O mercado de trabalho é um dilema. Fazer o que gosta ou pensar apenas em ganhar bem, mesmo numa função maçante? Essa é a uma questão para muitas pessoas, principalmente para os estudantes e recém formados. É claro que dinheiro sempre será uma escolha que pesa muito. Mas quanto ofereceram de salário para você desistir dos seus sonhos?
Vocação é uma coisa que às vezes é difícil encontrar. Quando ela aparece, é preciso investir para ter sucesso tanto no foco pessoal quanto no profissional. Aliás, pensar em fazer o que gosta conta muito. É o que trará satisfação a sua vida e evitará que você fique estagnado, com a sensação de parado no tempo - mesmo ganhando muito dinheiro.
É aí que entra o assunto do post. Segundo Daniela do Lago, especialista em comportamento no trabalho e professora de cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas, vale o questionamento: até que ponto vale a pena desistir da carreira planejada e sonhada por conta de um salário melhor hoje?
Essa situação ocorre com muitas pessoas e acaba tornando-se um ciclo, afinal, profissional descontente gera um problema que vai crescendo até chegar ao cliente final. Fora que a sensação de ir 'arrastado' para o trabalho e sem motivação piora tudo e leva a uma vida sem graça, sem desafios e infeliz.
De fato, é cultural cogitar que pessoa bem sucedida é aquela que ganha bem. Somos condicionados a pensar no melhor cargo, com o melhor salário, apenas com a visão material e deixando de lado o aspecto pessoal, fazer aquilo que gosta, que se sente bem e que realmente desafie.
Mas, para quem deseja ir além e pensar no conceito de que é preciso ser feliz na profissão, a escolha deve vir de dentro, independente de dinheiro, atendendo a um chamado interior que surgirá uma hora ou outra. Segundo Daniela, ''O sucesso profissional pode independer do sucesso financeiro! Quando estamos na direção certa, com certeza, o reconhecimento vem (inclusive o financeiro) e tudo parece fluir naturalmente. Ou seja, o dinheiro virá como consequência''.
Portanto, é preciso pensar muito e controlar a ansiedade para evitar uma decisão apressada. Deixar a pressão social de lado para focar naquilo que realmente dará sentido a carreira, com planejamento e paciência, afinal, nada acontece de uma hora para outra. Do contrário, quando sentimos que não estamos no caminho certo, sempre dá para voltar e tentar de novo. Erros são comuns e podem ser corrigidos!
''Trace um plano de ação imediatamente para seu período de transição e faça acontecer. Na estrada profissional, muitas pessoas podem mostrar o caminho, até iluminá-lo para que você siga com mais facilidade, mas o único que pode trilhá-lo é você!'', completa a professora.
Pode parecer apenas discurso de auto ajuda, porém é péssimo fazer algo que não se gosta e não se sentir plenamente realizado por conta de um salário bom. É óbvio que dinheiro é necessário, mas será que vale a pena desistir dos nossos sonhos e viver de forma 'automática' por conta de um valor a mais na conta? Fica a reflexão!