Sirius, se você não sabe, trata-se de um laboratório de luz síncrotron de quarta geração, em Campinas, São Paulo. Ele funciona como um super raio-X, servindo para analisar diversos materiais em escalas de átomos e moléculas. Um dos experimentos feitos pelos cientistas no local é o de acelerar elétrons na velocidade da luz, sendo depois desviados com ímãs para uma das estações de pesquisa para a realização dos testes. Explicamos melhor tudo isso nas seguintes publicações:
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O legal é que agora este laboratório está abrindo uma chamada especial para que cientistas do Brasil e do mundo possam enviar projetos que contemplem uso da infraestrutura instalada no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) - mais precisamente das suas seis primeiras estações experimentais, com seleção por de mérito científico. A expectativa é do recebimento ideias para busca de soluções de problemas estratégicos, que serão, portanto, justamente testadas no Sirius, incluindo uso de técnicas de luz síncrotron.
Linhas de pesquisas realizadas no Sirius
- Carnaúba: para análises de materiais nano-estruturados, visando a obtenção de imagens 2D e 3D da composição e estrutura de solos, materiais biológicos e fertilizantes.
- Cateretê: para a obtenção de imagens tridimensionais com resolução nanométrica de materiais para as mais diversas aplicações.
- Ipê: para estudar a distribuição dos elétrons em átomos e moléculas presentes em interfaces líquidas, sólidas e gasosas, desde isolantes até supercondutores.
- Ema: para a investigação de materiais submetidos a condições extremas de temperatura, pressão ou campo magnético.
- Imbuia: para a identificação dos grupos funcionais de moléculas e a análise da composição de praticamente qualquer material.
- Manacá: para revelar estruturas tridimensionais de proteínas e enzimas com resoluções atômicas, como as usadas como princípios ativos de novos medicamentos.
Tempo de inscrição para apresentação de projetos
Anota aí! Os cientistas têm até o dia 15 de dezembro de 2022 para fazer a inscrição. E o agendamento para as apresentações das propostas começará em março de 2023. Detalhe: não haverá custos para o uso acadêmico do Sirius. E no caso de pesquisadores de instituições brasileiras e estrangeiras que residam em países da América Latina e Caribe, caso tenham propostas aprovadas, estes poderão solicitar auxílio financeiro para a utilização das instalações do Sirius e viagem a Campinas.
Fonte: G1.
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Eduardo Mikail
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