O tagueamento é a prática de identificar equipamentos e componentes industriais com etiquetas ou placas. Essa identificação pode incluir informações diversas.
Antes de ir além em nossa explicação, vamos recapitular que, em linhas de produção, é comum vermos equipamentos e peças que possuem alguma identificação. Essas identificações podem ser sobre número de série, data de fabricação, entre outros. Mas existem também algumas identificações internas em formato de etiqueta que as fábricas adotam para identificar suas máquinas e seus componentes: o chamado tag. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
O que é um tag?
Traduzindo, a palavra "tag" significa "etiqueta", normalmente usada para fazer a identificação de alguma coisa específica no mercadp. Portanto, quando falamos em fazer um tagueamento de máquinas e equipamentos, nada mais é do que fazer uma etiqueta de identificação para cada um deles; uma forma importante de fazer cadastro e rastreamento quanto à manutenção desses ativos.
Em outras palavras, podemos dizer que o tagueamento nada mais é que a emissão de uma identidade para cada máquina e equipamento e sua localização na planta industrial.
Baseado nessas informações é que entendemos que, na manutenção, esse tipo de identificação ou tagueamento é a base para a gestão de máquinas e equipamentos. Isso principalmente pela área do PCM que, por conta do uso de um software de manutenção, pode fazer um controle mais apurado de todas as intervenções feitas pelo setor de serviços da manutenção, planejamento dos serviços, geração de indicadores mais confiáveis por máquina, equipamento, conjuntos ou subconjuntos.
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Quais os benefícios do tagueamento?
Os principais benefícios do tagueamento são:
- Aumento da eficiência
- Redução do tempo de inatividade
- Melhoria da segurança
- Aumento da produtividade
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Tagueamento usado na prática para melhora da manutenção de equipamentos em empresas reais
Podemos afirmar que, para a Manutenção, a identificação ou o tagueamento é a base para a gestão de equipamentos. Seria possível, por exemplo, agilizar o planejamento e a programação de intervenções, facilitar a compra de material, evitar duplicidade de itens ou componentes, extrair informações para gestão de falhas, custo, disponibilidade, etc.
Na prática, uma empresa de manufatura, por exemplo, pode usar o tagueamento para identificar todas as suas máquinas e equipamentos. Isso tornaria mais fácil para os técnicos de manutenção localizar as máquinas que precisam de manutenção e acompanhar o histórico de manutenção de cada máquina.
O tagueamento também pode ser usado para identificar componentes individuais, como válvulas, motores e bombas. Isso pode ajudar os técnicos de manutenção a identificar rapidamente as causas de problemas e a substituir os componentes com defeito antes que eles causem uma falha catastrófica.
O taguemanto também ajuda:
- Na identificação das máquinas nas ordens de serviço destinadas aos técnicos de manutenção, fazendo com que eles não fiquem perdidos na hora de identificar o equipamento da ordem;
- Gera histórico de peças e equipamentos no sistema de gestão da empresa;
- Ajuda na elaboração de procedimentos referentes ao equipamento;
- Na criação de planos de manutenção.
Existe alguma norma relacionada à tagueamento?
Norma ISA 5.1
Existe uma norma internacional de tagueamento, a Norma ISA 5.1 (International Society for Measurement and Control), que estabelece uma padronização para designar os instrumentos e sistemas de instrumentação usados para medição e controle em equipamentos e processos industriais. No caso de máquinas e equipamentos industriais, normalmente cada empresa procura estabelecer seu próprio padrão e que é definido de acordo com alguns critérios, podendo ser conforme seus padrões de qualidade, funcionalidade e porte principalmente.
NBR 8190
No Brasil a norma da ABNT – NBR 8190 que trata do mesmo assunto sobre tagueamento, foi cancelada em 02/12/2010. Como não foi substituída, ainda é usada para sua funcionalidade específica. Mas nem todas empresas tem essa visão de que identificar é uma das boas práticas de padronização. Então, qual o problema das empresas que não realizam este tipo de identificação? A resposta é simples: poucas empresas dão início às suas atividades pensando na manutenção e em seus processos internos.
Normalmente o que interessa é o início imediato da produção, e após sua partida, fica muito complicado ou mais caro realizar o levantamento de todos os itens, componentes e equipamentos; então, elas optam por substituir o que quebra ou então reparar conforme demanda. No caso dos processos internos, é praticamente na tentativa e erro. Esta infelizmente ainda é a situação de muitas empresas do nosso país, principalmente as de pequeno e médio porte.
Concluindo, trata-se de um recurso muito simples, que auxilia muito em várias ações, da Administração às Operações. É um procedimento comprovado, profissional, que agrega ganhos significativos, em qualidade, prazos e custos. Então, caso sua empresa não possua um sistema de tagueamento, adote essa ferramenta!
Se você está procurando uma maneira de melhorar a manutenção de seus equipamentos, o tagueamento é uma ferramenta valiosa. Comece a planejar o seu sistema de tagueamento hoje mesmo e veja como ele pode ajudá-lo a economizar tempo, dinheiro e melhorar a segurança.
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Kaíque Moura
Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.