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Níveis de gases de efeito estufa continuam a subir, apesar da pandemia

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por Larissa Fereguetti
| 24/11/2020 2 min

Níveis de gases de efeito estufa continuam a subir, apesar da pandemia

por Larissa Fereguetti | 24/11/2020

Segundo cientistas, a COVID-19 não é a solução para as mudanças climáticas: é preciso estabelecer uma redução efetiva a longo prazo, não algo pontual.

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Segundo cientistas, a COVID-19 não é a solução para as mudanças climáticas: é preciso estabelecer uma redução efetiva a longo prazo, não algo pontual.

No ano passado, os valores de gases de efeito estufa bateram recordes e continuaram subindo neste ano, mesmo com a pandemia de COVID-19, a qual reduziu o ritmo de diversos serviços e indústrias pelo mundo. Os gases do efeito estufa contribuem significativamente para as mudanças climáticas.

Segundo a World Meteorological Organization (WMO), com os lockdowns, fechamento de fronteiras, redução de voos, trabalho remoto e mais medidas implantadas durante a pandemia, as emissões de muitos poluentes (como o dióxido de carbono) reduziu. No entanto, a desaceleração industrial não reduziu as concentrações dos gases, fazendo com que haja aumento das temperaturas e consequente elevação do nível do mar.

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A redução das emissões vai ser representada apenas por alguns pontos no gráfico a longo prazo. O necessário era ter uma redução sustentada ao longo do tempo.

níveis de gases do efeito estufa na atmosfera entre 1979 e 2019, mostrando aumento significativo
Imagem: World Meteorological Organization

O principal boletim anual de gases do efeito estufa da WMO afirmou que as estimativas preliminares indicavam que redução de emissões diárias de CO2 podem ter sido reduzidas em até 17% globalmente durante o período mais intenso das paralisações. O impacto anual deve ser uma queda entre 4,2% e 7,5%. Porém, isso não vai reduzir as concentrações de CO2 na atmosfera.

A WMO afirma que as concentrações continuarão a subir, embora em um ritmo mais lento. Ainda, essa lentidão, de cerca de 0,23 partes por milhão (ppm), está dentro da variação anual de 1ppm. No curto prazo, o impacto não vai ser distinguido da variabilidade natural. Resumindo, a concentração continua a subir e, embora esteja mais devagar, essa lentidão é pouco significativa e não vai fazer muita diferença.

Em 2019, a concentração atmosférica de CO2 registrada foi de 410 ppm. Em 2018, ela foi de 407,8 ppm. Este ano, continuou a subir. Em um intervalo de 4 anos (de 2015 a 2019), houve um aumento nunca visto antes (o qual foi de 400 ppm para 410 ppm). Isso ressalta a necessidade de medidas efetivas para a redução desses gases e consequente diminuição das alterações climáticas.

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Referência: World Meteorological Organization

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Qual é a sua opinião sobre as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir emissões de gases do efeito estufa? Comente!

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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