Engenharia 360

Pesquisa mostra que remuneração de engenheiros segue estável em 2015

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por Carlos Rabello
| 16/11/2015 | Atualizado em 18/06/2024 4 min

Pesquisa mostra que remuneração de engenheiros segue estável em 2015

por Carlos Rabello | 16/11/2015 | Atualizado em 18/06/2024
Engenharia 360

Apesar do momento desafiador em que vive a economia brasileira, as funções de média e alta gerência relacionadas diretamente com a Engenharia tem conseguido manter um quadro geral positivo de remuneração em 2015. É o que mostra o resultado de uma pesquisa anual realizada no país pela Michael Page, uma das maiores empresas de recrutamento do mundo e presente há 15 anos no Brasil.
De acordo com os resultados, com exceção dos setores Automotivo e do Agronegócio na região de Campinas, todas as outras áreas apresentaram um quadro médio de estabilidade e até aumento nas bandas de salários em alguns casos.

Setor Petroquímico entre os mais bem pagos do Brasil

Setor Petroquímico entre os mais bem pagos do Brasil


Outra avaliação qualitativa e positiva do mercado de trabalho para estes níveis de função é a expansão das oportunidades de atuação além daquelas relacionadas diretamente com a engenharia. Segundo a empresa, com a formação analítica e quantitativa sólida, além do desenvolvimento de raciocínio ágil dos engenheiros, os mesmos muitas vezes são requisitados para atuar em áreas como o Financeiro, Marketing, Vendas, Planejamento, Logística, IT, entre outras. Isso amplia as possibilidades, valoriza a classe e, consequentemente, ajuda a manter os níveis de remuneração apesar do difícil momento do contexto econômico local.

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+ A Pesquisa

O Estudo Anual de Remuneração no Brasil é uma pesquisa tradicional e realizada desde o ano 2000 pela Michael Page. O mesmo é elaborado através da compilação de entrevistas realizadas com mais de 100 mil profissionais, além de gestores e líderes de RH de várias empresas no país.
Os dados foram coletados durante 12 meses e cobrem o mapeamento das remunerações de seis capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Recife, Curitiba e Porto Alegre. Já o mapeamento foi realizado entre os meses de Janeiro e Fevereiro deste ano.

+ A Metodologia

As remunerações representam o salário bruto mensal, são apresentadas em Reais e não incluem remuneração variável, como benefícios extras, bônus e outros. Além disso, estas foram organizadas em faixas de limite inferior e superior refletindo os valores médios praticados pelos respectivos mercados, setores e funções.
O método de mapeamento divide as faixas salariais em empresas de Pequeno e Médio Porte com faturamento anual de até R$ 500 milhões e as de Grande Porte, com receitas totais acima deste valor.

Oportunidades não se limitam às funções de engenharia

Oportunidades não se limitam às funções de engenharia


No caso da área de Engenharia, pelo fato de terem sido identificadas grandes variações, a pesquisa segmentou-a em seis sub-tipos de indústrias a cada uma das regiões, como Bens de Consumo, Químico e Petroquímico, Automotivo e Metalurgia, Eletroeletrônico e Linha Branca, Farmacêutico e, por fim, Agronegócios.
As posições que tiveram as remunerações mapeadas e avaliadas foram Diretoria (Industrial, e P&D) e algumas funções de Gerência, como Setorial, de Produção, de P&D, de Produto, de Manutenção, de Projetos e Engenharia, da Qualidade e de Saúde Segurança e Meio Ambiente (SSMA).
Por fim, a tendência reflete a comparação dos mesmos dados e parâmetros mapeados neste ano com aqueles de 2014.

+ Os Destaques

Para os cargos de nível de Diretoria as maiores faixas salariais foram encontradas no setor Químico e Petroquímico, com destaque para as regiões de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre onde a remuneração pode chegar a 25 mil reais por mês em empresas de pequeno e médio porte, e até 40 mil nas de grante porte.
Porém, coincidentemente, os setores com os maiores salários ao mesmo tempo também são os que apresentam tendências de queda entre 2014 e 2015. Juntamente com o setor Petroquímico, aqueles de Bens de Consumo, Automotivo e Agronegócios revelaram esta mesma característica. Muito provavelmente já refletindo os impactos econômicos em deterioração nestes segmentos no mesmo período de tempo.

Regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Porto Alegre se destacam com as maiores remunerações

Regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Porto Alegre se destacam com as maiores remunerações

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Um destaque foi identificado para os Diretores de Pesquisa e Desenvolvimento no setor Farmacêutico na região do Rio de Janeiro, que tanto apresenta faixa salarial entre as mais altas como também apresenta tendência de aumento.
Já entre os Gerentes, a região de Porto Alegre chama a atenção nos segmentos Farmacêutico e Automotivo. Nestes, os engenheiros neste tipo de função apresentam remuneração bruta mensal que chegam a 19 mil reais na empresas de pequeno e médio porte, e a 22 mil nas de grande porte. Além disso, em ambos a tendência é de alta entre 2014 e 2015.
A notícia negativa da pesquisa foi para aqueles engenheiros que atuam como Gerente de Produto, onde todos os setores e regiões apresentaram movimento de queda entre os dois últimos anos.
Acesse o relatório completo do estudo AQUI!
 

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