A partir deste ano, de 2023, a Polícia Militar do Rio de Janeiro usará capacetes à prova de balas ou capacetes balísticos. A corporação recebeu até março mais de mil acessórios para reforçar a proteção individual dos batalhões da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e das unidades pertencentes ao Comando de Operações Especiais (COE). E o modelo escolhido é adequado para incursões em comunidades e possui suporte para câmeras na parte frontal.
O Engenharia 360 trouxe, para este texto, mais informações sobre a importância e outros dados gerais referentes à tecnologia de capacetes balísticos. Confira a seguir!


Necessidade do uso de capacetes balísticos por militares e policiais
No caso do Rio, a Secretaria de Estado de Polícia Militar diz que o objetivo da compra de capacetes à prova de balas ou capacetes balísticos é oferecer mais segurança para os policiais durante as operações realizadas pela corporação. Bem, o fato é que até exércitos costumam utilizar tais acessórios para proteção contra balas, como de submetralhadoras, além de estilhaços e explosões – que são uma ameaça constante para as equipes de combate.
Claro que este é só um reforço, não garante cem por cento de proteção. Por exemplo, o impacto de uma bala de cartucho de HMG (0,50BMG, 12,7 mm, 14,5 mm, etc.) contra um capacete balístico, pode, em alguns casos, perfurar a peça e romper a medula espinhal do usuário.

Evolução tecnológica dos capacetes balísticos
Existem muitos capacetes balísticos de excelente qualidade à venda no mercado, capazes de parar com segurança fragmentos. Rifles militares, por exemplo, daí é mais difícil. O fato é que, originalmente, esses capacetes foram desenvolvidos apenas para fragmentos. No passado, mais por volta da Primeira Guerra, tivemos os modelos “tigela de sola”. Na Segunda Guerra, o modelo “panela de aço”, amplo e raso, além de também mais leve.


Chegando nos anos 70 e 80, os capacetes balísticos, como o PASGT – também conhecido como “K-pot” ou “capacete Fritz” – eram mais resistentes. Porém, não impediam penetrações, a menos de 600 metros, de armas como M16 e M193, ou rondas militares de espingarda. Já a tecnologia mais recente foca na segurança contra tiros de rifles militares.
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Exemplos de modelos mais modernos de capacetes balísticos
- Capacetes balísticos de fibra kevlar, com leveza e alta integridade, ajudando para uma melhor mobilidade e redução da fadiga, fazendo com que as equipes tenham mais energia para concluir sua missão.
- Capacetes de fibra aramida com resina fenólica – material de alto desempenho -, para proteção balística em ambientes difíceis, sendo um produto com menos desperdício e produtividade aprimorada, solução muito eficiente e rentável.
- E capacetes de tecido especial, que reduz o peso por um quinto, enquanto mantém ou até aumenta o desempenho usando o mesmo nível de material.

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Vale destacar que também existem máscaras balísticas, para substituir capacetes com viseira – que são desconfortáveis e reduz campo de visão – para proteção de rosto e cabeça, desenvolvidos para desviar estilhaços ou munições de pistola de baixo calibre. Peças como estas são geralmente utilizadas por unidades antiterroristas – com maior probabilidade de enfrentar inimigos armados com pistolas e que não enfrentarão dias de patrulha suados por trás de suas máscaras. Para eles, o alvo mais fácil é mesmo o peito, por isso a necessidade do colete à prova de balas.
Para finalizar, lembramos que existem modelos de proteção ocular. Mas nada disso – capacete, máscara e óculos -, embora possa parar uma bala, deve evitar ferimentos; só o choque seria forte o suficiente para uma experiência provavelmente muito desagradável. A questão mesmo é evitar a morte e garantir a continuidade da luta dos oficiais em suas inúmeras operações!
Fontes: G1, Dupont, Quartzo Engenharia de Segurança, Quora.

Redação 360
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