Recentemente, foram lançadas pela NASA três gravações de áudio inéditas. Essas "músicas das galáxias" são captadas em forma de imagens de raios X do espaço, e depois convertidas em frequências sonoras audíveis pelo ouvido humano. As imagens são captadas por telescópios como Chandra e Hubble.
Leitura exige parâmetros de sonoridade
Esta primeira "tradução" de imagens espaciais em sons foi produzida a partir de uma imagem profunda de raio-X, a partir do Hemisfério Sul do planeta Terra. Para o senso comum, os pontos coloridos podem parecer estrelas. No entanto, a grande maioria deles são buracos negros e galáxias.
A tradução em sons, neste caso, ocorre por meio de uma interpretação do tipo de luminosidade aparente na imagem. Sendo assim, pontos mais avermelhados produzem, na leitura sonora, sons mais graves. Já nos pontos mais próximos do azul, as frequências produzidas são mais agudas. O resultado sonoro é bem similar à música feita por sintetizadores, remetendo a filmes de ficção científica dos anos 1980.
A despeito do resultado estético do que se ouve, sabe-se que a sonorização é arbitrária em algum grau, pois a tradução dessa imagem em sons pode ser feita a partir de outros parâmetros. Por exemplo, a luz avermelhada estar ligada a sons ruidosos, enquanto a azul a sons menos ruidosos. Seja como for, a leitura prevê que todos os pontos (galáxias e buracos negros) são lidos como sons.
Já a segunda música é baseada em uma imagem da nebulosa “Olho de Gato”. A luz visível capturada pelo telescópio Hubble é sobreposta à captação em raios X capturada pelo telescópio Chandra. Aqui, a interpretação da imagem também traz a relação entre sons graves e agudos. Ou seja, quanto mais próxima a luz está do centro, mais grave, e quanto mais distante, mais agudo.
A terceira música provém da Messier 51 (M51). Por seu formato em espiral, a M51 é também chamada de “galáxia redemoinho” (Whirlpool Galaxy). A imagem resultante é a sobreposição de luz infravermelha, luz visível, raios ultravioleta e raios X. Por isso, os telescópios utilizados foram o Spitzer, Hubble, GALEX e Chandra, cada um captando um tipo de luz diferente.
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Similarmente à música da nebulosa "Olho de Gato", a imagem é lida a partir do centro da galáxia. Sendo assim, cada um dos tipos de luz se relaciona com um espectro de frequências.
Leitura musical intenciona despertar interesse pelo espaço
Ao publicar essas leituras, a intenção da NASA é despertar o interesse das pessoas pelos estudos espaciais. Na verdade, não é a primeira vez que dados espaciais vêm a público dessa maneira.
Em outubro do ano passado, por exemplo, foi lançada uma playlist especial de Halloween. As faixas incluíam pulsares, terremotos ocorridos em Marte, e ondas de plasma.
Fontes: Olhar digital; Chandra.
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Eduardo Mikail
Somos uma equipe de apaixonados por inovação, liderada pelo engenheiro Eduardo Mikail, e com “DNA” na Engenharia. Nosso objetivo é mostrar ao mundo a presença e beleza das engenharias em nossas vidas e toda transformação que podem promover na sociedade.