenhar sua função. Outros benefícios incluem: redução do tempo gasto em planejamento; aumento na produtividade, pois a linha gerará espontaneamente a divisão ótima do trabalho; maior flexibilidade na produção e facilidade de implementação.

Qual a aplicabilidade deste conceito?

O conceito de bucket-brigades não é aplicado somente a linhas de montagem, mas também a centros de distribuição. Em linhas gerais, se é usado o método zone-picking, onde o armazém é dividido em zonas e para cada uma delas existem trabalhadores designados a montar os pedidos, a ideia de auto balanceamento pode ser aplicada e tem o potencial de aumentar a produtividade do centro.

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Saiba mais!

Para mais detalhes sobre bucket-brigades, visite bucketbrigades.com (inglês). Lá serão encontradas mais informações, vídeos explicativos e demonstrações que o ajudarão a entender melhor este conceito.


Fontes: BucketBrigades.com, LeanInsider, InventoryOps.

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Jéssica Dias

Engenheira industrial; formada pela Universidade Estadual do Norte Fluminense; com passagem pelo Instituto de Tecnologia de Rochester; tem experiência em cadeia de suprimentos (supply chain), e já atuou nas funções de Logística, Planejamento e Programação de Materiais.

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