Com diferentes produtos ao nosso redor, podemos perceber que cada um deles possui suas próprias características, como o número de série, cor, lote, entre outras. Logicamente entendemos que não fabricamos um relógio da mesma maneira que fabricamos um pneu. Cada produto possui uma fabricação específica, podendo ser em pequenas ou enormes quantidades. Com isso, vamos estudar dois dos tipos mais comuns de produção: empurrada e puxada.
Produção empurrada
É aquela que inicia seu processo antes de um pedido de compra do cliente, ou seja, é mais voltada para estoque. Nos processos internos, é verificado o comportamento do mercado, o histórico de vendas daquele produto e, através do MRP, o pedido de produção interno é enviado ao setor fabril para que seja produzido o lote desejado. Caso o cliente externo necessite de tal produto, a organização já tem ele estocado, pronto para a entrega.
Exemplo desse tipo podemos ver na indústria cervejeira. Cerveja, independentemente do mês do ano, possui uma boa vendabilidade, fazendo-se necessário ter estoque mínimo na fábrica para disponibilizar ao cliente final.
Produção puxada
É a produção que não utiliza estoques, sendo o cliente o personagem que “determina” o início do processo. Mesmo estando com a matéria prima pronta para utilização, o start da produção é feito apenas com a demanda do cliente. Exemplos básicos no nosso dia-a-dia são as pizzarias. Elas produzem a partir do momento em que o consumidor realiza o pedido do produto. Ao contrário da empurrada, aqui a qualidade é prioridade em relação a quantidade.
Abaixo, temos alguns prós e contras de cada tipo:
Produção Puxada | Produção Empurrada |
Elimina desperdícios | Gera custos de estoque elevados |
Dinâmica em relação à demanda | Estático em relação à demanda |
Sistema de controle simples (Kanban) | Requer softwares sofisticados (SAP) |
Melhor resultado na fabricação de lotes por encomenda | Melhor resultado na produção repetitiva |
Podemos resumir esses dois tipos na imagem a seguir:
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Saber o tipo de produção é fundamental para o planejamento de uma empresa e para a sustentabilidade de um negócio. Além disso, vale lembrar que há casos em que a fabricação de um produto passa pelos dois tipos em diferentes etapas do processo.
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Kaíque Moura
Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.