Rumo a um futuro sustentável, devemos enfrentar os desafios e trabalhar em busca de soluções para a geração de energia limpa. Por hora, as perspectivas não são muito positivas.
Para se ter uma ideia, 70% das emissões mundiais de gases de efeito estufa do planeta vêm da produção de energia para geração de eletricidade, transporte e aquecimento. Ou seja, o cenário é muito grave. Por isso, devemos buscar formas urgentes transformar a forma como conduzimos as coisas. Debatemos mais sobre este tema no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Abraçando novas tecnologias para geração de energia
Antes de tudo, precisamos dar adeus aos modelos de negócios tradicionaisDefinitivamente, com os engenheros olhando para as novas necessidades do mercado e buscando entender suas necessidades, já não há espaço para projetos que se baseiam em velhos métodos. Aliás, todos nós temos que dar um passo ainda maior do que pensávamos ser possível nesse momento em direção às novas tecnologias - como Inteligência Artificial, Automação, Virtual Twins (Gêmeos Virtuais) e experiências 3D - se quisermos realizar ações verdadeiramente sustentáveis, seguras e eficientes.
Realizando a transição de negócios com a mineração
Dados de pesquisas científicas revelam que cerca de 45% das atividades econômicas mundiais é impulsionada pela mineração, como soluções para baterias, turbinas, motores de veículos e redes elétricas. Inclusive, estatísticas realizadas pelo Banco Mundial apontam que, até 2050, a demanda por minério deve aumentar em 500%. Mas a forma como esse crescimento será conduzido deve impactar fortemente nas mudanças climáticas que sentiremos nas próximas décadas.
Durante a COP 26 (que ocorreu em 2022, data de lançamento deste texto), as principais empresas de mineração disseram estar comprometidas em ser “zero líquido” para as emissões. Mas como isso será possível? Bem, provavelmente tentando fazer mais por menos!
Seguindo de uma economia linear para uma circular
Não podemos ser tão dependentes da extração ineficiente e em massa de minério, sendo feita por meio de cadeias de suprimentos globais. Devemos formar uma economia circular mais forte, que exija menos carbono, que gere menos resíduos e danos, que consuma menos água, e que forneça mais transparência. Além disso, dar mais atenção aos compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG).
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As empresas precisam projetar melhor suas operações e instalações, e como tudo isso interage com os ecossistemas - que também estão mudando.
Entra nessa questão os testes de protótipos em 3D, que podem ser muito bem desenvolvidos em plataformas como a 3D Experience, por exemplo, capazes de permitir colaborações em grupo e análises inteligentes de dados.
O fruto desse trabalho - que possibilita coisas como a mineração autônoma - deve gerar mais confiança na sociedade. Por quê? Sabe-se que, desse jeito, é possível reduzir tempo de desenvolvimento de projetos, mas também erros e desperdício de recursos por meio de operações mais sustentáveis e até lucrativas.
Veja Também: Entenda a relação do movimento ‘Women in Mining Brasil’ e a Engenharia de Mineração
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Construindo um novo futuro sustentável
De forma encorajadora, a maioria das análises aponta que soluções voltadas à descarbonização da maior parte das emissões se tornarão mais econômicas nesta década. E com a implantação de Gêmeos Virtuais, será possível que as empresas invistam melhor em seus projetos de desenvolvimento, com riscos potenciais já superados antes de serem encontrados no mundo real.
Provavelmente o fim dos empreendimentos de extração de precisões menores e que exigem menos infraestrutura, energia e outros recursos do que as operações; ou de instalações de geração e extração de minério centralizadas e em grande escala para um fornecimento mais localizado e modular, em oposição às megas instalações de energia do passado.
É provável que, se assim seguirmos, teremos uma geração e utilização de energia, além do fornecimento de matérias-primas e a fabricação de produtos associados mais integrados no futuro. Dependeremos menos de redes externas e cadeias de suprimentos alongadas. E a ambição não conseguirá mais ditar todas as regras e, sim, as mudanças climáticas.
Estratégias frente à ascensão da China na mineração global
A saber, em 2023, a China atingiu grande produção na área da mineração, ameaçando ainda mais a economia global - lembrando que minérios, como ferro, impactam em diversos setores da indústria, como na produção de energia elétrica. Aqui, pelo Brasil, empresas como a Vale apresentam estratégias para reduzir sua exposição à China e focar em mercados alternativos. Esse é um passo significativo na direção de uma abordagem mais sustentável e diversificada.
Ao enfatizar a produção de insumos de alta qualidade e a busca por eficiência energética, a empresa busca não apenas reduzir sua dependência do mercado chinês, mas também contribuir para a descarbonização. Este movimento se alinha com as crescentes demandas por práticas mais responsáveis na indústria da mineração, enfatizando a importância de uma abordagem holística que equilibre os interesses comerciais com as preocupações ambientais e sociais.
Queremos um mundo mais sustentável? Então, precisamos harmonizar tudo - produto, natureza e vida - em abordagem especial!
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Eduardo Mikail
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